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  • Cristo Redentor é iluminado para lembrar a Semana da Internet Segura

    / / Segurança Digital / Por admin / 3 anos 2 meses atrás

    O monumento ao Cristo Redentor foi iluminado nas cores laranja e azul, na noite dessa quinta-feira, para celebrar a Semana da Internet Segura 2022. A ação é uma parceria entre o Santuário Cristo Redentor, o Ministério Público Federal (MPF) e a organização não-governamental SaferNet Brasil, que já ocorre há 4 anos.

    "O mundo virtual que, em princípio se opõe ao presencial, não deixa de ser real. Logo, o uso ético e responsável das ferramentas digitais de comunicação torna-se o fundamento primaz para a segurança desejada", destacou o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

    Principal data global sobre segurança e cidadania digital, o Dia da Internet Segura (Safer Internet Day) no Brasil chegou à décima quarta edição. Além do tradicional evento HUB, que neste ano ocorreu na última terça-feira de forma online, em parceria entre a Safernet Brasil, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a programação no país contará ainda com uma série de atividades durante toda a semana, além de lançamentos de projetos que tratam sobre o tema.

    Durante a programação, a Safernet Brasil divulgou os indicadores de 2021 dos canais de denúncia (www.denuncie.org.br) e de ajuda (www.canaldeajuda.org.br) da organização, contextualizando a importância do debate sobre internet segura no país. A Safernet recebe e processa denúncias de violações de direitos humanos na Internet e os encaminha ao MPF. Em 2021, os dados mostraram que em 2020 – primeiro ano de pandemia e medidas de distanciamento social – houve uma explosão de denúncias de pornografia infantil e outros crimes. Em 2022, os dados seguiram apontando um aumento de 60% nas denúncias de neonazismo em 2021.

    “A pandemia explicitou que, apesar de estarmos super conectados, não temos ainda uma
    cultura de uso crítico e seguro das tecnologias digitais. Assim como as famílias, as escolas
    também sentiram a urgência de superar o desafio do uso das tecnologias. Promover um
    uso ético e cidadão dessas ferramentas passa a ser cada vez mais fundamental para
    ampliar os benefícios dos meios digitais no processo de aprendizagem”, afirma o diretor
    de Educação da SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm.

    “Apesar do crescimento vertiginoso de denúncias em 2020, primeiro ano da pandemia,
    em 2021 alguns dos crimes monitorados pela Safernet continuaram registrando aumento,
    o que é preocupante”, afirma Thiago Tavares, diretor-presidente da ONG.

    O Safer Internet Day, data global celebrada desde 2004, é uma iniciativa das redes Insafe-INHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, o dia é celebrado desde 2009 sob a coordenação da Safernet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região e do NIC.br e CGI.br na correalização dos eventos HUB ao longo desses anos.

  • Decreto sobre o Marco Civil aumenta os riscos à segurança e bem-estar de crianças e adolescentes do Brasil na Internet

    / / Segurança Digital / Por julianaalencar / 3 anos 10 meses atrás
    A minuta de novo decreto presidencial que tem por objetivo regular o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014) compromete os esforços nacionais e internacionais de desenvolvimento e aplicação de políticas e tecnologias de detecção de abusos e ilícitos, revertendo os avanços alcançados na última década para tornar a Internet um ambiente mais seguro e saudável para crianças e adolescentes.

    A minuta de novo decreto presidencial que tem por objetivo regular o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014) compromete os esforços nacionais e internacionais de desenvolvimento e aplicação de políticas e tecnologias de detecção de abusos e ilícitos, revertendo os avanços alcançados na última década para tornar a Internet um ambiente mais seguro e saudável para crianças e adolescentes. Assim como a minuta de decreto, alguns projetos de lei em tramitação no Congresso também querem proibir as redes sociais de removerem conteúdo sem decisão judicial, inviabilizando, na prática, o combate a comportamento abusivo e conteúdo nocivo nas redes.

    As plataformas são criadas para finalidades diferentes e elas devem ser transparentes sobre suas regras e aplicá-las com diligência, o que sabemos ainda ser uma realidade distante no que se refere especialmente ao contexto brasileiro e de todo o Sul global. No entanto, essas iniciativas regulatórias podem acabar permitindo que pessoas sigam violando essas regras, o que coloca crianças e adolescentes em risco. Além disso, as propostas ameaçam a segurança e os direitos dos usuários ao impedir a capacidade de um serviço de se adaptar a novos problemas. É o caso, por exemplo, de conteúdos que disseminam desafios perigosos ou exposição a conteúdos inadequados a determinadas faixas etárias. As plataformas devem poder adaptar continuamente seus produtos, regras e processos para ficar um passo à frente dos agentes mal-intencionados, garantindo transparência acerca de seu modus operandi. As políticas dos serviços e plataformas online, assim como as tecnologias, são documentos vivos, em constante evolução. Por isso, um rol de exceções também não seria capaz de endereçar em tempo real conteúdo prejudicial nas redes.

    O novo decreto engessa e paralisa o desenvolvimento dessas políticas inclusive ao limitar a utilização de tecnologias de detecção automatizada, desde a mais elementar, usada para correspondência de imagem (file hashing), passando pelas intermediárias baseadas em Visão Computacional e a mais inovadora, Inteligência Artificial, incluindo seu tipo mais avançado: Deep Learning. Essas tecnologias são usadas no mundo inteiro para reconhecer imagens de abuso sexual antes que sejam postadas e impedir sua viralização, detectar novas palavras-chave, sinais de coordenação e mapear redes e o modus operandi dos abusadores, muitas vezes impedindo que o ato criminoso ocorra.

    As crianças são revitimizadas pela circulação contínua das imagens de seu abuso. Dados internacionais revelam que em 2020 o NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA) recebeu 33,6 milhões de imagens de abuso, das quais 10,4 milhões eram únicas, e 31,6 milhões de vídeos, dos quais 3,7 milhões eram únicos. Segundo o INHOPE (Associação Internacional de Canais de Denúncia, com sede na Holanda) 60% de todas os URLs avaliadas pelos hotlines (linhas diretas de denúncia), em 2020, vieram de material previamente avaliado, o que significa que o mesmo conteúdo está se espalhando pela Internet e é denunciado repetidamente.

    A minuta de decreto inverte o ônus para a vítima, ao obrigá-la a buscar uma ordem judicial para remover conteúdos que hoje são removidos voluntariamente pelas plataformas durante o processo de detecção de abusos e ilícitos. Os custos - financeiros, emocionais, de tempo, etc - serão suportados pela vítima, que será mais uma vez revitimizada ao ver o conteúdo viralizar enquanto aguarda uma liminar.

    O custo para o setor público também não deve ser negligenciado, com a explosão no número de processos judiciais desnecessários, sobrecarregando ainda mais o Poder Judiciário. Especialistas, empresas, entidades da sociedade civil e organismos internacionais concordam que para endereçar esses graves problemas é necessário investir, com absoluta prioridade, em educação para o uso ético, seguro e saudável da Internet, moderação de conteúdo pelas plataformas mais rápida e transparente, ferramentas de controle parental e pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de detecção e resposta a situações de abuso, o que exige técnicas inovadoras de combate e prevenção.

    É importante ressaltar que durante a pandemia COVID-19 mais que dobrou o número de crimes sexuais contra crianças e adolescentes na Internet no Brasil. Dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, operada pela SaferNet Brasil e pelo MPF, apontam um crescimento de 102% no número de denúncias de abuso online de crianças e adolescentes em 2020, comparado a 2019. Houve também um aumento expressivo de pedidos de ajuda relacionados à saúde mental (ideação suicida e auto-mutilação), problemas com dados pessoais, exposição de imagens íntimas, cyberbullying, fraudes, golpes e spam.

    A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, do CETiC.br/Comitê Gestor da Internet (CGI.br), aponta ainda que 43% das crianças e dos adolescentes brasileiros de 9 a 17 anos viram alguém ser discriminado na Internet, e que 7% da população nessa faixa etária reportou ter se sentido discriminado na Internet. Outros conteúdos sensíveis, como cenas de violência ou com muito sangue (22%), formas para ficar muito magra (15%) - em sua maior parte conteúdos pró-anorexia e bulimia - e experiências ou uso de drogas (10%) também foram expostos a crianças e adolescentes, faixa etária que representa um terço dos 140 milhões de brasileiros com acesso regular à Internet.

    O uso de tecnologias de detecção automatizada por atores do setor privado para detectar, reportar e remover, voluntariamente, material de abuso sexual infantil, bem como ameaças baseadas em texto, como assédio e aliciamento, atende ao interesse público e social, conforme determina o artigo 227 da CF/88: “ É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão".

    Por isso é de fundamental importância um debate mais aprofundado sobre os graves riscos que o novo decreto e os PLs com teor similar representam para a garantia dos direitos das crianças e adolescentes, bem como sobre os seus impactos negativos ao reverter os avanços já constituídos em matéria de remoção de conteúdo nocivo e criminoso contra crianças e adolescentes nas redes.

    SaferNet Brasil
    Instituto WCF Brasil (Childhood Brasil)
    Instituto Alana
    Centro de Estudos Integrados Infância, Adolescência e Saúde (CEIIAS) Rede ESSE Mundo Digital
    Instituto Liberta
    InternetLab - Centro de Pesquisa em Direito e Tecnologia
    Instituto de Tecnologia e Sociedade - ITS Rio
    Associação pela Saúde Emocional de Crianças - ASEC Brasil

     

     

  • Suposto desafio da "MOMO"

    Dados Pessoais / / Segurança Digital / Por rodrigonejm / 6 anos 8 meses atrás

    07 de Agosto de 2018 - Alerta sobre suposto desafio “da MOMO" - Recomendações da Safernet Brasil e alerta para pais e educadores

    * Confira também a Nota de 2019 sobre os vídeos relacionados a "MOMO". 

    Nos últimos dias, a SaferNet Brasil vem acompanhando a preocupação de pais e educadores sobre mais um suposto desafio, desta vez chamado de "MOMO". Esta é mais uma situação em aplicativos de mensagem que explora a curiosidade dos usuários para cometer golpes, roubo de dados ou ameaças mais graves como a extorsão a partir de suposto desafio.

    Recomendamos que pais e educadores alertem crianças e adolescentes para bloquear o suposto usuário “MOMO”, não iniciar a conversa e não compartilhar informações com o perfil. Os profissionais da imprensa podem ajudar a lidar com o tema informando sobre os riscos sem disseminar os números. Como esta pode ser mais uma isca usada por criminosos pra roubar dados e extorquir pessoas na internet, quanto menor a divulgação, menor a audiência. 

    Como ocorre?
    Os usuários podem receber uma mensagem com pedido para iniciar uma conversa com um número desconhecido que envia convite com perguntas e desafios. Se os usuários caem na armadilha e aceitam o contato, seu número de celular, sua foto e demais informações disponíveis no perfil do aplicativo ficam acessíveis para o administrador do perfil “da MOMO”. 
    Em seguida, os golpistas podem buscar mais informações e ampliar as ameaças dizendo que sabem detalhes da vida da vítima, nomes de pessoas próximas e até senha de aplicativos (muitas vezes disponíveis na própria Internet em sites que agrupam vazamentos de senhas. Você pode conferir se sua senha já foi divulgada por algum vazamento massivo).

    Origem?
    Não há como precisar a origem, uma vez que este tipo de caso está relacionado às milhares de “lendas” e brincadeiras que circulam pela Internet. O problema é que golpistas e criminosos, com motivações variadas, se aproveitam da curiosidade ou até da brincadeira de alguns grupos online para chegar às vítimas e provocar danos concretos. A origem da imagem “assustadora” é japonesa e pertence a uma escultura de uma mulher-pássaro que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Ginza, distrito de Tóquio, atribuída a Keisuke Aisawa. Os números de celulares que provocam as ameaças ou disseminam os convites mudam conforme o fenômeno circula entre os países e cidades (mudam os prefixos de país e de cidade, os quatro primeiros dígitos depois do “+” no número do telefone).

    Riscos?
    Ainda que alguns promovam ou participem do suposto desafio por brincadeira ou curiosidade, os riscos justificam um alerta para que tod@s evitem e bloqueiem sem iniciar o contato. Há situações em que os desafios remetem a provocação de autolesão e que podem colocar as pessoas em risco de vida.

    Os riscos envolvem:
    -  dar acesso a informações pessoais (foto de perfil, status, número do celular etc.)
    - receber conteúdos impróprios ou violentos para determinadas faixas etárias
    - instalação de programas maliciosos para roubo de dados ou infecção dos aparelhos
    - ameaças de agressões e exposições on-line e off-line;
    - extorsão financeira e ameaças de morte
    - provocações para desafios que podem gerar dano ou estimular autolesão

    Alguns fazem por brincadeira e outros são criminosos profissionais que se aproveitam da "moda" para aplicar golpes. Quanto mais as pessoas respondem às perguntas, mais fornecem informações para os fraudadores. Os criminosos também arriscam aleatoriamente a partir de um número estrangeiro.

    O que fazer?
    Por isso, é fundamental orientar crianças e adolescentes a ter cuidado ao adicionar pessoas desconhecidas e orientá-las a bloquear contatos indesejados sem enviar nada.

    Veja como bloquear contatos no WhatsApp.

    Caso tenha participado e avalie que sofreu ameaça a sua integridade física, financeira ou emocional, a recomendação é buscar uma Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Para isso, é preciso que a vítima possa exportar a conversa para ela mesma. O WhatsApp tem uma ferramenta que permite isso, veja informações aqui. Reportar com os detalhes sobre os números de telefone envolvidos pode ajudar o trabalho de investigação e prevenir novos casos.

    Caso tenha dúvidas sobre alguém que esteja sendo ameaçado, a SaferNet oferece um serviço gratuito de escuta, acolhimento e orientação especializada destinado a crianças, adolescentes, pais e responsáveis que estejam vivenciando alguma situação de risco ou violência online. Basta acessar o canal pelo chat ou email em: www.helpline.org.br

    Caso queira ajuda para proteger alguém com sofrimento emocional severo ou pensamentos suicidas, busque também apoio no www.cvv.org.br
    Inicialmente não podemos associar diretamente este desafio ao caso do Baleia Azul. Confira também as notas da SaferNet sobre o Baleia Azul e nos ajude a tratar com cuidado os temas relacionados ao sofrimento emocional. Nota 01 e Nota 02 sobre Baleia Azul.

    Recomendações?

    Lembramos que proibir o acesso a Internet pelos filhos, confiscar celular e monitorar o uso de aplicativos através de programas “espiões” são medidas pouco educativas e fadadas ao fracasso. Elas não previnem os riscos e compromete o vínculo de confiança que deve existir entre pais e filhos. A tentativa de eliminar qualquer exposição a riscos em espaços públicos como a Internet é praticamente impossível, e os pais e a Escola precisam conversar de forma franca e aberta sobre como os adolescentes podem lidar e responder a esses riscos. É parte do desenvolvimento saudável - e preparação para a vida adulta - que o adolescente desenvolva habilidades para lidar com os riscos à sua volta, isso se chama resiliência, que só pode ser desenvolvida enfrentando riscos num ambiente onde ele possa pedir ajuda e com espaço para falar sem prejulgamentos e reprimendas.

    Para mais orientações sobre o uso ético e seguro da rede, veja nossos recursos aqui e uma matéria que pode ajudar a debater os perigos destes desafios.

  • Segurança digital

    / / Segurança Digital / Por julianacunha / 10 anos 3 meses atrás

    A segurança nos ambientes digitais apresenta-se como um desafio complexo. Podemos pensar em diferentes tipos e níveis de segurança - das preocupações com segurança nacional à proteção da senha pessoal no celular. Na sociedade da informação, proteger e cuidar desses dados é uma tarefa para todos. A internet é também um ambiente de produtos que são trocados, vendidos e negociados. Quando lembramos que a Internet das Coisas já é uma realidade, conectando não apenas pessoas, mas bilhões de objetos como redes, o desafio de conectar-se com segurança exige cada vez mais atenção. 

    O assunto também envolve cuidado com dados pessoais que deixamos em sites como redes sociais, de busca, nos milhões de emails e mensagens, sites de compras, nos programas de fidelidade, nos cartões de crédito e nos dispositivos móveis que concentram cada vez mais informações detalhadas sobre nossas vidas. Nunca pensamos a segurança como oposto de liberdade, mas como condição para que as liberdades das diferentes pessoas sejam respeitadas nos diferentes contextos nos quais nos relacionamos dentro e fora da rede. 

    Considerando o direito à segurança da informação como um dos direitos humanos que defendemos também na rede, a SaferNet oferece algumas dicas para preservar os direitos de proteção contra abusos e violações de privacidade ou das liberdades de expressão, e posicionamento sexual, religioso, político e de pensamento. O desafio é imenso, mas trabalhamos na construção de plataformas de informações para despertar a consciência dos internautas sobre a importância de saber fazer boas escolhas nos cliques diários na Internet.

  • #InternetSemVacilo Busca com segurança

    / Comunicação / Segurança Digital / Por admin / 7 anos 7 meses atrás

  • Segurança on-line em qualquer lugar

    Dados Pessoais / Comunicação / Segurança Digital / Por admin / 7 anos 7 meses atrás

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