SaferNet lança miniguia sobre como falar de violência sexual contra crianças e adolescentes

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SaferNet lança miniguia sobre como falar de violência sexual contra crianças e adolescentes

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Muitos termos inadequados estigmatizam, revitimizam e expõem as vítimas, que devem sempre ser a prioridade ao abordar o tema

Neste Maio Laranja, mês em que o país celebra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil, e reflete sobre como enfrentar essa grave realidade, a SaferNet lança o “Miniguia para comunicadores e criadores de conteúdo: como falar sobre violência sexual contra crianças e adolescentes?”. 

A violência sexual contra crianças é um tema complexo e muitas vezes mal compreendido. Diante desse cenário, é crucial desconstruir estigmas e influenciar a opinião pública, abordando o assunto com clareza, responsabilidade e sensibilidade, para que a sociedade possa reconhecer, enfrentar e, principalmente, prevenir esse grave problema.

As palavras possuem grande impacto, especialmente quando se trata de proteger crianças. Termos desatualizados ou imprecisos podem distorcer a realidade sobre abuso e, sem querer, causar ainda mais danos. 

“Precisamos repensar a linguagem que usamos para falar sobre violência sexual. As palavras que escolhemos influenciam diretamente na forma como a sociedade compreende, enfrenta e previne essa violência”, afirma Juliana Cunha, diretora de Projetos Especiais da SaferNet, e coordenadora da publicação, que tem apoio do Safe Online, iniciativa global para investimento em ações de proteção à infância na internet, criado pela ONU e administrado pelo Unicef. 

O guia explica o que é a violência sexual contra crianças e adolescentes, e traz orientações práticas sobre como tratar o tema com responsabilidade. Ele também define as principais terminologias adotadas pela comunidade internacional, e propõe boas práticas na cobertura jornalística e na criação de conteúdo sobre o assunto. 

Um exemplo dado na publicação é que não se deve usar mais a expressão “pornografia infantil”. Apesar de ainda ser o nome usado comumente para se referir aos crimes previstos nos artigos 240 e 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente para quem realiza diversos tipos de atos envolvendo imagens de abuso e exploração sexual infantil, o uso da expressão “pornografia” minimiza a gravidade desses crimes. 

O miniguia explica também o que é o estupro virtual, a extorsão sexual e outras situações que também vitimizam crianças e adolescentes. 

O guia explica também que é fundamental focar na vítima e não no autor ao dar notícias ou comentar sobre crimes sexuais contra crianças e adolescentes, preservando-as ao máximo. Links com conteúdos criminosos jamais devem ser compartilhados, mesmo no intuito de causar indignação, mas, sim, denunciados às autoridades competentes. 

A SaferNet mantém um Canal de Denúncias para que o usuário da internet denuncie esse tipo de conteúdo em total anonimato: denuncie.org.br . E, para as vítimas e testemunhas, que muitas vezes não sabem o que fazer diante de situações como essas na internet, a ONG mantém o Canal de Ajuda, disponível no endereço: canaldeajuda.org.br

Acesse o miniguia aqui

Texto publicado em 19/05/2025

Mais informações

Marcelo Oliveira

Assessor de Imprensa

SaferNet Brasil

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