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  • Safernet apresenta Disciplina de Cidadania Digital em webinário sobre Educação Midiática

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 7 meses atrás

    A Safernet apresentou nesta quinta-feira (28), no webinário (seminário online) de pré-lançamento da primeira Semana Brasileira de Educação Midiática, a Disciplina de Cidadania Digital, parceria com o Governo do Reino Unido. A semana acontece entre 23 e 27 de outubro e é realizada pela Secretaria de Políticas Digitais (SPDIGI) da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República, e o Ministério da Educação. 

    A disciplina é um projeto que oferece gratuitamente a escolas um caderno de aulas de 40 horas aula, criado para ensinar o uso seguro e consciente da internet para estudantes dos dois últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio. 

    A Disciplina de Cidadania Digital foi lançada em fevereiro deste ano em evento na Embaixada do Reino Unido em Brasília e, nesses 7 meses, está sendo ou já foi aplicada por educadores em quase 140, de 114 cidades, em 12 estados do país. Ao todo, já são quase 10 mil estudantes beneficiados pelo projeto.

    A disciplina tem 5 módulos: bem-estar e saúde emocional; segurança e privacidade na Internet; respeito e empatia nas redes; relacionamentos seguros online e cidadania digital para todos e todas. 

    Entre os planos de aula disponíveis, no módulo de respeito e empatia é possível encontrar sugestões de atividades sobre combate a estereótipos e discurso de ódio online a partir das estratégias de leitura crítica e consciente das mídias.

    O conteúdo foi apresentado por Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet, que atua em ações de educação na ONG. 

    Alves explicou que a Educação Midiática vai além do que apenas o combate às fake news e a checagem de informações. “Ela serve também para fomentar o uso consciente e responsável das tecnologias”. 

    Além da Disciplina, Alves apresentou a Safernet, e toda a sua gama de iniciativas nas áreas de educação, conscientização e prevenção. 

    Também foram apresentados outros conteúdos da Safernet que estão na página da Semana Brasileira de Educação Midiática.

    Foram mostrados o Guia Saferlab de contranarrativas ao discurso de ódio, que explica como contrapor esses discursos sem promovê-los involuntariamente, e o Guia Meninas em Rede, para o uso inteligente das redes para que meninas e mulheres possam se defender da violência de gênero online. 

    O evento foi transmitido por meio do canal da Secom no Youtube— e durante o evento foi apresentado como as escolas, institutos e organizações de todo Brasil poderão participar da Semana, que será realizada em outubro. Você pode ver e rever o webinário aqui

    A página especial da Semana, que conta com uma curadoria de conteúdos de organizações da sociedade civil, parceiras do evento, entre os quais está a Safernet Brasil. Os materiais disponíveis abrangem planos de aula, toolkits e guias, entre outros materiais de uso gratuito sobre as temáticas ligadas à educação crítica para a mídia (incluindo segurança nas redes e cidadania digital).

    Sobre a Semana — Inédita, a Semana Brasileira de Educação Midiática ocorrerá entre os dias 23 e 27 de outubro e será promovida pela Secom em parceria com o Ministério da Educação (MEC) — contando também com o apoio de organizações da sociedade civil, que atuam na temática. 

    O evento representará a participação oficial brasileira na Media and Information Literacy Week (MIL Week) da Unesco, um evento global que acontece anualmente, desde 2011, e promove iniciativas de educação midiática. Esse ano, o evento mobiliza os países em torno do tema "Alfabetização Midiática e Informacional em Espaços Digitais: uma agenda global coletiva".

    A Educação Midiática é prevista na BNCC (Base Nacional Curricular Comum) para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Ela prevê o desenvolvimento de várias habilidades, entre as quais reconhecer os diferentes tipos de mídia, a qualidade da informação, desenvolver sua análise crítica e aprender a diferenciar esses conteúdos de fake news. 

    Com informações da Secom/PR

    Matéria Publicada em 29/09/2023

  • Safernet participa de webinário sobre Educação Midiática da Secom/PR e MEC

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 7 meses atrás

    Na próxima quinta-feira (dia 28), às 11 horas, a Safernet participa do webinário (seminário online) de pré-lançamento da Semana Brasileira de Educação Midiática, realizado pela Secretaria de Políticas Digitais (SPDIGI) da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República. 

    O evento será transmitido por meio do canal da Secom no YouTube — e durante o evento será apresentado como as escolas, institutos e organizações de todo Brasil poderão participar da Semana, que será realizada em outubro. 

    Durante o webinário será lançada a página especial da Semana, que conta com uma curadoria de conteúdos de organizações da sociedade civil, parceiras do evento, entre os quais está a Safernet Brasil. Os materiais disponíveis abrangem planos de aula, toolkits e guias, entre outros materiais de uso gratuito sobre as temáticas ligadas à educação crítica para a mídia (incluindo segurança nas redes e cidadania digital).

    Sobre a Semana — Inédita, a Semana Brasileira de Educação Midiática ocorrerá entre os dias 23 e 27 de outubro e será promovida pela Secom em parceria com o Ministério da Educação (MEC) — contando também com o apoio de organizações da sociedade civil, que atuam na temática. 

    O evento representará a participação oficial brasileira na Media and Information Literacy Week (MIL Week) da Unesco, um evento global que acontece anualmente, desde 2011, e promove iniciativas de educação midiática. Esse ano, o evento mobiliza os países em torno do tema "Alfabetização Midiática e Informacional em Espaços Digitais: uma agenda global coletiva".

    Outras informações serão compartilhadas no webinário.

    A Educação Midiática é prevista na BNCC (Base Nacional Curricular Comum) para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Ela prevê o desenvolvimento de várias habilidades, entre as quais reconhecer os diferentes tipos de mídia, a qualidade da informação, desenvolver sua análise crítica e aprender a diferenciar esses conteúdos de fake news. 

    Serviço

    Webinário de pré-lançamento da Semana Brasileira de Educação Midiática

     DATA: 28 de setembro (quinta-feira)

     HORÁRIO: 11h

     LOCAL: Canal da Secom no YouTube

    Com informações da Secom/PR

    Matéria Publicada em 25/09/2023

  • Disciplina de Cidadania Digital é destaque em Minas Gerais

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 7 meses atrás

    Um total de 180 professores de 36 escolas de segundo grau localizadas em 21 municípios que integram a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Itajubá, no sul de Minas Gerais, estão matriculados e fazendo o curso EAD para conhecerem o caderno de aulas da Disciplina de Cidadania Digital, do programa criado pela Safernet e o Governo do Reino Unido no âmbito do Programa de Acesso Digital (DAP, na sigla em inglês). Com a capacitação, os educadores estarão mais preparados para ministrar a disciplina para alunos do ensino médio da rede estadual de ensino de MG. 

    Desses 180 profissionais, 117 já foram indicados pela Secretaria de Educação para aplicar a disciplina em sala de aula, o que torna a região de Itajubá a que tem mais professores, em todo o Brasil, que têm a intenção de transmitir esse conhecimento aos alunos. 

    O curso é gratuito e está sendo realizado online com suporte da Safernet Brasil, associação civil de direito privado sem fins lucrativos que atua há 17 anos na defesa dos direitos humanos na internet e na educação de jovens e adultos para o uso consciente das redes. Após as 40 horas/aulas do curso, professores de qualquer disciplina poderão replicar os conteúdos nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

    Gabriela Belini Gontijo é professora de Química e de Tecnologia e Inovação do ensino médio na Escola Estadual Coronel Carneiro Júnior, em Itajubá, e está feliz com o curso. “É simplesmente maravilhoso. O material tem a linguagem do aluno, priorizando o bem estar e a saúde mental. Interessante que todos os temas convergem para este ponto. Nós iremos, inclusive, no ano que vem, manter este material com este olhar. É uma abordagem mais reflexiva e acolhedora sobre os meios digitais”, afirmou em entrevista à Secretaria de Educação de MG. 

    A coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Itajubá, Renata Abranches Osório, explica que a capacitação irá ocorrer em três etapas e abordará assuntos da realidade dos adolescentes. O curso trata de questões como bem estar e saúde emocional; rotinas digitais saudáveis; auto-imagem; comparação social; uso excessivo das redes sociais; segurança e privacidade na internet; rastros digitais; reputação online; respeito e empatia nas redes; cyberbullying; fake news; relacionamentos seguros online e cidadania digital para todos. Os gestores, de acordo com o perfil de sua escola, indicaram quais seriam os professores mais adequados para o curso, mas há escolas em que cerca de 80% dos professores estão participando da capacitação.

    “O mais importante da tecnologia é a utilização dela para a melhoria da aprendizagem. Essa parceria ampliou o nosso leque de capacitação na área tecnológica. O curso está atingindo os professores e, consequentemente, os alunos”, comemora o superintendente regional de ensino de Itajubá, Wagner Alexandre de Oliveira.

    Conheça a Disciplina de CIdadania Digital

    A Disciplina de Cidadania Digital foi lançada em fevereiro deste ano em evento na Embaixada do Reino Unidos em Brasília e, nesses 7 meses, está sendo ou já foi aplicada por educadores em mais de 124 escolas, de 104 cidades, em 10 estados e já beneficiou mais de 9300 estudantes. 

    A disciplina é gratuita e tem cinco módulos:

    bem-estar e saúde emocional; 

    segurança e privacidade na Internet;

    respeito e empatia nas redes; 

    relacionamentos seguros online; 

    cidadania digital para todos e todas. 

    O curso EAD foi criado para facilitar a familiarização de educadores com o material do curso e oferece uma navegação guiada ao caderno de aulas da Disciplina de Cidadania Digital. Ao navegar pelo conteúdo, os educadores podem compartilhar as principais reflexões e conceitos de cidadania digital, além de dicas para as metodologias ativas e recursos que podem ser experimentados pelo(a) educador(a) antes de aplicar estes conceitos em sala de aula.

    O curso é voltado para educadoras(es), orientadoras(es), gestoras(es) e outras equipes pedagógicas de escolas públicas ou privadas e secretarias de educação. Também podem se inscrever educadoras(es) sociais de ONGs e projetos que trabalham com adolescentes. 

    Atualmente, o curso está aberto para as escolas e redes de ensino que aderirem à Disciplina de Cidadania Digital (saiba mais aqui ), com cadastro de interesse aberto para outros educadores (saiba mais aqui).

    O objetivo do curso é fornecer aos profissionais da educação que o concluírem as ferramentas e conhecimentos necessários para que possam preparar estudantes para enfrentar os desafios e as oportunidades do mundo digital.

    O curso é autoinstrucional e a distância. O interessado navega pelos módulos sozinho e tem 60 dias para concluir as atividades, disponíveis no ambiente virtual Moodle da Safernet. Um certificado é oferecido aos participantes do curso. O documento é emitido diretamente da plataforma, após a conclusão das avaliações. 

    “Criar uma cultura de ensino para o uso seguro e consciente da internet e das tecnologias em toda a educação básica já é uma previsão da Base Nacional Comum Curricular e do Marco Civil da Internet. Sabemos que isso é desafiador, por isso a importância de parcerias como a realizada com a Secretaria de Educação de Minas Gerais, que está mobilizando educadores para a formação continuada de forma a deixá-los preparados para abordar o tema em sala de aula e apoiar estudantes que precisem de orientação”, afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador do programa.

    “A superintendência de Itajubá nos procurou para melhorar a formação dos professores e dos alunos na temática de segurança e cidadania digital. Eles já tinham um trabalho anterior nesse tema e o nosso projeto deu a eles mais suporte e ampliou a formação dos professores da região. Um dos pontos fortes do projeto é ajudar as redes de ensino a fortalecer essa temática, tornando-a mais presente no currículo e não como geralmente ela é abordada ao longo do ano, com uma palestra ou atividade pontual”, acrescenta Alves.

    Atualmente, já estão matriculados 539 educadores no curso EAD em 8 estados brasileiros. Um total de 180 professores são de Minas Gerais, que é o segundo estado do Brasil com mais professores. Em primeiro lugar está Santa Catarina. 

    O uso cidadão da internet é previsto pela Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC), com a qual o EAD lançado agora é alinhado. A BNCC exige do aluno do ensino médio o domínio da cultura digital. O curso também está de acordo com disposições do Marco Civil da Internet, da Lei Geral de Proteção de Dados e de outras legislações sobre internet e educação. 

    A Safernet existe desde 2006 e tornou-se a ONG brasileira referência na promoção dos direitos humanos na internet. Desde sua criação, a Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, onde recebe denúncias de 10 crimes e os encaminha ao Ministério Público Federal com a qual a organização é conveniada. A Safernet também promove projetos de educação sobre o uso seguro da internet, que é o caso do Projeto da Disciplina de Cidadania Digital.

    Matéria publicada em 19/09/2023

    reportagem da EPTV Sul de Minas sobre capacitação de professores no curso de Cidadania Digital 

    Mais informações à imprensa

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

    Safernet Brasil

    11-98100-9521

    e

    Superintendência Regional de Ensino de Itajubá

    35-3629-9500

  • Safernet participa do Seminário Poder Judiciário e Internet e integra GT do TJBA sobre proteção de direitos no ambiente digital

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 7 meses atrás

    Discursos de ódio, discriminação, desinformação e o papel da Justiça na proteção da criança e do adolescente no meio virtual. Esses e outros temas foram discutidos durante o Seminário “Poder Judiciário e Internet: desafios para proteção de direitos no ambiente digital”, promovido pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ-TJBA), em parceria com a Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

    Com um elenco plural de palestrantes, que incluiu o fundador e diretor-presidente da Safernet, Thiago Tavares, o evento ocorreu no auditório do prédio-sede do Judiciário baiano, na quarta-feira (13). A ação, que tem apoio do Presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, integra o projeto voltado à qualificação da atuação do Poder Judiciário e da sua relação com demais instituições para a proteção de direitos no ambiente digital.

    Assista as palestras na íntegra

    Após a mesa de abertura, pela manhã ocorreu a aula magna do Juiz do TJBA Pablo Stolze Gagliano, seguida do painel sobre “Discurso de ódio, discriminação e desinformação na internet”, apresentado por Samara Castro, Diretora da Secretaria de Políticas Digitais (SPDIGI), e pela Pesquisadora Giulia Tucci, com mediação de Clériston Cavalcante da SPDIGI.

    Giulia Tucci salientou a urgência na ampliação do debate e implementação de medidas para regulação das plataformas. “O uso de tecnologia para espalhar desinformação e propagar o ódio não é novo. O que viemos enfrentando desde o advento e popularização da internet é a amplificação disso”.

    “É importante perceber que a mesma rede social que utilizamos para obter coisas boas, também obtemos conteúdos que não são tão interessantes”, pontuou o mediador Clériston Cavalcante.

    À tarde, as discussões foram concluídas com as palestras: “O Poder Judiciário e a proteção de crianças e adolescentes na internet”, apresentada pelo promotor de Justiça aposentado Júlio de Almeida e pelo fundador e diretor-presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares, com mediação da juíza da CGJ Patrícia Didier; e “Produção de provas e crimes virtuais”, pelo delegado da Polícia Federal Stênio Souza e o professor Vinícius Assumpção.

    “Um terço dos brasileiros e brasileiras que têm acesso à internet são crianças ou adolescentes. Por serem pessoas em desenvolvimento, elas são especialmente vulneráveis a situações diversas,” explicou Thiago Tavares. “Essa iniciativa do TJBA é pioneira. Esperamos que a partir dessa inovação, o Poder Judiciário brasileiro possa se inspirar”.

    TJ-BA cria GT para a proteção de direitos no ambiente digital 

    A fim de propor medidas para a qualificação da atuação do Poder Judiciário em relação à proteção de direitos no ambiente digital, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), presidido pelo Desembargador Nilson Soares Castelo Branco, por meio da Corregedoria Geral de Justiça, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, instituiu em agosto um Grupo de Trabalho (GT) específico para tratar do assunto.

    As tarefas do GT e seus integrantes estão listados na portaria da CGJ que estabeleceu o grupo.O diretor-presidente da Safernet, Thiago Tavares, integra o grupo. 

    De acordo com o Corregedor-Geral, desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, essa iniciativa, tem grande relevância para a atividade cotidiana dos magistrados, que, cada vez mais, têm se deparado com conflitos envolvendo fatos praticados unicamente no âmbito digital.

    Já o Diretor do Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática, da Secretaria de Políticas Digitais da SECOM/Presidência da República, Victor Martins Pimenta, disse esperar “que as orientações e medidas a serem propostas possam contribuir para que o Tribunal de Justiça da Bahia se torne uma referência nacional na proteção de direitos no ambiente digital”.

    O GT do Tribunal baiano tem, entre outras funções, mapear as demandas envolvendo proteção de direitos no ambiente digital; propor mecanismos de identificação de processos dessa natureza; e apresentar minutas de atos normativos, preferencialmente de natureza orientativa, voltados à qualificação da atuação do Poder Judiciário e da sua relação com demais instituições para a proteção de prerrogativas no virtual.

    O Grupo tem 21 integrantes e será presidido pela juíza Liana Teixeira Dumet, da Corregedoria-Geral, e tem a coordenação científica de Victor Martins Pimenta. 

    Com informações publicadas no portal do TJ-BA

    Matéria publicada em 15/09/2023

  • Precisamos de mais educação digital

    / / Segurança Digital / Por admin / 2 anos 7 meses atrás

    As análises mostram que os adolescentes, em particular, lidam com frequência com conteúdos e situações de risco online. Estas incluem aceitar pedidos de amizade de estranhos, encontrarem-se com pessoas que só conheceram online, postar fotos que deveriam ser privadas e compartilhar materiais sem pensar nas possíveis consequências futuras.

    Os pesquisadores admitiram estar surpresos com a extensão de alguns dos comportamentos arriscados e violentos que os alunos alegaram ter encontrado. 

    Também houve preocupação em como a maioria dos alunos, ao enfrentar um problema online, preferiria tentar corrigi-lo sozinho, em vez de procurar ajuda de professores ou pais.

    Esta pesquisa foi realizada como parte do Programa de Acesso Digital (DAP), uma colaboração entre os governos do Reino Unido e do Brasil, projetado para melhorar a segurança cibernética e a conscientização sobre o tema. As descobertas da pesquisa foram usadas para ajudar a organizar um conjunto de recursos educacionais que agora estão disponíveis para professores em todo o país.

    Este trabalho envolveu as Secretarias de Educação Estaduais (BA, DF e PE), o Foreign, Commonwealth and Development Office do Reino Unido, a Safernet Brasil e a KPMG. O componente de pesquisa foi liderado pela pesquisadora e professora doutora Maria Bada, da Queen Mary University of London, especializada em psicologia cibernética e danos online.

    “Em todo o mundo, o volume de riscos online – e os danos que estes podem causar – está crescendo”, explica a Dra. Bada. “A maioria dos adolescentes tem acesso online, mas não está totalmente ciente dos perigos que enfrenta. Nesse sentido, os adolescentes brasileiros não são diferentes dos adolescentes de qualquer outro lugar. No entanto, no decorrer de nossa pesquisa, fiquei surpresa com a extensão em que esses estudantes tiveram contato com comportamentos racistas, sexistas ou misóginos online. Vi adolescentes que claramente sofriam de ansiedade e estresse causados por esses incidentes – e achei preocupante que, aparentemente, poucas delas pensassem em procurar conselhos sobre isso para um adulto”.

    “Essas descobertas reforçam a importância de iniciativas como o DAP. Precisamos mudar a percepção dos jovens sobre o que se constitui como um comportamento online inaceitável. Eles precisam saber o que reportar e como. E então precisamos garantir que professores e pais estejam devidamente equipados para ter conversas relevantes sobre essas questões e fornecer apoio. Temos que lembrar que a exposição a esses comportamentos pode afetar significativamente a forma como esses jovens se veem e moldarão suas personalidades adultas”.

    Resultados da pesquisa

    Metade dos alunos envolvidos na pesquisa da professora Bada admitiu sentir-se chateado, envergonhado ou com medo por causa de algo que aconteceu enquanto eles estavam usando a internet no ano passado. Trinta e oito por cento dos alunos afirmaram que foram xingados, ridicularizados ou provocados por outros virtualmente de maneira ofensiva. Além disso, 22% disseram que algo que deveria ser privado foi compartilhado online.

    Apesar de claramente se sentirem desconfortáveis com suas experiências, muitos alunos admitiram que continuaram a postar e compartilhar informações pessoais online. Aparentemente impulsionado por um desejo irresistível de reconhecimento ou aceitação social, esse é um fenômeno global que Bada e seus colegas pesquisadores desejam entender melhor.

    Esse processo é exacerbado por uma ingenuidade geral e falta de conscientização entre os jovens sobre o que devem ou não compartilhar online. A confiança cega que muitos deles exibem em suas interações digitais – onde uma alta confiança atrelada à uma alta abertura resulta em alto risco - não ajuda.

    Recomendações

    A pesquisa – que envolveu mais de 250 alunos e seus professores em cinco escolas – levou a uma série de recomendações. Isso inclui sugestões para um plano escolar nacional para segurança cibernética; criação de canais de denúncia anônimos nas escolas; e a criação de regras escolares para prevenir o cyberbullying e o compartilhamento de conteúdo violento online.

    Houve também sugestões para incentivar os alunos a reduzir o tempo que passam online; desencorajá-los a compartilhar imagens íntimas com qualquer pessoa, mesmo quando pressionados; e ensiná-los sobre as responsabilidades éticas e legais que eles têm pelo conteúdo que produzem e publicam online. A disciplina eletiva para o Ensino Médio que está sendo disponibilizada para as escolas abordará parte disso – mas não são apenas os alunos que precisam de assistência.

    A doutora Bada continuou: “Durante o nosso trabalho de campo, aprendemos que os professores eram as últimas pessoas a quem alguns adolescentes procuravam para obter informações. Isso não é uma coisa agradável para eles ouvirem. No entanto, os próprios professores admitiram que, embora estivessem confiantes em suas próprias habilidades de computação, sua compreensão dos riscos e danos online não era tão boa. Pior ainda, eles estavam sendo solicitados a ajudar seus alunos, alertando-os sobre os perigos de coisas como cyberbullying – mas muitos nunca tiveram nenhum treinamento sobre como fazê-lo.”

    “Realizamos esta pesquisa para identificar os possíveis danos que os adolescentes brasileiros enfrentam e os desafios que devem ser superados para que eles desenvolvam melhor suas habilidades digitais essenciais. Iniciativas como a eletiva do DAP ajudarão, mas ainda há mais a ser feito. De forma encorajadora, o governo brasileiro – e organizações especializadas como a Safernet – têm sido extremamente favoráveis, então esperamos que outros avanços sejam feitos em breve.”

    Para saber mais sobre este projeto e a eletiva, acesse: https://new.safernet.org.br/content/educacao-cibernetica-nas-escolas-e-impulsionada-com-lancamento-de-nova-eletiva ou entre em contato por email dap@safernet.org.br (equipe Safernet) ou com mariana.cartaxo@fcdo.gov.uk (Embaixada do Reino Unido) para mais informações.

  • Safernet e Governo do Reino Unido convidam professores e estudantes da BA e DF para pesquisa sobre segurança digital

    / / Segurança Digital / Por admin / 3 anos 1 mês atrás

    A Safernet e o Governo do Reino Unido convidam estudantes e educadores do ensino médio da rede estadual da Bahia e da rede pública do Distrito Federal a participarem do Programa de Cooperação Reino Unido e Brasil em Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP, em inglês).

    O DAP será desenvolvido no Brasil por meio de parcerias estratégicas entre a Safernet (organização não-governamental brasileira que atua há 16 anos na promoção do uso seguro e responsável da internet) e a KPMG, empresa global que atua no ramo de auditoria, tributos e consultoria, que implementará a iniciativa britânica em cinco países. Nos estados, o programa acontece em cooperação com a Secretaria de Educação da Bahia e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

    Além do Brasil, o DAP terá ações na África do Sul, Indonésia, Quênia e Nigéria. O objetivo do programa é promover um acesso digital mais inclusivo, acessível e seguro para comunidades digitalmente excluídas e vulneráveis. 

    A Safernet participa do Pilar 2 do programa, cujo foco é a segurança cibernética, e visa fortalecer a população frente às ameaças online e reduzir o impacto dos danos cibernéticos em comunidades dos cinco países parceiros do programa britânico. 

    O programa terá cinco etapas no país, sendo a primeira delas a realização de grupos focais e enquetes virtuais que mapearão as percepções sobre danos online. Para participar, estudantes e professores interessados deverão responder a enquetes nos endereços: https://bit.ly/dap_enquete_estudante (estudantes) e https://bit.ly/dap_enquete_professor

    A partir do trabalho com os grupos e das enquetes serão elaborados materiais digitais para formação de estudantes e educadores sobre o tema. 

    Depois, os materiais digitais elaborados serão distribuídos com planos de aulas/atividades sobre proteção online para estudantes do Ensino Médio e formação de professores sobre como aplicar as aulas/atividades de forma integrada ao currículo.

    Um plano de longo prazo para implementação do projeto na rede de ensino será entregue e todo o projeto será documentado para que as estratégias possam ser replicadas. 

    Sobre a Safernet: A Safernet é a ONG referência na promoção e defesa dos direitos humanos na Internet no Brasil. Fundada em 2005, atua na educação e orientação de crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre uso responsável e seguro da Internet. Criou e coordena a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos e o Helpline.br, canal de ajuda online que orienta vítimas de violações de direitos na rede. Desde 2009 coordena o comitê organizador do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil. Mais informações: http://www.safernet.org.br/

SaferNet Brasil | CNPJ: 07.837.984/0001-09