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  • G20 Social: SaferNet debate a Proteção Integral de Crianças na internet

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 6 dias atrás

    A SaferNet Brasil realizou durante o último G20 Social o debate “Prioridade Absoluta da Proteção Integral de Crianças no G20: Caminhos para a Governança Global” no qual representantes da Unicef Brasil, da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Ministério Público Federal, a Meta e o Conselho Nacional da Juventude debateram conosco sobre o tema proposto a partir dos compromissos firmados pelo Brasil na 1ª Conferência Global Ministerial para o Fim da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizada em Bogotá dias 7 e 8 de novembro. 

    O debate contou com a moderação de Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, e aconteceu no último dia 14, no Rio de Janeiro. 

    “Focamos o debate sobre violência sexual contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. Essa será uma oportunidade para a gente refletir sobre os compromissos assumidos, não só pelo Brasil, mas também por 119 países, durante a primeira Conferência Global Ministerial que ocorreu na semana passada em Bogotá”, explicou Tavares ao iniciar o debate.

    Veja o resumo em video da SaferNet sobre o debate. 

    Ideias para uma internet melhor para as crianças

    O evento foi aberto pela participação remota de MC Capelo, diretora de segurança para a América Latina, da Meta. Na sua fala, ela ressaltou projetos de rastreamento de vítimas de assédio “em escala”. 

    Segundo a representante da companhia responsável pelo Instagram, Whatsapp e Facebook, o time de segurança da Meta quando detecta potenciais vítimas de abusos interage com elas por meio de mensagens diretas, alertando sobre a possível ameaça e ensinando a potencial vítima a denunciar ou bloquear o potencial abusador. 

    Luiza Teixeira, chefe de proteção da Unicef Brasil, ressaltou o tamanho da reunião ministerial em Bogotá, da qual a SaferNet participou como convidada da organização. “Foi a primeira conferência internacional a tratar dessa temática. Estima-se que, inclusive, foi o maior evento da história a abordar a questão da violência contra crianças e adolescentes, com mais de 1.400 participantes em mais de 100 países presentes”, lembrou. 

    Segundo Luiza, os compromissos firmados pela ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) em Bogotá foram assumidos em nome do Estado brasileiro e vão requerer apoio da sociedade como um todo para serem cumpridos. “O momento é agora da gente se reunir e pensar como cada ator pode contribuir para garantir que a proteção integral de crianças e adolescentes seja garantida, seja uma realidade para cada menino, para cada menina no país, e, sobretudo, a gente consiga prevenir, de forma eficaz, a violência”, disse.

    Lucas José, secretário executivo da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, lembrou que os compromissos firmados pelo Brasil em Bogotá ainda não viraram lei e, isso, ressaltou, “é uma oportunidade para criarmos uma institucionalidade para essa agenda e esses compromissos, (...) inclusive sobre aperfeiçoar a verificação etária no ambiente digital até 2026”, disse.

    A correta verificação da idade dos usuários de internet, lembrou Lucas José, ajudará “a limitar o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inadequados à idade e garantirá o direito à proteção de dados desses sujeitos e de estarem na internet e de exercerem ali o seu direito, inclusive à participação”. 

    A procuradora regional da República Neide Oliveira, que coordena o Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética, da Procuradoria Geral da República, ressaltou os quase 20 anos de parceria do Ministério Público Federal (MPF) com a SaferNet Brasil, que resultaram na realização de cursos conjuntos por todo o país. 

    Após quase 20 anos atuando sobre o tema, Neide sabe que não adianta apenas atuar na persecução penal de pessoas acusadas de violar direitos de crianças e adolescentes na rede e que é preciso prevenir. “A preocupação com a navegação segura na internet surgiu justamente como consequência do trabalho de investigação desses crimes. Percebemos que as crianças e adolescentes são vítimas também em virtude do desconhecimento das medidas de seguranças básicas e cuidados simples”, diz.

    Gustavo Barreto, assistente de projetos da SaferNet e conselheiro nacional da Juventude, como representante da sociedade civil, propôs uma atuação mais conjunta entre o Conselho Nacional da Juventude e o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), uma vez que ambos têm em comum o público adolescente de 15 a 18 anos, que recebe a atenção de ambos os conselhos. 

    Barreto lembrou ainda que no processo de escuta realizado durante a Conferência Nacional da Juventude, 175 mil jovens foram ouvidos e eles demandaram aulas de educação sexual no ensino médio (um tabu no país) e acesso a campanhas de combate à violência sexual. 

    Renato Flit, especialista da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, contou que esta área da Secom foi “criada para tratar da desinformação, do discurso de ódio e da regulação das plataformas”. 

    Flit coordena a área de proteção de direitos na rede, que está produzindo o guia

    de uso consciente das telas por crianças e adolescentes, que está sendo produzido de forma multissetorial, envolvendo sete ministérios e a sociedade civil, inclusive com a participação da SaferNet.

    Para Flit, a internet não foi criada pensando nas crianças. E isso, aliado à falta de regulação e o acesso a smartphones, “fazem com que as crianças entrem nesse universo e sofram todos os tipos de assédio, abuso, vícios, compulsões e outros transtornos. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil

    Assessoria de Imprensa

    Marcelo Oliveira

    11-98100-9521

  • França conhece projeto da Safernet em Escola no DF

    / Institucional / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 6 dias atrás

    À convite da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), uma delegação do CLEMI (Centre pour l'éducation aux médias et à l'information - Centro para Educação Midiática e Informação) foi conhecer como é a aplicação, na prática, da Disciplina de Cidadania Digital, da Safernet e do Governo do Reino Unido, em uma escola pública de Brasília. 

    O CLEMI é o órgão do Ministério da Educação francês responsável pelo desenvolvimento de formação em educação midiática no país. 

    Os dirigentes franceses estiveram no Centro de Ensino Médio 04, de Sobradinho II, em Brasília, escola que participou de uma atividade da Safernet na Semana Brasileira de Educação Midiática. 

    “Hoje foi um dia muito especial para a SaferNet. A equipe do CLEMI veio conhecer uma das escolas que fez parte do projeto da Disciplina de Cidadania Digital, para conhecer mais sobre a iniciativa e como as temáticas sobre o uso seguro de tecnologia têm sido abordadas nas escolas no Brasil”, afirmou Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet Brasil. 

    Segundo Serge Barbet, diretor do CLEMI, a visita permitiu ver que, apesar da distância, os problemas que os estudantes franceses e brasileiros enfrentam para poderem exercer seu direito de um uso seguro e cidadão da internet são semelhantes. 

    “Tivemos um diálogo extremamente rico com os alunos, e observamos, que, mesmo do outro lado do planeta, vivemos problemas semelhantes”. 

    A Disciplina de Cidadania Digital é um projeto financiado pelo Programa de Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP), do Governo Britânico. 

    De acordo com Mariana Cartaxo, diretora do DAP na Embaixada do Reino Unido no Brasil, visitar escolas que estão aplicando o projeto e trocar experiências é fundamental. “A ideia é que a gente consiga fazer esse intercâmbio cada vez mais próximo e poder estar próximo das comunidades também que estão implementando o nosso projeto”, afirmou.

    O estudante Yan Lucas de Araujo Costa, aluno do 2º ano Integral, citou a importância de aprender Cidadania Digital na escola. “É um conhecimento que podemos confiar. E tem sido muito incríveis essas aulas com o professor Marcelo Lima (professor de Tecnologias Digitais e Linguagem de Programação), já que a gente aprende muita coisa realmente útil, que pode ser aplicada no nosso cotidiano e de forma segura”, afirmou. Yan fez a leitura de uma carta, em francês, agradecendo a visita da delegação à escola. 

    A estudante Maria Eduarda Rodrigues Santos (2º ano em Tempo Integral) fez a leitura do mesmo documento em português. Em seguida, o estudante Edson Alves Aragão Filho (1º ano - vespertino) entregou um presente à delegação: a ilustração científica botânica de um ipê amarelo, símbolo da capital federal brasileira, aquarelado pela brasileira Dulce Nascimento (especialista em ilustração científica pelo Royal Botanic Gardens Kew - Londres).

    Já a estudante Isadora ressaltou a oportunidade de trocar informações com outros países e “ter a perspectiva de como é ensinado nos outros países, como é aplicada a metodologia”, afirmou. 

    Barbet ressaltou que, seja na França, ou no Brasil, a Educação em Cidadania Digital é um processo pelo qual “devemos formar cidadãos livres e esclarecidos, que tenham iniciativa sobre a informação que acessam, em vez de se deixarem dominar por ela”.

    Veja o álbum de fotos da visita. 

    Relação SaferNet/França

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, ressaltou que a ONG foi uma das primeiras organizações brasileiras a atender ao chamado do presidente Emmanuel Macron e assinar, em 2018, a Chamada de Paris por confiança e segurança na internet. Há anos, a SaferNet mantém com as autoridades francesas estreita colaboração visando tornar a internet um espaço mais seguro.

    Neste ano, em outubro, a SaferNet produziu um relatório sobre como o Telegram tem sido usado no Brasil para o compartilhamento e a venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil. O documento foi encaminhado para autoridades francesas, uma vez que há, no país, um processo contra o dono da rede, Pavel Durov. 

    Disciplina pelo Brasil

    Em dois anos de aplicação no país, a Disciplina de Cidadania Digital já alcançou 356 escolas de 242 cidades, localizadas em 18 estados e no Distrito Federal. No momento, mais de 40 mil alunos tiveram acesso aos conteúdos da plataforma em sala de aula, ministrados por 416 professores.

    Em todas as unidades da federação, quase 22 mil professores se matricularam no Curso para Formação de Educadores da Disciplina, disponível no site do projeto e na Plataforma Avamec.

    Saiba detalhes de como está a aplicação do projeto pelo país em nosso mapa interativo.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Professores compartilham experiências sobre cidadania digital em sala de aula

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 1 mês 1 semana atrás

    Três professores do Nordeste e uma de Santa Catarina se reunirão online nesta terça-feira (10), a partir das 19h, para o evento “Cidadania Digital na Prática: experiências de professores em sala de aula”.

    No bate-papo, os professores irão partilhar suas experiências na aplicação da Disciplina de Cidadania Digital, desenvolvida pela SaferNet e o Governo do Reino Unido, na prática diária com estudantes, neste segundo semestre.

    O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube da SaferNet.

    A Disciplina de Cidadania Digital é um componente curricular criado para alunos do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental. A disciplina tem planos de aula para 44 horas/aula e é dividida em 5 módulos que podem ser aplicados na íntegra ou parcialmente pelos professores.

    Quatro professores, diferentes realidades

    Participarão do evento online da SaferNet os seguintes educadores:

    Ana Paula Lopes da Silva, da Escola Professora Maria do Carmo de Araújo Maia, em Campo Formoso, Bahia;

    A professora aplicou a disciplina para alunos do 8º e 9º anos do fundamental.Os alunos apresentaram os temas propostos em dinâmicas como rodas de conversa e uso de metodologias ativas (quando os próprios estudantes são protagonistas no processo de construção do conhecimento).

    Luis Henrique Nunes de Sousa, do Centro de Ensino Doutor José Neiva, em Pastos Bons, Maranhão;

    Apesar da baixa conectividade à internet de banda larga na sua região, o professor estimulou debates sobre uso excessivo das redes sociais, desinformação e bem-estar digital entre os alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio.

    Luciana Ramos Alves, da Escola Cidadã Integral Bartolomeu Maracajá, em São José dos Cordeiros, Paraíba;

    A professora ministrou os conteúdos da disciplina para alunos do 8º ano do fundamental ao 3º do médio, da cidade e da zona rural do município, localizado no Cariri paraibano e procurou fazer com que o conteúdo em sala de aula chegasse à comunidade escolar, devido sua importância.

    Rafaela Amaral Passos, da Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar, de Joinville, Santa Catarina.

    A professora ministrou os conteúdos da disciplina para alunos do 1º e 2º anos do ensino médio e juntos criaram histórias em quadrinhos para conscientização do ciberbullying e construção de um ambiente online mais seguro e respeitoso.

    O bate-papo dessa terça-feira será mediado pela psicóloga Bianca Orrico, da SaferNet, que atua nos projetos de Educação da ONG e no Canal de Ajuda da instituição.

    Disciplina pelo Brasil

    Em dois anos de aplicação no país, a Disciplina de Cidadania Digital já alcançou 356 escolas de 242 cidades, localizadas em 18 estados e no Distrito Federal. No momento, mais de 40 mil alunos tiveram acesso aos conteúdos da plataforma em sala de aula, ministrados por 416 professores.

    Em todas as unidades da federação, mais de 15500 professores se matricularam no Curso para Formação de Educadores da Disciplina, disponível no site do projeto e na Plataforma Avamec.

    Saiba detalhes de como está a aplicação do projeto pelo país em nosso mapa interativo.

    Inscrições para prêmio terminam dia 15

    Professores que aderiram à Disciplina de Cidadania Digital e que desenvolveram neste segundo semestre atividades a partir do caderno de aulas do projeto têm até 15 de dezembro para se inscreverem na segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação. O prêmio levará em consideração relatos de experiência que se destacaram pelo protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e práticas pedagógicas.

    Na inscrição, o professor ou professora contará como os conteúdos sobre bem-estar digital, privacidade, ciberbullying ou outros temas que fazem parte da disciplina foram trabalhados e impactaram positivamente seus estudantes, a escola ou a comunidade. Atenção: só podem se inscrever no prêmio professores que aderiram formalmente ao projeto em 2024. Para aderir, clique aqui.

    A premiação será entregue em São Paulo, no dia 11 de fevereiro de 2025, no evento principal do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 9/12/2024

    Safernet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Ministério dos Direitos Humanos reinicia os trabalhos do Comitê de Educação e Cultura em Direitos Humanos

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reiniciou os trabalhos do Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos (CNEDH), na última quinta-feira (28/11), em solenidade com a presença da ministra Macaé Evaristo. 

     

    Em seguida, foi realizada a primeira reunião da atual composição do colegiado. O comitê foi criado em 2003 e havia sido interrompido na gestão anterior do governo federal.

     

    A SaferNet integra o comitê na atual gestão como representante eleita da sociedade civil. Na atual gestão, conforme o decreto presidencial de dezembro de 2023, o comitê ampliou suas atribuições e passou a chamar-se Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos. 

     

    Integrará o comitê, pela SaferNet, o gerente de projetos de Educação da ONG, Guilherme Alves. Sua suplente será a psicóloga Bianca Orrico, que atua na área de Educação da ONG e também no canal de ajuda da instituição. Ambos estiveram presentes na sessão de reinauguração do comitê. 

     

    Na divisão de trabalho estabelecida pelo comitê na reunião, a SaferNet está nos grupos de trabalho de Educação Básica e de Mídia e Cidadania Digital, que terão como primeira atribuição a atualização do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, lançado em 2006. 

     

    “Foram dois dias muito produtivos. É incrível poder trabalhar ao lado de gente que está na luta pelos direitos humanos no Brasill há 20, 30, 40 anos, além de também estar ao lado de organizações mais jovens. Conversamos com quem construiu o primeiro plano lá em 2003 e vemos que existe muita sinergia no grupo nos desafios para tratar de direitos humanos hoje. Nosso papel na atualização do Plano será o de incluir os ambientes digitais na discussão, entendendo que, hoje, não é possível falar em direitos humanos sem incluir tópicos de uso seguro e consciente das tecnologias, como discurso de ódio online, ciberbullying e circulação de conteúdos extremistas e violentos. Esses são temas que ganharam mais importância nos últimos anos e não estavam incluídos na primeira versão do plano”, afirmou Guilherme sobre os dias de trabalho em Brasília com o Comitê.

     

    Responsável por subsidiar a formulação, a implementação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas de Educação em Direitos Humanos (EDH), o colegiado tem função central na consolidação da Política Nacional de Direitos Humanos. 

     

    “O Brasil é pioneiro, porque o programa, criado em 1996, é o terceiro do mundo e da América Latina”, recorda Maria Nazaré Tavares Zenaide, da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (ReBEDH), que atua no comitê desde 2003.

     

    Letícia Cesarino, chefe da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, ressaltou que a restauração do colegiado é uma demonstração do compromisso do Ministério com a pauta. 

     

    “Esse é um dos nossos sonhos da atual gestão, recuperando a participação social no âmbito da educação e direitos humanos". Letícia acrescentou que a pasta atuará na proposição e no apoio à implementação das diretrizes nacionais e na articulação das ações de capacitação de agentes públicos em direitos humanos.

     

    Sobre a SaferNet

     

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 02/12/2024

     

    Safernet Brasil
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    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • Cidadania Digital com tempero de esperança na zona leste de SP

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 1 mês 3 semanas atrás

    Saiba um pouco mais sobre como é uma atividade do Cidadão Digital, da SaferNet

    Era para ser uma atividade de 50 minutos do programa Cidadão Digital, da SaferNet e da Meta, sobre uso ético, seguro e responsável da internet, no Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Sítio da Casa Pintada, na região de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, mas o conteúdo apresentado pela embaixadora Julia Fernandes, de 18 anos, proporcionou também alguns minutos de sonho para cerca de 80 crianças e adolescentes que frequentam o local no contraturno da escola.

    Os CCAs atendem crianças e adolescentes dos 6 anos aos 14 anos e 11 meses e são mantidos pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social. O do Sítio da Casa Pintada recebe 180 crianças, 90 em cada turno. “Muitas delas são crianças em situação de vulnerabilidade e algumas vêm com indicação de serviços de saúde mental, vara da infância, etc”, explica a gerente de serviço da unidade, Tayanne Araújo de Melo, da Moca, organização da sociedade civil que administra esse CCA.

    O Cidadão Digital foi convidado para realizar uma atividade no CCA Sítio da Casa Pintada pela psicóloga Rosimeire Rossi Ramos, no âmbito do projeto Assistência Social Q-Previne. Um dos objetivos dos CCA é justamente fortalecer vínculos entre as crianças e adolescentes e melhorar a convivência deles com a família e outros jovens.

    “A frequência no CCA é uma escolha da família e muitos pais nos procuram justamente para tirar as crianças, no tempo ocioso do contraturno, das ruas ou justamente das telas. Muitos são tímidos e se expressam mal e com o tempo observamos melhoras”, explica Tayanne.

    O tempo de uso de telas foi justamente um dos temas abordados por Julia nas quatro atividades realizadas no CCA. Uma delas para crianças de 6 a 8 anos e três delas para adolescentes de 12 a 14 anos. As quatro atividades beneficiaram cerca de 80 frequentadores da unidade.

    Na primeira turma da tarde, o debate sobre o uso excessivo de celular foi intenso e um adolescente contou que pega o celular depois que a mãe dorme e outros admitiram que não desligam mesmo depois de usar o aparelho, pois ficam pensando nas consequências de seus atos online.

    Alguns jovens citaram que a família utiliza aplicativos de controle do tempo de uso do celular e outros admitiram soluções bem mais simples. “Se deu 10 horas e não estamos na cama, a mãe desliga a internet”, contou um aluno.

    Quando o assunto foi cyberbullying, oito dos alunos disseram que já testemunharam bullying e dois admitiram que já pegaram pesado com amigos, mas que pediram desculpas. Na outra turma, dos 19 alunos, 14 admitiram já ter feito bullying.

    O grupo também recebeu informações sobre como denunciar crimes na internet, como ajudar pessoas vivendo perigos na rede e a como registrar provas de assédio e outros crimes contra a intimidade.

    Júlia também contou um pouco de sua experiência nas redes e seu trabalho no projeto Imprensa Jovem, que a levou a escolher uma futura carreira no jornalismo (ela conclui o ensino médio este ano).

    Estes projetos chamaram a atenção da direção da SaferNet, que a convidou para participar do G20 Social, no Rio de Janeiro, e do Safer Internet Forum, em Bruxelas, nesse mês de novembro, e a fazer aulas de reforço de inglês pagas pela ONG para que ela pudesse apresentar conteúdos e participar dos debates no evento realizado pela União Europeia. Em novembro, ela foi confirmada como uma das novas embaixadoras do Cidadão Digital.

    Em todas as quatro turmas de que participou Julia foi aplaudida pelas crianças e adolescentes quando contou que foi para a Europa representar jovens brasileiros. “Fala europeu, tia”, disse um menino. Outro perguntou se ela conheceu algum jogador de futebol.

    Segundo Julia, ela pretende levar não apenas conteúdos sobre uso seguro e responsável da internet, mas também “mostrar que um outro futuro é possível” e que não devemos esquecer de onde viemos.

    “A SaferNet nos permite fazer isso. A gente compartilha conhecimento, a gente compartilha esperança e a gente compartilha a nossa vida que tá sendo transformada dia após dia com as oportunidades que eles oferecem pra gente e para a juventude”, disse.

    Durante a viagem à Bélgica, Julia fez questão de posar com uma faixa escrito “Jardim Marilu”, nome do bairro onde mora, no extremo da zona leste paulistana. E é assim, levando um pouco de si para o mundo que ela mostrou para crianças e adolescentes informações importantes sobre o uso da internet, mas também um pouco de esperança.

    Sobre a SaferNet

    A SaferNet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A SaferNet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A SaferNet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 26/11/2024

    SaferNet Brasil

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    Marcelo Oliveira
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  • Cidadão Digital renova equipe de embaixadoras para quinta edição do programa

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 3 semanas atrás

    Na edição 2024/2025, o programa buscará fortalecer as políticas de educação para cidadania digital e vai atender jovens do ensino fundamental II ao superior

    A SaferNet Brasil concluiu a seleção e terá três estudantes como embaixadoras do programa Cidadão Digital, que está iniciando neste mês de novembro sua edição 2024/25, a quinta desde o início do projeto, que tem apoio da Meta. 

    O Cidadão Digital é um programa de educação entre pares em temas relacionados à cidadania digital criado em 2020. Nesta edição, jovens de 18 a 24 anos serão treinados para conduzir atividades para ajudar outros jovens a terem melhores experiências digitais. 

    Os temas das atividades são definidos pela escola junto com a Safernet dentre quatro eixos temáticos pré-definidos:

    • Segurança, privacidade, criptografia e reputação online;
    • Respeito, empatia e relações seguras na internet;
    • Bem-estar e saúde emocional online;
    • Educação midiática e combate à desinformação.

    Nas quatro edições anteriores, 59 jovens, de todos os estados brasileiros, foram selecionados como embaixadores e co-criaram com a SaferNet 2125 atividades educacionais que beneficiaram 215 mil jovens e adolescentes e 70 mil educadores pelo país. 

    Este ano, o programa passou por uma grande renovação. “Nós teremos embaixadoras jovens, as mais jovens de todas as edições, a Júlia, por exemplo, está ainda no ensino médio. A gente está dando mais atenção para ações na região norte, que é uma região que traz muitos desafios de conectividade e é importante que a gente possa oferecer atividades continuadas na região. E com uma embaixadora em Belém já estamos articulando com escolas e outras organizações para realizar atividades por lá até abril do ano que vem, quando termina essa edição do projeto”, afirma Juliana Cunha, diretora da SaferNet Brasil. 

    Ivaneza Ferreira Sousa, 21 anos, Pará

    Natural da comunidade de Pedreira, no município de Moju, no Pará, Ivaneza atualmente vive em Belém, mas não deixa de mencionar em seguida que é uma mulher negra, ribeirinha, do “médio Rio Moju”. Ela estuda Ciências Sociais na Universidade Federal do Pará (UFPA). 

    “Minha trajetória é marcada pelo engajamento em causas sociais, políticas e ambientais e pela promoção da educação política e debates sobre cidadania, democracia e participação social”, afirmou.

    No Cidadão Digital, Ivaniza quer ampliar a inclusão digital e o acesso à informação em comunidades ribeirinhas e periféricas. “Quero promover o empoderamento das populações tradicionais, conectando suas vozes e demandas com o mundo digital”.

    Julia Fernandes, 18 anos, São Paulo

    Natural de São Paulo, Julia está concluindo o Ensino Médio e mora no extremo leste da Capital e atua com produções jornalísticas autorais desde os 15 anos, fazendo documentários e reportagens sobre temas normalmente invisibilizados pela grande mídia. 

    Esses registros são publicados no projeto “LiaComunica”, no Instagram e no Tiktok - que atualmente conta com mais de 1 milhão e meio de visualizações e mais de 300 mil curtidas.

    No Cidadão Digital, Julia “gostaria de motivar os jovens sobre o direito que todos possuímos em relação à expressão, liberdade e transformação dos nossos territórios - principalmente através da internet que, atualmente, nos possibilita alcançar qualquer parte do mundo”. 

    Luana Lira, 21 anos, Minas Gerais

    Estudante de jornalismo na UFMG, Luana começou a se envolver com ativismo aos 16 anos, quando tornou-se líder de um clube Girl Up na escola técnica em que estudava em São Paulo, onde nasceu e morava. “Com o clube, publicamos o Meninas que Escrevem, um livro escrito por meninas do Brasil todo com o intuito de mostrar a força da literatura jovem”, conta. 

    Depois disso, Luana seguiu envolvida “em ações que defendem o poder da juventude, porque acredito que não somos apenas o futuro, já somos o presente!”

    No Cidadão Digital, Luana afirma que deseja “plantar uma semente nos jovens com quem eu tiver contato, ajudando-os a entenderem que o mundo digital não é uma terra sem lei para ninguém, afinal existem deveres e direitos para todos que vivem nele”.

    Participação social 

    Na sua quarta edição, o Cidadão Digital fortaleceu significativamente a rede de participação jovem e a agenda de políticas públicas para jovens por meio da participação em todas as etapas da 4a Conferência Nacional da Juventude, levando a este espaço de participação social um reflexo das várias realidades da diversidade regional brasileira com as quais o programa conviveu nos últimos quatro anos. Todo esse esforço culminou na eleição do ex-embaixador do programa, Gustavo Barreto, a uma das vagas da sociedade civil no Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). 

    “Ocupar uma vaga no Conjuve é um marco importante na trajetória do Programa Cidadão Digital, que busca engajar jovens em temas de cidadania digital e apoiar políticas voltadas para o uso responsável e seguro da internet. Agora, temos a oportunidade de representar e atingir, cada vez mais, adolescentes e jovens que lidam com os desafios de uma era hiperconectada. É também uma chance de levar o debate sobre educação e cidadania digital para espaços importantes, onde são discutidas políticas de proteção e apoio às crianças, adolescentes e jovens”, afirma Barreto.

    “Ter um ex-embaixador no Conjuve abre novas oportunidades de debatermos educação e cidadania digital em organismos que discutem políticas de proteção de crianças e adolescentes e políticas para a juventude”, afirma Juliana Cunha.

    Para esta quinta edição, o foco é o fortalecimento de políticas para jovens relacionadas à cidadania digital e reforçar as redes de participação de jovens e adolescentes mobilizados. 

    O objetivo é fortalecer a participação e o protagonismo de jovens e adolescentes, fazendo-os se engajar nos temas que envolvem a juventude e a agenda educacional. 

    O CD 5 seguirá focando em engajar o sistema nacional da juventude e a rede pública de ensino, de modo a assegurar o envolvimento de jovens capacitados em discussões sobre cidadania digital e políticas públicas para jovens.

    Agenda pelo país

    Assim como nas edições anteriores do programa, o Cidadão Digital percorrerá escolas do país. E a turnê do programa não poderia ter começado de maneira melhor, com uma agenda realizada durante o G20 Social, no Rio de Janeiro, no Colégio Pedro II, no campus Realengo II, na zona oeste da capital fluminense. Veja como foi

    Na última sexta-feira (22), às 10h20, a diretora da Safernet, Juliana Cunha, apresentou a quinta edição do programa ao falar sobre Mediação Parental durante a 7ª Conferência Tecnologia e Infância, promovida pelo Ministério Público da Bahia. 

    E na próxima terça-feira (26), em São Paulo, pela manhã e à tarde, a SaferNet estará no Centro da Criança e do Adolescente (CCA) Sítio da Casa Pintada, mantido pela Prefeitura de São Paulo, na região de São Miguel Paulista, onde a embaixadora Júlia realizará três atividades do Cidadão Digital para estudantes que frequentam o CCA. 

    Se você deseja que a sua escola receba uma atividade do Cidadão Digital, preencha o formulário na página do projeto. Os temas das atividades a serem desenvolvidas são definidos pela escola com a equipe da Safernet.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 25/11/2024

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