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  • Brasil entra no top 5 de países que mais denunciaram abuso infantil na internet em 2024

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 3 semanas 3 dias atrás

    Relatório Global da InHope, associação internacional que reúne 55 hotlines (canais de denúncia de crimes na internet) pelo mundo, apontou a SaferNet como o quinto hotline que mais contribuiu para o esforço global na detecção de páginas contendo material de abuso sexual de crianças (CSAM) no ano passado. O Brasil compartilhou com esses canais no exterior 48.874 páginas em 2024.  

    Das 48.874 páginas diferentes entre si encaminhadas pela SaferNet à rede InHope ano passado, 10.823 derivam das 52.999 denunciadas à SaferNet por usuários da internet. Essas páginas foram encaminhadas para hotlines e autoridades de outros países, uma vez que o conteúdo desses endereços na internet indicavam que as vítimas de abuso sexual infantil eram estrangeiras ou os crimes apontados na denúncia não ocorreram no Brasil.

    Outras 38.051 páginas encaminhadas aos hotlines estrangeiros com indícios de abuso sexual infantil foram encontradas com o auxílio de ferramentas de deteção automatizada e busca pró-ativa, por meio do projeto Discover. 

    As 10.823 páginas denunciadas à SaferNet e as 38.051 páginas localizadas na internet pela ONG, somadas, compõem o total de 48.874 páginas compartilhadas pela SaferNet Brasil com outros hotlines membros do InHope em 2024.

    Entre 2022 e 2024, a SaferNet saltou de 27º lugar no ranking de cooperação internacional entre os hotlines para o 5º lugar. Em 2024, o Brasil foi superado apenas pelos hotlines da Bulgária, Reino Unido, Holanda e Alemanha. 

    A via é de mão dupla. O Brasil também recebe conteúdo oriundo de outros países. Em 2024, a rede de 55 hotlines, presente em 51 países, detectou a existência de 1.155 páginas diferentes hospedadas no Brasil, o que equivale a 0,05% de todas as páginas contendo material de abuso sexual infantil detectadas no mundo. Essas páginas foram recebidas e analisadas pelo Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF e autuadas para investigação.

    Acesse o relatório da InHope.

    Hospedagem versus produção, consumo e distribuição

    É vital reconhecer que a hospedagem é apenas uma parte do quadro mais amplo quando se trata da criação, distribuição e consumo de material de abuso sexual infantil (CSAM). Embora os relatórios de hospedagem possam nos informar onde está localizada a maior concentração de servidores contendo CSAM, isso não deve ser confundido com a produção e o consumo de CSAM, que podem ocorrer em qualquer lugar.

    O abuso e a exploração sexual de crianças são problemas generalizados em todo o mundo, e nenhum país está imune. A ausência de informações sobre hospedagem em um determinado país ou região geográfica não significa que o abuso não esteja ocorrendo, que conteúdos digitais de abuso não estejam sendo criados ou que não haja vítimas necessitando ajuda. É fundamental entender que a falta (ou menor quantidade) de dados relatados não significa que o problema não exista. 

    A representação da África e da América Latina nas estatísticas da InHope pode dar a entender a ausência de CSAM na região, mas, na verdade, faltam canais de denúncia. Há apenas quatro membros da InHope na América Latina (Brasil, Argentina, Colômbia e México). E seus representantes destacam duas necessidades importantes para melhorar a situação global de combate a CSAM na região:

     

    • A necessidade de novas ferramentas de detecção de CSAM treinadas com datasets em língua portuguesa; 

     

    • Novas iniciativas de pesquisa sobre a profundidade do abuso sexual infantil, em regiões em desenvolvimento. São necessárias mais evidências para avaliar o que impulsiona a produção, o consumo e a disseminação de material de abuso sexual infantil em países da região, inclusive no Brasil.

    Relatórios da SaferNet sobre a comercialização de imagens de abuso sexual infantil no Telegram evidenciam a importância da pesquisas pró-ativa para mapear as redes comerciais que lucram com a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. O relatório anual da InHope será divulgado numa conferência online que será transmitida na manhã desta quinta-feira (3), direto de Amsterdã (Holanda), onde fica a sede da associação dos hotlines, que é financiada pela Comissão Europeia. 

    “A SaferNet Brasil foi a primeira organização da América Latina a se tornar membro pleno do InHope, em 2013. Desde então os avanços tecnológicos têm aumentado a complexidade de detecção e o volume de imagens de abuso sexual infantil na web. A Internet não tem fronteiras, o que torna a cooperação internacional nessa área absolutamente imprescindível”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil.

    A SaferNet é uma organização de defesa dos direitos humanos na internet, 100% brasileira, e desde 2006 trabalha em parceria com o Ministério Público Federal no recebimento e processamento de denúncias de crimes e violações a Direitos Humanos na Internet. Devido ao caráter mundial da internet, cerca de 98% de todos os conteúdos ilegais denunciados à ONG no Brasil está hospedado em servidores e aplicações de internet no exterior. 

    “Devemos lembrar sempre que esses conteúdos são prova material de estupros ocorridos no mundo ´real´e quem compra ou baixa esses arquivos, além de estar cometendo crime, apoia e financia criminosos. Embora o Brasil não seja um grande hospedeiro (a maioria dos data centers não está localizada no país) é um país produtor e grande consumidor de imagens de abuso sexual, inclusive com uso de Inteligência Artificial Generativa. A maior parte desse conteúdo está hospedada em sites e servidores no exterior”, complementa.

    SaferNet participa de eventos técnicos em Amsterdã e Lyon

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, a convite do Ministério da Justiça e Segurança Pública, integrará a delegação oficial que representará o Brasil no Encontro Global sobre Padrões de Verificação de Idade, que será realizado de 8 a 10 de abril, em Amsterdã, Holanda. 

    Este é o segundo encontro mundial sobre o tema e o objetivo do grupo é avançar em direção a um padrão mundial de verificação de idade na internet, visando o aumento da segurança em especial para grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e adolescentes. 

    Participarão do encontro na Holanda delegações de 55 países, com grande participação de países do sul global e membros do G20.

    Em seguida, Tavares segue para Lyon, na França, onde participará do 41º Encontro Operacional da Interpol do Grupo de Especialistas em Crimes contra a Infância. O evento acontece de 14 a 17 de abril. 

    Tavares apresentará a evolução do trabalho do projeto Discover, mantido pela ONG com recursos do fundo internacional End Violence Against Children, criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas e administrado pelo UNICEF. 

    O Discover trabalha com a detecção pró-ativa de links com conteúdo de abuso e exploração sexual infantil por meio de pesquisas utilizando 1300 elementos de identificação catalogados que foram descobertos entre usuários falantes de língua portuguesa, espanhola e inglesa em páginas brasileiras e que utilizam esses termos desde a fase do assédio a crianças e adolescentes (grooming) até a difusão e a venda desses conteúdos. 

    O glossário catalogado pela SaferNet reúne palavras, acrônimos, siglas, hashtags e emojis. Em novembro de 2023, a SaferNet esteve na França, a convite do governo local, em evento do fundo SafeOnline. Na ocasião, o glossário reunia 963 expressões. Nos últimos 15 meses houve um aumento de 35% nas expressões catalogadas. 

    Sobre a Safernet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital.

    Texto publicado em 3/4/2025

    Mais informações à imprensa:

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    11-98100-9521

  • SaferNet encaminhou ao MPF denúncia sobre adolescente que planejava atentado em SP

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 4 semanas 1 dia atrás

    A denúncia enviada à SaferNet levou à apreensão de um adolescente de 15 anos que planejava um atentado a uma escola de ensino fundamental na cidade de Embu das Artes, em São Paulo. A SaferNet encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal em São Paulo e uma tragédia foi evitada. 

    Um usuário da internet realizou a denúncia de apologia e incitação a crimes contra a vida de forma anônima pela Central Nacional de Crimes Cibernéticos, mantida pela SaferNet e conveniada com o MPF. 

    O Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF iniciou a apuração e identificou o adolescente, que cursa o primeiro ano do ensino médio. 

    O MPF apurou que nas redes sociais e nas chamadas deep e dark web (conteúdo da internet que escapa dos mecanismos de busca), a existência de um perfil anônimo que falava em “voltar no lugar que te fizeram sofrer pra retribuir tudo que passou sem sentir remorso nem empatia”. No mês passado, o mesmo perfil postou que “daqui a alguns meses, estarei deixando minha casa pela última vez, e nunca mais eu vou voltar.”

    Após a identificação do adolescente, a Polícia Civil foi acionada pelo MPF e fez a apreensão do garoto. Na casa, foi encontrado um simulacro de arma de fogo (imitação de uma arma verdadeira) e fogos de artifício. 

    Ouvido, o adolescente teria confessado o planejamento e disse que comprava os fogos de artifício para armazenar a pólvora com a qual planejava preparar uma bomba caseira para usar no atentado. 

    Segundo reportagem do SBT, o jovem planejava atacar a escola em que havia cursado o ensino fundamental e onde ele afirma ter sofrido bullying. A mesma reportagem afirma que conversou com alunos da escola em que o jovem estuda atualmente e que o comportamento dele se inverteu e hoje ele é quem pratica bullying. 

    O adolescente está internado provisoriamente na Fundação Casa por 45 dias. Nesse prazo, o caso tem que ser julgado pela Justiça. A pena máxima por ato infracional cometido por adolescentes é de três anos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

    Denunciar é simples

    Denunciar à central da SaferNet é simples: basta copiar e colar no formulário do www.denuncie.org.br o link da página, grupo, comunidade, canal ou qualquer outro conteúdo publicamente disponível na web e que suspeita que seja criminoso. Nossa central permite o total anonimato dos denunciantes.

    A SaferNet mantém convênio com o Ministério Público Federal e encaminha para lá apenas links diferentes entre si, excluindo denúncias repetidas, para facilitar o trabalho do MPF e evitar a eventual abertura de procedimentos de investigação em duplicidade. 

    O crime de apologia e incitação a crimes contra a vida foi o terceiro mais denunciado à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet no ano de 2024. A SaferNet recebeu 2710 denúncias desse tipo de crime ano passado. 

    Nos 19 anos de atividade da central de denúncias da Safernet recebeu 149.834 denúncias únicas por esse tipo de crime. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital. 

    Texto publicado em 18/02/2025

  • Canal de Ajuda da SaferNet registra aumento de 79% em atendimentos por questões de saúde mental

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    O Helpline, canal de ajuda da SaferNet, registrou um aumento de 79% em atendimentos de pessoas com algum tipo de problema de saúde mental, incluindo relacionados com o uso da internet. Foram 204 atendimentos desse tipo em 2024 contra 114 em 2023. Os indicadores do canal de ajuda em 2024 estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    Segundo a psicóloga Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da SaferNet, responsável pelo canal de ajuda, esse aumento se deve “ao excesso de exposição às telas e seu impacto na saúde e bem estar das pessoas, o que tem sido uma preocupação grande nas escolas e famílias, e ganhado cada vez mais relevância no debate público, incluindo também a busca dos próprios usuários por mais ajuda sobre este tópico”.

     

    O Helpline, como um todo, registrou aumento de 26% no número de atendimentos. Foram 1.617 casos em 2024 ante 1.285 em 2023. 

     

    As questões de saúde mental ficaram em terceiro lugar no ranking geral de atendimentos, superadas somente por exposição de imagens íntimas, com 268 atendimentos, e problemas com dados pessoais, com 246 casos. Fraudes, golpes e e-mails falsos ficaram em quarto, com 185 atendimentos e Violência Online / discurso de ódio fechou o top 5, com 130 casos. 

    Outros dois tipos de atendimento que chamaram a atenção em 2024 foram para pessoas com problemas com compras online, que saltou de 23 para 63 casos, um aumento de 174%, e de pessoas pedindo orientação sobre como proceder sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil, que teve aumento de 14%. 

    O Helpline é um canal online e gratuito e oferece orientação de forma pontual e informativa e também esclarece dúvidas sobre segurança na Internet e como prevenir riscos e violações, tais como intimidação, humilhação e intimidação sistemática (ciberbullying), troca e divulgação de mensagens íntimas não-autorizadas (sexting ou nudes vazados), encontro forçado ou extorsão com fins sexuais (sextorsão), uso excessivo de jogos na Internet e envolvimento com desafios perigosos. O atendimento pode ser por chat individualizado ou e-mail. 

     

    Denúncias têm queda de 34% em 2024

     

    A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet (www.denuncie.org.br) registrou queda de 34% no número de denúncias novas (não repetidas) em 2024. A ONG recebeu ano passado 100.077 denúncias ante as 150.847 de 2023.  

     

    Em 2024, a SaferNet recebeu 52.999 novas denúncias (não repetidas) de crimes relacionados a imagens de abuso e exploração sexual infantil (“pornografia infantil”), 26% menos que as 71.867 de 2023, que continua sendo o recorde absoluto da série histórica iniciada em 2006. Os indicadores da central de denúncias da SaferNet estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    “Apesar da queda, o número de denúncias de crimes envolvendo imagens de abuso e exploração sexual recebidas pela Safernet em 2024 é a quarta maior marca da série histórica, iniciada há 19 anos”, afirma o presidente da SaferNet, Thiago Tavares. 

    Além disso, explica Tavares, apesar de ter havido menos denúncias, a complexidade e a gravidade dos casos aumentaram, e mais casos têm sido investigados pelas autoridades brasileiras. A Polícia Federal realizou, em 2023, por exemplo, 1074 operações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes contra 502 em 2022, um aumento de 114%.  

     

    Contribuíram para a queda no caso brasileiro: 

     

    • Uso crescente de aplicativos de criação de nudes com inteligência artificial em escolas, mostrando a necessidade urgente de controlar o acesso dessas tecnologias por crianças e adolescentes;

    • Aumento da oferta de imagens de abuso e exploração sexual infantil em aplicativos de mensagens, em especial o Telegram, impulsionadas por links divulgados em mídias sociais, especialmente o X e Instagram, em circuito fechado (grupos e canais do Telegram e contas reserva e “close friends” no Instagram), dificultando a denúncia. 

    • Crimes de ódio também têm queda 

     

    A SaferNet recebeu 14.108 denúncias únicas de crimes de ódio em 2024, uma queda de 49% em relação a 2023. 

     

    O ano de 2024 foi o primeiro ano eleitoral desde 2018 em que a ONG recebeu menos denúncias de crimes de ódio do que em relação ao ano anterior. Nos anos eleitorais de 2018, 2020 e 2022, a SaferNet recebeu mais denúncias desse tipo de crime que no ano anterior. 

     

    Dos crimes denunciados à SaferNet são crimes de ódio o racismo, a intolerância religiosa, a xenofobia, o neonazismo, a LGBTfobia, a misoginia e a apologia a crimes contra a vida. 

     

    Denunciar à central da SaferNet é simples: basta copiar e colar no formulário do www.denuncie.org.br o link da página, grupo, comunidade, canal ou qualquer outro conteúdo publicamente disponível na web e que suspeita que seja criminoso. Nossa central permite o total anonimato dos denunciantes, o que é especialmente crucial em casos relativos a imagens de abuso e exploração sexual infantil.  

     

    A SaferNet mantém convênio com o Ministério Público Federal e encaminha para lá apenas links diferentes entre si, excluindo denúncias repetidas, para facilitar o trabalho do MPF e evitar a eventual abertura de procedimentos de investigação em duplicidade. 

     

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios suficientes de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual.

     

    Texto publicado em 10/2/2025 

     

    Mais informações:

    Assessoria de Imprensa

    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • SaferNet verifica aumento de denúncias, grupos e usuários do Telegram envolvidos com imagens de abuso sexual infantil

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    Pesquisa realizada pela SaferNet aponta que o número de denúncias de grupos e canais contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil no aplicativo de mensagens Telegram aumentou 78% entre o segundo e o primeiro semestre de 2024. 

    Relatório completo com os resultados da segunda análise realizada pela ONG em grupos e canais do Telegram cujos links foram denunciados à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos mantida pela SaferNet será divulgado nessa terça-feira (11), em São Paulo, no evento principal do Dia Internacional da Internet Segura no Brasil.

    Este é o segundo relatório da SaferNet Brasil sobre o Telegram, realizado no âmbito do projeto DISCOVER, de prevenção da prática de abuso e exploração sexual infantil, e compreende a análise das denúncias recebidas no segundo semestre de 2024. 

    No relatório do segundo semestre, quatro indicadores tiveram aumento em relação ao número de links de grupos e canais do Telegram no primeiro semestre de 2024.

    • não selecionada

      O número de grupos e canais do Telegram denunciados subiu para 1043 (aumento de 19%); 

    • não selecionada

      O número de grupos e canais que permanecem ativos sem moderação da plataforma subiu para 349 (aumento de 76%);

    • não selecionada

      O número de grupos e canais contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil que permanecem ativos, sem moderação da plataforma, subiu para 171 (aumento de 78%);

    • não selecionada

      O número de usuários encontrados nesses grupos e canais subiu de 1,25 milhão para 1,4 milhão (aumento de 12%);

    • não selecionada

      Somados os dois semestres de 2024, a SaferNet detectou 2,65 milhões de usuários em grupos e canais do Telegram contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil. 

    No primeiro relatório, divulgado em outubro do ano passado, que analisou conteúdo denunciado no primeiro semestre de 2024, a SaferNet havia analisado manualmente 874 links de grupos e canais do app denunciados à ONG como “pornografia infantil”. 

    Do total denunciado no primeiro semestre, 215 grupos e canais do Telegram permaneciam ativos na plataforma, sem qualquer tipo de moderação, quando a pesquisa foi realizada. 

    Líder de denúncias

    Entre os apps de mensagem, o Telegram lidera em número de denúncias de “pornografia infantil” recebidas pela SaferNet, por meio da plataforma www.denuncie.org.br. E, desde 2021, o Telegram está entre os 10 domínios com mais links desse tipo de crime denunciados à ONG. 

    Em 2024, o Telegram ficou em segundo lugar entre todos os domínios que a SaferNet recebeu denúncias. Em 2022 e 2023, o app ocupou a quinta posição no ranking geral de domínios com mais denúncias de “pornografia infantil” no Brasil.

    Mudanças de postura

    No final de setembro, um mês após a prisão de Pavel Durov, dono do Telegram, na França, em 24 de agosto de 2024, a empresa anunciou que estava colaborando com pedidos de autoridades entregando “alguns dados de usuários” (números de telefone e IPs) mediante requisições legais. 

    A divulgação do relatório de análise das denúncias de conteúdo criminoso no Telegram recebidas pela Safernet ocorreu em outubro de 2024. A empresa, que normalmente não respondia às demandas da imprensa brasileira, passou a emitir notas comentando os dados e diz ter removido 360 mil grupos e canais relacionados à exploração sexual infantil, mas a companhia não detalha como procedeu nesses casos. 

    Em janeiro deste ano, Pavel disse em depoimento à Justiça da França que não fazia ideia do tamanho da criminalidade no Telegram e prometeu melhorar a moderação de conteúdo criminoso na plataforma.  

    O Telegram também não participa da Tech Coalition, que estabelece protocolos rigorosos de transparência, inclusive a publicação de relatórios de moderação. Meta, Google, Apple e Microsoft participam da coalizão. 

    Segundo dados colhidos por pesquisadores e compilados na página Telegram Transparency Data, o Brasil estaria na quinta posição entre os países com mais requisições atendidas pela companhia. Não há informação, contudo, se os dados fornecidos foram suficientes ou permitiram avanços em investigações. 

    Sinais de moderação

    Em 16 canais denunciados à SaferNet, por exemplo, a ONG encontrou sinais de ação da plataforma: uma mensagem alertava outros usuários que o grupo ou canal em questão estava “temporariamente suspenso para dar aos moderadores tempo para limpar os conteúdos e moderar os usuários que publicaram conteúdo pornográfico ilegal”. Ao menos 38 países no mundo possuem legislação obrigando plataformas digitais como o Telegram a reportar às autoridades sempre que souberem que hospedam conteúdo de abuso e exploração sexual infantil, segundo relatório do ICMEC nos EUA.

    A SaferNet detectou que, além de atribuir aos moderadores de conteúdo supostamente criminoso a responsabilidade de “limpar os grupos”, o Telegram não tem um padrão de atuação. Numa pasta com 25 grupos chamada “Translation” (tradução, em português), apenas 8 grupos estavam sinalizados, mas a SaferNet localizou, manualmente, material de exploração sexual infantil em todos os outros grupos da pasta, cada um com 15 a 25 mil usuários. 

    O uso da expressão tradução para sinalizar esses grupos é uma velha tática usada por vendedores de materiais de exploração sexual infantil, que organizam e distribuem conteúdos criminosos como “traduções”, onde nacionalidades de vítimas são “idiomas”.

    Parte dessas imagens de abuso e exploração sexual infantil são comercializadas no Telegram. Boa parte dos vendedores encontrados nos grupos denunciados à SaferNet aceitam como meio de pagamento as “estrelas,” a moeda virtual introduzida pela plataforma em junho de 2024. 

    O Telegram não possui registro no Banco Central do Brasil e utiliza 23 provedores de serviços financeiros para processar pagamentos, a maioria localizados na Rússia e na Ucrânia ou outros paraísos fiscais, como Hong Kong e Chipre. Quatro dessas plataformas de serviços financeiros sofreram sanções internacionais: YooMoney, Sberbank, PSB e Bank 131. 

    “Essas novas evidências comprovam a persistência dos riscos sistêmicos, a precariedade da moderação de conteúdo e a ausência de compliance da plataforma com a legislação brasileira de proteção à infância, combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Os números da SaferNet evidenciam que o Telegram, sozinho, responde por 90,35% de todas as denúncias envolvendo aplicativos de mensageria realizadas no Brasil em 2023 e 2024”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil.

    MPF e PF receberão novo relatório

    Os novos desdobramentos da pesquisa da SaferNet serão encaminhados novamente ao Ministério Público Federal e para a Polícia Federal, assim como foi feito com o relatório do primeiro semestre, o que resultou na abertura de investigações

    A análise realizada pela Safernet foi feita no âmbito do projeto DISCOVER, de prevenção da prática de abuso e exploração sexual infantil. Neste projeto, apoiado pelo fundo Safe Online, a Safernet indexa palavras, acrônimos (siglas, abreviações, palavras codificadas ou com erros propositais de ortografia ou digitação) e emojis em português, inglês e espanhol usados por predadores sexuais ao organizar, divulgar, compartilhar ou trocar imagens de abuso e exploração sexual infantil e ou na tentativa de aliciar crianças e adolescentes a produzirem esses conteúdos. 

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual. 

     

    Texto publicado em 10/10/2025

    Mais informações:

    Assessoria de Imprensa

    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • Relatório da SaferNet revela que mais de 1 milhão de usuários do Telegram estão em grupos que vendem imagens de abuso sexual infantil

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 6 meses 5 dias atrás

    Relatório da SaferNet encaminhado ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e a autoridades francesas revela que mais de 1,25 milhão de usuários do Telegram no Brasil estão em grupos em que ocorrem a venda e o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil e outros crimes como imagens de nudez e sexo vazadas sem consentimento e a venda de material pornográfico gerado com inteligência artificial. 

    O relatório “Em suas próprias palavras: Como o Telegram tem sido usado no Brasil como um espaço de comércio virtual por criminosos sexuais”, é fruto de uma pesquisa minuciosa realizada em 874 links do Telegram denunciados à SaferNet por usuários da internet do Brasil e de outros países no primeiro semestre de 2024 por “pornografia infantil” (imagens de abuso e exploração sexual infantil). 

    A SaferNet analisou minuciosamente os links do Telegram denunciados e descobriu que 149 deles (17% do total) ainda seguiam ativos normalmente entre julho e setembro deste ano, sem terem sofrido qualquer tipo de restrição pela plataforma, com usuários e administradores cometendo vários crimes como compartilhamento e venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil, de imagens de nudez e sexo vazadas sem consentimento e a venda de material pornográfico gerado com inteligência artificial. 

    O mapeamento, conduzido de forma manual e com verificação humana, também identificou mais 66 links, que nunca haviam sido denunciados, contendo conteúdos criminosos semelhantes que foram compartilhados dentro dos grupos ou canais do Telegram. 

    Somente em uma das comunidades ainda ativas com comercialização e distribuição de imagens de abuso e exploração sexual infantil no Telegram, a SaferNet contou 200 mil usuários. No total, os grupos, comunidades, canais e demais links do app contendo esse tipo de conteúdo contavam com mais de 1,25 milhão de usuários. 

    A análise realizada pela Safernet deu origem a um relatório de 21 páginas (com 3 anexos técnicos), que foi entregue nesta quarta-feira (23 de outubro), à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF em São Paulo. O relatório indica os links denunciados onde foram encontrados indícios claros de conteúdo criminoso e podem gerar investigações criminais e cíveis. 

    Telegram líder de denúncias

    Entre os apps de mensagem, o Telegram lidera em número de denúncias de “pornografia infantil” recebidas pela SaferNet. E, desde 2021, o Telegram está entre os 10 domínios com mais links desse tipo de crime denunciados à ONG. Em 2022 e 2023, o app ocupou a quinta posição no ranking geral de domínios com mais denúncias de “pornografia infantil”. Em 2023, a Safernet recebeu 3274 denúncias desse tipo de crime no Telegram, um aumento de 77% em relação ao ano anterior.

    Há anos, o Telegram tem sido alvo de denúncias por não remover comunidades e usuários brasileiros que incitam a discriminação racial, de gênero, de classe, bem como ataques à democracia, ataques em escolas, apologia ao nazismo e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Parte da ineficiência do Telegram em cooperar com as autoridades está vinculada ao seu sistema de denúncias, considerado inadequado pela SaferNet e por outros hotlines no mundo inteiro. 

    A plataforma permite que os usuários reportem conteúdos de mensagens, grupos ou canais pelo aplicativo ou por e-mail, sendo necessário escrever para o e-mail abuse@telegram.org com o assunto “Denúncia usuário @nome”, incluir detalhes do motivo da denúncia e aguardar um retorno da empresa. 

    Ao contrário de outras plataformas, o Telegram não divulga dados sobre a quantidade de conteúdos moderados / removidos ou o número de denúncias recebidas de usuários e autoridades, enquanto que outras plataformas fazem isso. Essa falta de transparência e o não cumprimento de determinações judiciais tornam o Telegram alvo de ações criminais em todo o mundo. 

    O Telegram não responde requisições de nenhum dos 54 hotlines filiados à INHOPE, a associação internacional de canais de denúncia de crimes sexuais contra crianças e adolescentes na Internet. 

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual. 

    Falta de moderação, transparência e informação

    Para o presidente da Safernet, Thiago Tavares, os dados do relatório são “alarmantes” e “demonstram a precariedade da moderação por parte da plataforma, que tem apenas 35 funcionários em todo o mundo para operar um app com 900 milhões de usuários. Essa é uma omissão que precisa ser reparada”. 

    Além da falta de moderação e omissão da empresa, a Safernet descobriu que parte dos conteúdos são publicados por bots ou vendidos aceitando como pagamento criptomoedas, o que facilita a anonimização dos autores dos crimes, dificultando que eles venham a ser identificados e processados. 

    Boa parte dos pagamentos dessas transações são operados por robôs. O Telegram alega não processar pagamentos diretamente em transações feitas dessa forma e que é cliente de 23 processadores de pagamento distintos que alcançam todo o mundo. 

    A SaferNet identificou e pesquisou as informações de registro de cada um desses 23 processadores de pagamento, vinculados a fintechs. 

    A Safernet não conseguiu descobrir a origem de cinco processadores de pagamentos, pois não foi possível identificar o país de registro deles. Já as 18 empresas financeiras identificadas estão principalmente na Rússia (6) e na Ucrânia (5) e nas ex-repúblicas soviéticas do Uzbequistão e Cazaquistão, com dois processadores cada. Os demais estão em Hong Kong, Chipre, Reino Unido, Camboja e Etiópia. 

    A Safernet verificou ainda que quatro das plataformas de pagamento usadas pelo Telegram sofreram sanções internacionais: YooMoney, Sberbank, PSB e Bank 131. 

    Para o presidente da SaferNet, o fato de empresas sancionadas e outras fintechs estrangeiras sem registro no Banco Central (BANCEN) serem utilizadas para intermediar pagamentos no Brasil pode facilitar a ocorrência de outros crimes como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. "Solicitamos ao MPF que oficie o BACEN e a ENCCLA para realizar estudos sobre eventuais lacunas existentes na regulação do setor e apresente recomendações para o sistema financeiro nacional coibir esse tipo de prática", afirma Thiago Tavares.

    Telegram investigado pelo mundo

    Além do MPF, o relatório será encaminhado para a Polícia Federal e ao hotline Francês Point de Contact, membro do INHOPE, e que trabalha diretamente com as autoridades francesas que investigam diversos crimes no Telegram e a falta de colaboração da empresa com a Justiça daquele país.

    Essa investigação levou recentemente o presidente e fundador da companhia, Pavel Durov, à prisão no dia 25 de agosto, na França, onde ele é investigado por 12 crimes. Ele agora está respondendo em liberdade, mas não pode deixar o país. 

    O Telegram também é investigado na Índia e um recente relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) apontou que o Telegram facilita o crime organizado no Sudeste Asiático e que a criptografia do aplicativo dificulta que criminosos sejam detectados pelas autoridades. 

    Acesse a versão pública do relatório.

    Representação às autoridades

    A representação da SaferNet Brasil será protocolada na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo. Cabe à PRDC atuar na defesa de direitos constitucionais como a liberdade, igualdade, dignidade, saúde, educação, segurança pública, o direito à informação e à livre expressão, entre outros. Em 2021, o MPF instaurou Inquérito Civil Público para apurar as deficiências nos canais de denúncia e práticas de moderação de conteúdo das plataformas digitais, incluindo o Telegram. 

     

    Projeto DISCOVER

    A análise realizada pela Safernet foi feita no âmbito do projeto DISCOVER, de prevenção da prática de abuso e exploração sexual infantil. Neste projeto, apoiado pelo fundo Safe Online, a Safernet indexa palavras, acrônimos (siglas, abreviações, palavras codificadas ou com erros propositais de ortografia ou digitação) e emojis em português, inglês e espanhol usados por predadores sexuais ao organizar, divulgar, compartilhar ou trocar imagens de abuso e exploração sexual infantil e ou na tentativa de aliciar crianças e adolescentes a produzirem esses conteúdos. 

    Durante a análise dos links denunciados do Telegram, realizada entre os meses de junho e agosto deste ano, a SaferNet identificou 190 palavras-chave, acrônimos, emojis e hashtags em três idiomas (português, inglês e espanhol) utilizados para compartilhar, buscar ou comercializar materiais ilícitos. 

    Usando as palavras-chaves, as autoridades que receberão o relatório poderão treinar algoritmos de aprendizado por máquinas (machine learning), e aperfeiçoar sistemas de detecção baseados em heurísticas de busca por esses termos. Somadas, essas medidas ajudarão na detecção de conteúdos ilegais e de seus propagadores. O trabalho realizado em busca de imagens ilegais contribuirá para que vítimas também sejam localizadas e identificadas de forma mais rápida, agilizando o combate ao abuso e à exploração sexual no Brasil e em outros países. 

    Por conceito, heurísticas são padrões comuns de texto ou palavras-chave que podem ser típicos de uma determinada categoria de violação de política.

    Conteúdos detectados por heurísticas geralmente são revisados por moderadores de conteúdo humanos antes que uma ação seja tomada sobre o conteúdo. Heurísticas são tipicamente utilizadas para permitir que as plataformas reajam rapidamente a novas formas de violações que surgem online, incluindo novas formas de disseminação de imagens de abuso e exploração sexual infantil. 

    Uma parte do trabalho já realizado pelo DISCOVER foi apresentado por Tavares em novembro de 2023 na França em uma reunião técnica de especialistas do mundo todo, convidados pelo fundo SafeOnline, We Protect e Governo Francês. 

    Texto publicado em 23/10/2024

    Assessoria de Imprensa

    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira

    11-98100-9521

  • SaferNet e Polícia Federal assinam Memorando de Entendimento

    / / Crimes na Web / Por admin / 11 meses 2 semanas atrás

    A SaferNet e a Polícia Federal assinaram nesta segunda-feira (13), um Memorando de Entendimento (ME) que formaliza a cooperação entre as entidades para a realização de atividades de prevenção a crimes cibernéticos relacionados ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. 

    O ME foi assinado pelo presidente da SaferNet, Thiago Tavares, e pelo Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, na sede da Polícia Federal, em Brasília. 

    Coordenado pela Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos, o projeto visa à prevenção a situações de abuso sexual de crianças e adolescentes (on-line e off-line), com a capacitação de policiais federais para disseminarem conhecimentos em atividades socioeducativas e palestras em escolas ou instituições congêneres.

    A cooperação entre os órgãos tem por objetivo reduzir os fatores de vulnerabilidade relacionados ao abuso sexual infantil e fortalecer os fatores de proteção, mediante a utilização de material didático padronizado.

    Além do Diretor-Geral da PF e do Presidente da SaferNet Brasil, também participaram da cerimônia de assinatura o Diretor de Combate a Crimes Cibernéticos, Otavio Margonari Russo; o Coordenador-Geral de Combate a Fraudes Cibernéticas, Valdemar Latance Neto; a Coordenadora de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil, Rafaella Vieira Lins Leite Parca.

    Parceria começa nesta quarta

    A parceria entre a PF e a SaferNet começa na prática amanhã (15) com uma capacitação 

    sobre prevenção da violência sexual na internet que será ministrada pela diretora de projetos especiais da Safernet, Juliana Cunha, para uma primeira turma de policiais com agentes lotados em 26 das 27 unidades da federação que atuarão como multiplicadores de informações sobre abuso e exploração sexual infantil para seus colegas. 

    A iniciativa abre uma semana de atividades das instituições relacionada ao 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. 

    SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. 

    A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital. 

    * Com informações da Coordenação-Geral de Comunicação Social da PF

    Texto publicado em 14/05/2024

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