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  • Dados da SaferNet sobre tráfico de pessoas integram painel do Ministério da Justiça

    Aliciamento on-line / / Crimes na Web / Por marcelo / 1 semana 1 dia atrás
    Brasília, 4 de julho de 2025 - Dados do Canal de Denúncias da SaferNet Brasil integram o novo Painel de Dados sobre Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançado nesta sexta-feira, conjuntamente com um relatório sobre o tema. Ambas as iniciativas são da Secretaria Nacional de Justiça. 

    Brasília, 4 de julho de 2025 - Dados do Canal de Denúncias da SaferNet Brasil integram o novo Painel de Dados sobre Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançado nesta sexta-feira, conjuntamente com um relatório sobre o tema. Ambas as iniciativas são da Secretaria Nacional de Justiça. 

    Fundada em 2005, a SaferNet mantém o canal desde 2006, que é o hotline brasileiro para denúncias de crimes cibernéticos contra os direitos humanos. Atualmente a ONG, 100% brasileira, funciona como um centro de referência nacional para uma internet mais segura. Com abordagem multissetorial, além das denúncias, a SaferNet mantém o Helpline, um canal de ajuda para vítimas de crimes na internet e atua na área de educação, com foco em Cidadania Digital. 

    O canal recebe denúncias de nove violações de direitos humanos em ambientes digitais e de maus tratos contra animais na internet. O crime de tráfico de pessoas online foi o único que apresentou aumento de casos em 2024. 

    No ano passado, o canal denuncie.org.br recebeu 972 denúncias contendo links na internet com conteúdo suspeito de tráfico de pessoas, contra 810 em 2023, um aumento de 16,6%. Esse total de denúncias foi analisado pela ONG e foram remetidos ao Ministério Público Federal 423 links, após a exclusão de casos repetidos, 17,5% a mais que em 2023. 

    O crime de tráfico de pessoas online passou a integrar o formulário da central de denúncias da SaferNet em 2010, por ocasião da conferência mundial da UNODC (Escritório da ONU Contra Drogas e Crime), realizada em Salvador. 

    Desde então, a SaferNet passou a receber e analisar evidências de conteúdos, contas, sites e plataformas na web utilizadas para o recrutamento, inclusive de crianças e adolescentes, de pessoas para fins de exploração sexual, doméstica e internacional. 

    “As denúncias recebidas geralmente contém links de sites e contas falsas em redes sociais que funcionam como isca para recrutar mulheres, inclusive crianças e adolescentes, para fins de exploração sexual no Brasil e no exterior”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil. 

    Esses dados são compartilhados, como todas as outras denúncias recebidas pela SaferNet, com o Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF que instaurou dezenas de procedimentos de investigação criminal a partir das denúncias trazidas pelos cidadãos, permitindo identificar, por exemplo, “falsas agências de modelo recrutando adolescentes pelas redes sociais para fins de exploração sexual durante feiras, congressos e grandes eventos no Brasil”.

    Entre 2011 e 2012, a SaferNet cooperou com o Senado Federal, e disponibilizou um formulário web de denúncias para auxiliar a CPI sobre o Tráfico de Pessoas. 

    “Os dados coletados pela SaferNet Brasil nesses 15 anos permitiram a geração de indicadores que hoje são utilizados por pesquisadores, jornalistas e formuladores de políticas públicas para entender o impacto e evolução do uso criminoso de plataformas e serviços digitais para o tráfico de pessoas, sobretudo para fins de exploração sexual”, afirmou Tavares na cerimônia de lançamento do painel e do relatório. 

    Nesse período a SaferNet Brasil recebeu e processou 18379 denúncias anônimas de Tráfico Humano envolvendo 7598 páginas da internet diferentes entre si. Desse total, 5522 foram removidas. O painel de dados lançado hoje pelo MJSP traz um recorte desses dados, compreendendo o período de 2017 a 2024.

    Dados do painel do MPJSP

    Os dados divulgados hoje, na avaliação de Tavares, evidenciam a necessidade da cooperação internacional. “A UNODC exerce um papel singular na comunidade das nações ao conectar e qualificar os sistemas de justiça criminal em todo o mundo, produzindo relatórios, indicadores, guias e capacitações essenciais ao enfrentamento a esse crime no Brasil”, disse. 

    O MJSP em seu papel institucional de formulador e articulador das políticas públicas tem dialogado e trabalhado em parceria com a sociedade civil para coletar, sistematizar e analisar dados, inclusive na fronteira digital. As iniciativas do MJSP na defesa de direitos nos ambientes digitais ganha mais relevância no momento em que o STF decidiu que as plataformas digitais têm que moderar conteúdo para evitar co-responsabilização por conteúdo criminoso e um dos delitos listados na decisão é o tráfico de pessoas. 

    Para denunciar crimes contra os direitos humanos na internet, acesse: denuncie.org.br

    Veja como foi o lançamento do relatório e o painel no MJSP aqui. A fala de Thiago Tavares começa às 1h8min50s do vídeo. 

    Mais informações

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    11-98100-9521

  • SaferNet apresenta projeto sobre mau uso de IA generativa em evento da ONU na Noruega

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 2 semanas 4 dias atrás

    A SaferNet participou nesta quarta-feira (25) do Fórum de Governança da Internet (IGF, 2025), organizado pela ONU, em Lillestrom, Noruega. A ONG participou do debate “Combate às deepfakes sexuais: protegendo adolescentes globalmente” que abordou, entre outros temas, como escolas poderão implementar cidadania digital e conhecimento sobre os perigos das deepfakes sexuais. 

    No Brasil, várias escolas, especialmente da rede particular, têm enfrentado problemas com a alteração de imagens reais com inteligência artificial (deepfakes) com conteúdo sexual. Aplicativos divulgados em redes sociais e vendidos em grupos e fóruns criados em aplicativos de mensagens, por exemplo, permitem a “nudificação” de uma imagem, ou seja, modificar uma foto verdadeira de uma pessoa em qualquer traje, fazendo com que ela apareça nua. 

    Geralmente, as vítimas das deepfakes são meninas e os autores, meninos. A manipulação de imagens de pessoas menores de 18 anos para conteúdo de nudez ou ato sexual é um ato infracional equivalente ao crime de “pornografia infantil”. Além da difusão das imagens de nudez criadas com inteligência artificial, os casos acabam envolvendo o ciberbullying e a extorsão sexual, quando o autor da imagem chantageia a vítima para não divulgar a foto ou o vídeo criado com IA. 

    Além da SaferNet, o debate do qual a ONG participará terá representantes da China, Coreia do Sul e da Europa. 

    No debate, a diretora de projetos especiais da SaferNet falou do estudo “Uso indevido de IA generativa: perspectivas sobre riscos e danos centradas nas crianças” que está sendo conduzido pela ONG sobre o uso de IA para assédio sexual, ciberbullying e extorsão sexual contra crianças e adolescentes. Juliana apresentou também dados das pesquisas realizadas pelo projeto Discover da SaferNet, no Telegram, sobre disseminação de imagens de abuso e exploração sexual infantil nessa plataforma.

    O projeto brasileiro, um estudo qualitativo, financiado com recursos do fundo SafeOnline, gerido pela Unicef, tem metodologia participativa e contará com a participação direta de jovens para a geração de dados com a visão de adolescentes sobre suas experiências relacionadas aos riscos e ameaças trazidos por imagens de abuso sexual e nudez geradas por IA generativa. 

    “O estudo que está sendo realizado pela SaferNet visa preencher uma lacuna em dados qualitativos sobre o mau uso de IA generativa no Brasil visando a recomendação de políticas baseadas em evidências e centradas nas crianças que possam ir além do pânico moral e abordagens meramente punitivas e focar na criação de conhecimento sobre o impacto dessas imagens e o abuso e exploração sexual infantil online, ciberbullying, assédio e extorsão sexual e a criação de estratégias de prevenção desses crimes”, afirmou a diretora de projetos especiais da SaferNet, Juliana Cunha, que está na Noruega para o IGF2025 e participará do debate. 

    O debate dessa quarta-feira tratou de medidas legais e educacionais que sejam efetivas para discutir os impactos da criação e divulgação de deepfakes sexuais entre adolescentes nas escolas; como o currículo escolar pode incluir a cidadania digital e conhecimento sobre os perigos das imagens sexuais criadas com IA generativa e que medidas pró-ativas podem ser implementadas pelos países para antecipar as mudanças tecnológicas e prevenir os perigos das deepfakes sexuais contra os adolescentes de todo o mundo. 

    Os participantes do debate, de acordo com o site do IGF2025, “terão uma compreensão mais clara de quão séria e disseminada se tornou a questão das deepfakes sexuais entre crianças e adolescentes em várias partes do mundo”. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. 

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital

    Texto publicado em 24/06/2025 e editado em 25/06/2025. Foto e link da apresentação inseridos em 25/06/2025.

    SERVIÇO

    IGF 2025, Lillestorm, Noruega, Sala 1 (Room 1)

    Debate: Combate às deepfakes sexuais: cuidando dos adolescentes globalmente (Combating Sexual Deepfakes: Safeguarding Teens Globally)

    Com Yi Teng Au, Ji Won Oh, representantes da Coreia do Sul, Kenneth Leung (China), Janice Richardson (França) e Juliana Cunha (SaferNet Brasil). 

    Quando: 25 de Junho de 2025

    Veja o debate aqui.

  • SaferNet participa de Seminário Internacional Pelo Enfrentamento do Bullying nas Escolas, em Curitiba

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 1 semana atrás

    A SaferNet participará na próxima sexta-feira, dia 6, do Seminário Internacional Pelo Enfrentamento do Bullying nas Escolas. Promovido pela Unesco e pelo Ministério da Educação, o evento começa nesta quinta-feira (5) e será realizado no campus Rebouças, da Universidade Federal do Paraná, no centro de Curitiba. 

    O evento faz parte do Programa Escola que Protege e celebra os 10 anos da Lei nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Segundo seus organizadores, o seminário promoverá um “momento de reflexão coletiva sobre os avanços, desafios e estratégias para a promoção de uma convivência mais respeitosa, segura e inclusiva nas escolas brasileiras”.

    O gerente de projetos da SaferNet, Guilherme Alves, trará as lições no enfrentamento ao ciberbullying aprendidas nos diferentes projetos da organização junto às escolas. Entre elas, os aprendizados do projeto da Disciplina de Cidadania Digital. 

    Criada em parceria com o governo britânico, a parceria oferece recursos pedagógicos e formação para professores sobre o uso ético, seguro e responsável da internet e das tecnologias digitais, capacitando-os para atuar junto a estudantes do ensino médio e dos dois últimos anos do fundamental. A participação ocorrerá no dia 6, às 11h, na mesa “Aprender a conviver em tempos de redes sociais: enfrentamento ao ciberbullying”. 

    No debate serão abordados os impactos das redes digitais na vida das crianças e adolescentes e o papel da educação e da sociedade na construção de ambientes mais protetivos. Alves falará sobre experiências bem sucedidas no enfrentamento ao bullying na Disciplina de Cidadania Digital. O tema é tratado em especial no módulo 3 do projeto (“Respeito e empatia nas redes”) e têm sido uma das principais demandas dos professores e escolas que têm aplicado a disciplina. 

    Nos três anos em que a disciplina vem sendo aplicada pelo país, o projeto já beneficiou quase 77 mil estudantes em 565 escolas de 375 municípios de todo o país. Mais de 10 mil professores já se capacitaram com a formação “Segurança e Cidadania Digital em Sala de Aula”, da SaferNet, disponível na plataforma Avamec.

    O evento reunirá especialistas, gestores e pesquisadores do Brasil e de outros países e o objetivo é o aperfeiçoamento das políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas, em articulação com o Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas (SNAVE).

    Disciplina no Paraná 

    Nos últimos dois anos, a Disciplina de Cidadania Digital distribuiu o Prêmio Cidadania Digital em Ação para iniciativas exemplares de professores na aplicação do método em escolas do país. Na edição 2024, a professora Adrieli Andreatta, da Escola Municipal José Eurípedes Gonçalves, em Campina Grande do Sul, na grande Curitiba, ficou em segundo lugar ao adaptar o plano de aulas da disciplina para uma turma de 28 estudantes do 3º ano do ensino fundamental. 

    Mais informações sobre a disciplina no Paraná podem ser obtidas em nosso mapa de indicadores do projeto

    Mais informações:

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    11-98100-9521

  • Policiais federais capacitados pela SaferNet apresentam conteúdos sobre prevenção ao abuso sexual para 8000 adolescentes

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 1 semana atrás

    Delegada da Polícia Federal há 11 anos, Rafaella Parca atua com crimes relacionados ao abuso sexual desde 2018. Nesses 7 anos, ela coordenou operações de combate a esse tipo de crime. Atualmente na Coordenadoria de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao Abuso Sexual Infanto Juvenil da PF, ela lidera o projeto Guardiões da Infância, que leva policiais às escolas, não para punir, mas para prevenir. 

    Em agosto de 2024, policiais federais iniciaram as primeiras apresentações em escolas e, em 9 meses, o projeto já realizou 205 palestras em 13 unidades da federação, 107 em estabelecimentos privados e 98 em instituições públicas, e o conteúdo preventivo foi mostrado para quase 11 mil pessoas, sendo 7750 adolescentes de 12 a 17 anos, alunos dos últimos anos do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio. Pais, professores e outros profissionais que atuam com crianças e adolescentes também receberam os conteúdos. 

    O projeto conta com a parceria da SaferNet, que, há um ano, assinou um memorando de entendimento com a PF e capacita policiais federais com o mesmo conteúdo da formação para professores da Disciplina de Cidadania Digital, criada pela SaferNet e o Governo do Reino Unido.

    Desde que foi firmado o acordo, 64 policiais federais que fizeram os cursos “Segurança e Cidadania Digital em Sala de Aula”, da Disciplina de Cidadania Digital, ou “Educando para Boas Escolhas Online”, ambos disponíveis na plataforma Avamec, do Ministério da Educação, concluíram a capacitação da SaferNet. A ONG ministrou ainda uma capacitação presencial em Brasília para 30 policiais federais de todas as unidades da federação

    O conteúdo apresentado por integrantes de diversos quadros da PF, aliado à confiança que a população, inclusive a jovem, tem na Polícia Federal, resultaram também em oito revelações espontâneas de adolescentes que contaram aos policiais durante a palestra que foram vítimas de abuso sexual e mais 24 casos em que os jovens apresentaram notícias-crime (denúncias) relacionadas ao tema. Ou seja, o trabalho de prevenção acaba refletindo também na repressão aos crimes de abuso sexual infantil online e offline.

    Material usado pela PF surge de capacitação

    A partir da capacitação com a SaferNet, a Polícia Federal padronizou um material próprio com cinco módulos inspirados nos conteúdos absorvidos. Os módulos são sobre bem-estar e saúde mental, respeito e empatia nas redes, desinformação, relações seguras online, que preparam para o quinto módulo, “em que a gente aborda um pouco mais sobre essa parte do abuso sexual propriamente dito”, explicou a delegada. 

    Os policiais dão as aulas uniformizados, o que aumenta o interesse e o respeito dos alunos. Durante as aulas iniciais, os policiais envolvidos no projeto perceberam a necessidade também de capacitar outros órgãos que integram a rede de proteção, como os conselheiros tutelares. 

    Inicialmente, a participação dos policiais nas palestras era voluntária. Hoje foi criada uma norma interna que considera a participação nas palestras uma atividade de prevenção e o tempo dedicado à atividade é contado como hora trabalhada. 

    Até o momento, a PF já realizou palestras em 13 estados. As unidades da federação que mais receberam o conteúdo ministrado por policiais federais foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

    “O projeto atingiu um objetivo que a gente nem esperava, que é o de fazer bem para saúde mental dos policiais. O policial que trabalha com repressão a esses crimes vê imagens de abuso sexual infantil todos os dias e é um trabalho muito pesado lidar com esse tipo de material. pois é um crime horrível e, a depender do caso, os policiais ficam traumatizados, ainda que inconscientemente, né? Quando o colega sai e vai para um ambiente escolar e é bem recebido e ele vai falar, as pessoas adoram e são muito legais os retornos que recebemos. Os colegas ficam super bem de saúde mental mesmo. Isso foi uma coisa que a gente não mirou, mas acabou atingindo”, conta a delegada Rafaella.

    A delegada conta que muitos policiais se esmeram na preparação para as palestras e preparam lembrancinhas, como garrafas, pins e certificados para os estudantes participantes.

    “Há anos, a SaferNet era uma parceira da Polícia Federal no enfrentamento aos crimes contra os direitos humanos na Internet. Faltava uma parceria na área de prevenção desses crimes. E, em um ano, essa nova parceria alcançou excelentes resultados. Quanto mais crianças e adolescentes tiverem conhecimento sobre o uso seguro e consciente de tecnologias, menos riscos correrão”, afirma o presidente da SaferNet, Thiago Tavares

    O presidente da ONG destaca também a criação, em 2023, da Diretoria de Crimes Cibernéticos na Polícia Federal “uma demanda antiga, inclusive da sociedade civil, para fortalecer o sistema de justiça criminal e que já no primeiro ano se provou ser um verdadeiro divisor de águas”, afirmou Tavares em sua manifestação durante o Encontro Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que é realizado esta semana em Brasília/DF.

    Em 2023 foram realizadas 1074 operações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes contra 502 em 2022, um aumento de 114%. 

    “Trata-se de um projeto construído a partir de um sentimento de que deveríamos atuar com mais intensidade na modalidade preventiva ao abuso sexual infanto-juvenil. Ao apresentar a estrutura da Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal à SaferNet, nasceu a ideia de juntarmos as duas instituições para construir o Guardiões da Infância, que está em franco desenvolvimento em todo o país, com um número cada vez maior de pais, alunos e professores beneficiados. Em suma, tornou-se motivo de grande orgulho e satisfação para todos os envolvidos”, afirmou o delegado Otávio Margonari Russo, Diretor de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal. 

    A convite da SaferNet, Rafaella tem participado de eventos nacionais, a exemplo do Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet e da 17a edição do Dia da Internet Segura, ambos em São Paulo, para apresentar o projeto “guardiões da infância” e debater os resultados com especialistas. 

    Confira a participação da delegada no Dia da Internet Segura 2024

    Em 3 anos, a Disciplina de Cidadania Digital, da SaferNet e do Governo do Reino Unido, já alcançou quase 77 mil estudantes em todo o Brasil, espalhados por 565 escolas, de 355 municípios. O conteúdo foi ministrado por 644 professores até agora, mas mais de 10 mil se capacitaram. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. 

    A Safernet mantém um Canal Nacional de Denúncias, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital

    Texto publicado em 03/06/2025

    Mais informações: 

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    11-98100-9521

  • Currículos desiguais dificultam implementação de cidadania digital nas escolas, avalia SaferNet em audiência na Câmara

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    A efetivação da educação para a cidadania digital, como já prevê a Base Nacional Comum Curricular, deve ser contemplada como estratégia central no Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, avalia a Safernet Brasil.

    Na última terça-feira (27), o gerente de projetos da SaferNet, Guilherme Alves, foi convidado pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PNE, mais especificamente sobre contribuições para o objetivo 7 do plano, que trata de Cidadania Digital, conectividade e tecnologia. 

    A ONG brasileira, em parceria com o governo do Reino Unido, criou a Disciplina de Cidadania Digital, uma iniciativa que apoia as escolas na educação para o uso ético, consciente e mais seguro da internet e das plataformas digitais. Nos últimos três anos, o projeto, que é coordenado por Alves, foi aplicado para quase 77 mil estudantes de todo o Brasil. 

    A disciplina oferece recursos pedagógicos gratuitos para professores que podem ser aplicados para alunos dos dois últimos anos do ensino fundamental ou no ensino médio, dividido em seis módulos que podem ser aplicados em parte ou no todo. Os recursos são criados a partir da BNCC e já foram aplicados por 644 professores, de 565 escolas de 375 municípios de todo o país. O curso de formação da disciplina, ofertado em parceria com o Ministério da Educação, já foi concluído por mais de 10 mil professores. 

    Diante dessa experiência, a SaferNet contribuiu na audiência pública apresentando pesquisa realizada pela ONG ano passado que apontou que apenas 12 unidades da federação tinham uma disciplina exclusiva para tratar de cidadania digital e que os currículos dos estados que tratam do assunto nas escolas são muito diferentes entre si. 

    “A BNCC é o principal marco normativo, mas, para além disso, a gente tem também os demais marcos que condicionam as ações que as redes de ensino vão executar nas escolas. E identificamos uma série de desigualdades em relação a como o tema é tratado pelas diferentes redes de ensino e muitas diferenças também em relação a como essas redes lidam com o currículo e implementam currículos”, afirma Alves. 

    Para o gerente da SaferNet, uma diferença crucial é a da abordagem sobre o uso da tecnologia. “Chama bastante a nossa atenção a diferença entre usar tecnologias na educação como ferramentas pedagógicas e educar para o uso de tecnologias. Aí reside a principal diferença quando a gente pensa em cidadania digital, pois ela não se trata apenas do o uso de tecnologias, mas, em especial, o desenvolvimento de habilidades que não são apenas técnicas, mas socioemocionais também”, afirma Alves.

    Na audiência pública, a Safernet defendeu melhorias no texto do PNE para que o currículo e a formação de professores em cidadania digital sejam uma estratégia central nas políticas de educação nos próximos dez anos, com metas objetivas e maior cooperação entre municípios, estados e união. Ao final de sua participação, Guilherme Alves indicou lições aprendidas nesses três anos de aplicação da Disciplina de Cidadania Digital nas Escolas:

    • apoiar e estimular os professores de diferentes áreas de conhecimento;
    • estimular a cooperação entre União, Estados e Municípios;
    • entender o por quê de ensinar cidadania digital numa lógica de orientar a educação para a cidadania e não para o consumo, nem para um uso instrumental, passivo, de tecnologias;
    • considerar as desigualdades e as diversidades brasileiras ao abordar o tema;
    • cidadania digital não é um tema exclusivo da computação e envolve outras habilidades e áreas do conhecimento;
    • uso de metodologias ativas em sala de aula para engajar os estudantes a protagonizar as aulas;
    • adolescentes e crianças devem ser ouvidos no processo e participar também da construção dos currículos;
    • pensar sempre em habilidades socioemocionais, não apenas em habilidades instrumentais. A gente está falando de uma educação para a vida, para a cidadania.

    Confira a íntegra da audiência pública aqui

    Texto publicado em 29/05/2025

    Mais informações:

     

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

    SaferNet Brasil

    11-98100-9521

  • SaferNet participa de audiência na Câmara sobre o Plano Nacional de Educação

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    O gerente de projetos da SaferNet, Guilherme Alves, participa na tarde dessa terça-feira (27), a partir das 14h, de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o Plano Nacional de Educação. 

    A ONG foi convidada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) para apresentar contribuições para o objetivo 7 do plano, que trata de Cidadania Digital, conectividade e tecnologia. 

    A SaferNet é uma ONG que atua há 20 anos na defesa dos Direitos Humanos na internet e que desenvolve, em todo o Brasil, a Disciplina de Cidadania Digital, desenvolvida em parceria com o governo do Reino Unido. 

     

    A disciplina é um curso completo que pode ser aplicado para alunos dos dois últimos anos do ensino fundamental ou no ensino médio, dividido em seis módulos que podem ser aplicado em parte ou no todo. 

     

    Quase 77 mil estudantes já foram beneficiados com seu conteúdo em aulas aplicadas por 644 professores, de 565 escolas de 375 municípios de todo o país. O curso de formação da disciplina já foi completado por mais de 10 mil professores. 

     

    É possível assistir ao vivo ou mandar perguntas para a audiência no link a seguir:

    https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/76487

    Mais informações:

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

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