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  • Nota sobre ataque na escola em Suzano

    / / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 6 anos 1 mês atrás

    Estudos da The American Psychological Association apontam que a busca pela notoriedade e pela fama é uma das motivações mais recorrentes dos assassinos que promovem massacres. Assim, quando a imprensa decide concentrar seus esforços em vasculhar a vida do criminoso e especular sobre suas intenções, ela está exatamente garantindo a visibilidade que o assassino normalmente busca. E não importa que ele tenha ideação suicida ou seja morto. Outro ponto crítico é mostrar os nomes dos grupos, sites, anotações, livros e demais materiais usados no planejamento dos ataques. Mostrar os detalhes sobre como acessar os conteúdos e fóruns de apologia à violência tem efeito tutorial e muito prejudicial.

    A exposição massiva na imprensa é o troféu para grupos que estimulam ataques violentos na internet. E é também a chancela do legado de vida do criminoso. Assim, forma-se um círculo vicioso. Sites de projetos que defendem uma mudança na forma de relatar crimes como assassinatos em série, como o No Notoriety e oDon't Name Them, explicam bem como essa lógica funciona.
    Sabemos que para um jornalista pode ser muito sedutor tentar desvendar a cabeça de um assassino em massa. Também concordamos que há uma curiosidade da audiência por detalhes de crimes bárbaros. Mas por trás de uma tragédia como Suzano há mais do que criminosos. Há vítimas que tiveram suas vidas ceifadas. Há os heróis e heroínas que evitaram que o massacre fosse ainda maior. Por que não se concentrar nessas histórias?

    Pais e educadores também têm um papel importante. Destacamos algumas orientações e informações para concentrarmos a atenção neste momento tão triste:
    Não há um perfil definido para os atiradores

    • Em geral, há preparação e sinais prévios;
    • As motivações são plurais e não determinadas por um único fator/episódio/aspecto isolado. Bullying, jogos violentos, grupos on-line, conflitos interpessoais e a "deep web" não transformam ninguém em um assassino, mas podem influenciar comportamentos e estimular radicalização;

    Fique atento aos sinais de alerta em casa e na escola

    • Reações extremas e comportamentos agressivos repentinos em situações pontuais podem ser sinal de dificuldade de regulação emocional e controle da raiva;

    • Isolamento social, desconexão repentina com atividades escolares, mudança nos hábitos de sono e alimentação;

    • Expressão de sentimento de perseguição e verbalização de planos de vingança (nas conversas na escola ou na Internet);

    • Fascinação e obsessão por armas, publicações de fotos e vídeos com exaltação do uso de armas;

    • Pesquisas excessivas na Internet sobre ataques, tragédias e conteúdos de apologia à violência;

    • Glorificação de ataques e de atiradores;

    A tecnologia sozinha não tem culpa

    • O uso da criptografia é importante para garantir o direito à privacidade e a livre comunicação. Para o combate a crimes na internet e na chamada deep web, deve-se fortalecer mecanismos de investigação e a cooperação internacional entre autoridades.

    Prevenir para proteger

    • Alunos precisam ser educados para diferenciar zoeira de discriminação, intimidação e humilhação. Isso não é "mimimi", é cultura de respeito e cidadania;

    • Investir em educação socioemocional é uma forma de investir em relações sociais mais saudáveis, logo mais seguras;

    • Ações de acolhimento e valorização da diversidade ajudam a construir ambientes mais saudáveis;

    • Crianças e adolescentes precisam de apoio para aprender a expressar suas emoções e sentimentos.

    • É preciso garantir o cuidado com a saúde mental e emocional também dos educadores e profissionais das escolas;

    • Capacitar professores e oferecer recursos para implementação de ações de promoção de convivência pacífica como preconizado pela Lei 13.185/2015 e na própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação);

    • Estimular iniciativas de resolução pacífica de conflitos fortalece a solidariedade no contexto da escola.

    Se for o caso, denuncie

    • Crimes de incitação à violência na Internet? Acesse
      www.denuncie.org.br

    • Crimes de incitação à violência fora da Internet? Acesse a Sala do Cidadão do MPF
      www.mpf.mp.br/sac

    As redes sociais e as principais plataformas online não permitem publicação de conteúdos de apologia à violência com ameaças a alvos ou planejamento de ataques. Denuncie postagens suspeitas.

    Facebook
    Youtube
    Instagram

    Após tragédias como a de Suzano é muito importante criar espaços seguros para acolher o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares. Que o triste episódio estimule a criação de mais iniciativas de promoção da cultura de paz.

    Atualizada em 16/03/2019

  • Alerta sobre vídeos da "MOMO"

    / / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 6 anos 1 mês atrás

    Em agosto de 2018, a SaferNet Brasil publicou um artigo no site com orientações para pais e educadores sobre o suposto desafio que colocava em risco a segurança de crianças e adolescentes. O assunto voltou recentemente à imprensa no Brasil quando um veículo de comunicação publicou o relato de uma família que denunciava que o conteúdo impróprio e ofensivo teria aparecido em meio a um vídeo destinado ao público infantil, no YouTube Kids.

    É preciso cautela. No último dia 28 de fevereiro, informações da agência de checagem de notícias Snopes apontaram para o ressurgimento da campanha de desinformação em torno da "Momo", associando-a ao suicídio de crianças. A reportagem contestava informações originalmente publicadas em um veículo de imprensa nos Estados Unidos. Uma narrativa semelhante foi reproduzida nas recentes reportagens publicadas a partir da denúncia da família no Brasil. Até esse momento, os vídeos que continham o personagem só apareciam em correntes no Whats App, sem nenhuma evidência de que tais conteúdos estivessem disponíveis no YouTube ou no aplicativo YouTube Kids.  

    Aja com responsabilidade. Caso receba conteúdos, fotos ou vídeos que sejam uma ameaça à segurança de crianças e adolescentes de números desconhecidos, bloqueie o contato no WhatsApp.Caso o material tenha sido publicado em um grupo que você faça parte ou de um número de um conhecido, evite repassar a informação sem checar a origem. Desconfie sempre de correntes alarmistas no WhatsApp. Elas causam o efeito reverso, aumentando a curiosidade sobre o conteúdo e, consequentemente, sua busca. Também jamais exiba esse tipo de conteúdo para crianças e adolescentes. Pais e educadores podem e devem alertar sobre a existência de vídeos e notícias perigosas na internet, mas abrindo a possibilidade para um diálogo: crianças e adolescentes devem se sentir seguros para compartilhar e conversar com os responsáveis caso sejam impactados por conteúdos violentos.

    Por fim, denuncie qualquer material que seja uma ameaça à segurança de crianças e adolescentes. A SaferNet mantém um canal de denúncias anônimas para crimes cibernéticos. As próprias redes sociais também têm ferramentas para denúncias de conteúdos impróprios.

    Facebook

    Youtube

    Instagram

    Twitter

    A Safernet também possui um canal de ajuda para orientar pais e responsáveis sobre como proceder em situações semelhantes.

    Casos como esse reforçam a importância de apoiarmos iniciativas de combate à desinformação na internet, necessárias para a construção de uma Internet mais segura e cidadã.

    Equipe SaferNet Brasil
    Atualizado em 18/03/2019

  • Helpline Brasil: Como Buscar Ajuda com Violações na Internet

    / Atendimento / Comportamento Online / Por admin / 7 anos 1 semana atrás

  • #PareSextorsão

    / Comunicação / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 6 anos 11 meses atrás

  • Selfie

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 8 anos 3 meses atrás

    Selfie é representada por uma foto tirada por si mesmo e de si mesmo por uma câmera, ou dispositivo móvel, para ser compartilhada na web. Em 2013, o comportamento ficou tão popularizado, inclusive entre celebridades, que a Oxford escolheu selfie como a palavra do ano.

    Selfie é uma palavra em inglês incorporada no vocabulário online para representar uma foto tirada pela própria pessoa que aparece na foto e que é compartilhada na web. O neologismo que ganhou a rede tem origem no termo self-portrait, que significa autorretrato. A particularidade de uma selfie é que ela é tirada com o objetivo de ser compartilhada em uma rede social como Facebook, Orkut ou Myspace, por exemplo. Uma selfie pode ser tirada com apenas uma pessoa, com um grupo de amigos ou mesmo com celebridades.

    Em 2013, os responsáveis pelos dicionários da Oxford escolheram selfie como a palavra do ano. Um dos motivos para a escolha foi o fato de esta palavra ter crescido 17000% em 2013, o que confirma o seu estatuto de uma das palavras mais procuradas em um ano. Algumas selfies que são compartilhadas acabam aparecendo em sites de humor, porque as pessoas fazem caras engraçadas - mandando beijo, também conhecida como "duck face" ou cara de pato - ou porque alguma coisa estranha ou hilariante aparece em segundo plano. Isso pode representar uma situação constrangedora para quem prima pela privacidade, por isso, ao compartilhar fotos na web, o mais recomendável é adotar as configurações de privacidade dos sites de relacionamento social que restringem a visibilidade apenas para amigos e pessoas de sua confiança.

    A prática de tirar selfies ganhou popularidade global, e algumas tiveram milhões de visualizações. Alguns exemplos desses são a selfie tirada por um grupo de jovens com o Papa Francisco e a selfie tirada nos Oscars, onde aparecem várias estrelas de Hollywood, como Meryl Streep, Julia Roberts, Brad Pitt, Angelina Jolie. Uma selfie também pode estar no centro de uma polêmica, como é o caso da selfie tirada no funeral de Nelson Mandela, onde aparecem Barack Obama, David Cameron e Helle Thorning Schmidt. A atenção entra também para esses casos. 

    Quando for fazer uma selfie, recomenda-se que você avalie a situação em que se encontra e é importante considerar o comportamento social que ela envolve. Não há proibição, mas é importante considerar os aspectos que envolvem a foto que pretende compartilhar e as implicações sociais que ela pode gerar. Visto isso, você tem livre escolha sobre a publicação, mas feita com consciência.

     

     

     

  • Pornografia de Revanche

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás

    A pornografia de revanche acontece quando um conteúdo sexualmente explícito é compartilhado publicamente online sem o consentimento do parceiro por uma pessoa de sua intimidade e confiança, tendo como objetivo principal causar vergonha e constrangimento à vítima.  Muitas vezes, são conteúdos íntimos registrados pelas pessoas ou por seus (suas) parceiros (as).

    Ela acontece em contexto de relacionamento e intimidade onde há ruptura e quebra da confiança. Nos relacionamentos, existe um contrato verbal sobre a privacidade por meio das partes envolvidas, sendo importante que isso seja preservado para além dessa relação. Com isso, é fundamental refletir sobre o que deve ou não ser registrado, para que posteriormente isso não seja utilizado com o intuito de ameaçar ou constranger. Esta é uma forma de agressão sexual que pode causar trauma e estresse para as vítimas e apesar dos recursos disponíveis para as vítimas envolvidas nessas situações, ainda estão se estabelecendo medidas para se oferecer suporte jurídico e emocional em casos de pornografia de revanche.

    As motivações para o vazamento de imagens íntimas – compartilhadas, muitas vezes, pelo sexting - com intenção de causar danos e ferir a honra da vítima mostram como alvo, em sua maioria, as mulheres.

    A liberdade sexual é um direito humano, mas é importante realizar boas escolhas sobre como expressá-la online. Pense bem antes de registrar ou publicar algo que não queira que os outros tenham acesso, pois pessoas mal intencionadas podem utilizar essas imagens para prejudicar ou para obter algum tipo de benefício financeiro. Além disso, é muito difícil ter controle de imagens e vídeos publicados na Internet.

    Ou seja, é fundamental que se tome muito cuidado com a forma como se expõe, pois, do contrário, qualquer estranho pode ter acesso a imagens e informações íntimas, as quais você não gostaria de ver disponível para todos. A ideia é saber como se proteger tanto na rede como fora dela. Assim como praças, praias e ruas, a Internet é um espaço público e, mesmo supondo que sejam momentos privados, eles facilmente podem se tornar públicos. Desta forma, é necessário estar atento à própria segurança.

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