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  • Nota Pública sobre a proibição do uso de celulares nas escolas

    / / Segurança Digital / Por julianacunha / 1 mês 1 semana atrás

    Considerando a recente aprovação da Lei 15.100, de 13 de Janeiro de 2025, que restringe o uso de celulares nas escolas.

    Considerando que nos últimos anos, especialmente no contexto de pós-pandemia, tem-se gerado um intenso debate sobre os impactos do uso de telas para saúde e bem estar de crianças e adolescentes.

    Considerando que a Base Nacional Comum Curricular estabelece, desde 2017 — reforçado com o complemento de Computação, de 2022 — a necessidade de que em toda a educação básica os debates sobre cultura digital e o uso seguro e consciente das tecnologias estejam presentes nos currículos.

    Considerando que, em 2024, foi constituído um grupo de trabalho pela Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, com a participação de sete ministérios, além de 20 integrantes da sociedade civil e de especialistas, incluindo a SaferNet Brasil, com objetivo de contribuir com a elaboração de um Guia para Uso Consciente de Telas e Dispositivos Digitais por Crianças e Adolescentes, ainda a ser lançado.

    A SaferNet vem a público se manifestar:

    1. É consenso que o uso do celular durante as aulas gera desconcentração, dificulta o trabalho dos professores, e fomenta o uso para fins não saudáveis (como ciberbullying e jogos de azar). São usos prejudiciais que têm atrapalhado o ensino-aprendizagem e são fomentados pelo hiperestímulo que esses dispositivos oferecem, em especial nas redes sociais;
    2. Também é consenso que, por outro lado, o celular é o dispositivo mais utilizado por todos, incluindo adolescentes, para acesso a serviços digitais cotidianos, como efetuar um pagamento por Pix na lanchonete da escola, acessar emails, armazenar documentos e livros digitais, e acessar serviços públicos fundamentais para o exercício da cidadania, como a carteira de vacinação no Connect SUS, dentre outros usos positivos e desejáveis, que devem ser incentivados;
    3. Algumas escolas já têm usado o celular de forma pedagógica, pensando em utilizar da ferramenta para criar aulas mais participativas. Alguns usos que podem ser mediados pelos professores: guiar pesquisas, acesso a conteúdos multimídia pedagógicos, criação de conteúdos digitais, acesso a plataformas educativas, acesso a ferramentas paradidáticas, jogos educativos;
    4. Para além desse uso como ferramenta, podemos pensar, ainda, na necessidade de orientar os estudantes sobre uso seguro, consciente, crítico e cidadão das tecnologias. A nova legislação também contempla a possibilidade de uso pedagógico dos celulares, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) desde 2017. É claro que o uso pedagógico é desafiador.. Esses desafios incluem a possibilidade de desconcentração dos estudantes, o acesso à internet wifi que pode não existir na escola ou ser insuficiente ou limitado, e mesmo a falta de habilidade do professor para mediar a atividade;
    5. Existem argumentos fortes para justificar a restrição do uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis pelos estudantes no ambiente escolar, como o estímulo para que elas e eles socializem fora das telas e os ganhos em concentração durante as aulas;
    6. É positivo também que haja uma brecha na proibição para os casos em que há uso pedagógico, para a inclusão de estudantes com deficiência e para atender a situações de emergência;
    7. Com a proibição, há também uma reflexão para professores e gestores de escolas e secretarias de educação. Limitar o uso de celulares não deve levar ao distanciamento das escolas de ter em seus currículos discussões que passam pelo uso seguro, consciente, crítico e saudável das tecnologias, questões essas que estão conectadas diretamente à formação cidadã dos estudantes e a defesa de seus direitos dentro e fora das escolas. Estamos falando de questões como ciberbullying, contato com conteúdos nocivos, uso excessivo, educação midiática, privacidade e proteção de dados, comportamentos de risco online, radicalização política, saúde mental, entre outros. Estes desafios persistem e transpassam o ambiente escolar. 
    8. Ainda sobre isso, vemos com muito otimismo o lançamento feito pelo Ministério da Educação dos guias com estratégias para implementação das medidas de restrições nas redes de ensino e escolas, e a divulgação dos cursos já existentes na plataforma Avamec e novas trilhas formativas de saúde mental nas escolas.

     

    Diante dos desafios para implementar as mudanças propostas na nova legislação, recomendamos:

    1. Que essa transição seja feita de forma acolhedora e planejada, com a participação de toda a comunidade escolar. Um bom ponto de partida é ouvir estudantes, professoras e professores e as famílias, para entender seus receios e expectativas e quais estratégias funcionam para o contexto específico de cada escola. A escola pode promover momentos de diálogo, como plantões de dúvidas, assembleias ou reuniões com grupos de representantes, criando um espaço para construir soluções coletivas e que permitam que todos os atores envolvidos se sintam ouvidos e representados. Isso contribui para a criação de um ciclo positivo de formação de cidadãos conscientes, críticos e responsáveis no uso das tecnologias digitais;
    2. A parceria entre escola e família é fundamental para criar hábitos digitais mais positivos. Essa é uma oportunidade para que as famílias reflitam e modifiquem seus próprios hábitos digitais e se engajem nesse movimento de mudança. As escolas podem manter canais de comunicação diretos com as famílias, além de convidar os/as responsáveis para momentos de diálogo e orientação sobre como é possível utilizar as tecnologias digitais de forma mais saudável e positiva;
    3. Promover espaços de socialização acolhedores para os estudantes para fortalecer vínculos, promover o bem-estar e contribuir para o seu desenvolvimento pleno e saudável. Em um país marcado por desigualdades, é fundamental considerar as especificidades de cada contexto, compreendendo o que é possível fazer em seus territórios para que crianças e adolescentes tenham acesso a ambientes que permitam o contato com a natureza, a prática de atividades físicas e momentos de interação social sem o uso de telas. Esses momentos não apenas favorecem a construção de relações mais saudáveis, mas também oferecem oportunidades para que crianças e adolescentes desenvolvam habilidades socioemocionais fundamentais para a resolução de problemas, autonomia e tomada de decisões.
    4. Para incentivar a participação de estudantes e estimular seu protagonismo com maior conscientização sobre riscos na Internet, a SaferNet oferece recursos em linguagem amigável para adolescentes e jovens sobre segurança digital, respeito e empatia, bem estar digital e educação midiática, como um curso de 25h na plataforma Avamec;
    5. Diante da proibição, torna-se ainda mais urgente apoiar professoras e professores, que estão muito sobrecarregados, investindo em formações continuadas, valorização profissional e em condições adequadas de infraestrutura e conectividade nas escolas. A formação continuada deve incluir tanto o uso da tecnologia na educação quanto da educação para o uso das tecnologias, de modo que eles/as desenvolvam práticas pedagógicas que permitam a criação de ambientes de aprendizagem que integrem o uso crítico e consciente das tecnologias digitais à formação dos estudantes;
    6. Para apoiar o trabalho das escolas e das secretarias de educação,a SaferNet, em parceria com o Governo do Reino Unido, oferece o curso “Segurança e Cidadania Digital em sala de aula”, formação online, autoinstrucional, com 40h, que é oferecida no Avamec para que educadores estejam preparados para lidar e orientar sobre  temas relacionados à saúde emocional, privacidade, segurança, respeito e empatia nas redes e relacionamentos seguros online. Este curso integra o projeto da Disciplina de Cidadania Digital, criado para oferecer suporte aos professores, escolas e secretarias de educação na implementação de um currículo sobre segurança, cultura e cidadania digital para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, como orienta a BNCC e outros marcos normativos, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados;
    7. Com a proibição, às escolas e toda a comunidade escolar não estarão imunes a todos os problemas advindos do uso não consciente, não crítico e não responsável das tecnologias, ainda que fora das escolas. Diante da implementação, é fundamental que as medidas do MEC sejam apenas um primeiro passo em direção às mudanças que queremos, garantindo que as ações não se limitem à restrição do uso, mas integrem políticas amplas de proteção a crianças e adolescentes. Para isso, faz-se necessário o engajamento de diferentes setores – educação, saúde, assistência social e famílias – na construção de estratégias que articulem prevenção, promoção e assistência, assegurando que a escola se fortaleça como um ambiente seguro, saudável e inclusivo, que promova a participação e o desenvolvimento integral dos estudantes.

    A SaferNet Brasil também reafirma o seu compromisso em continuar trabalhando com as redes de ensino, o Ministério da Educação e a Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República na implementação das novas diretrizes que estão sendo propostas.

    Publicado em 31/01/2025

  • G20 Social: SaferNet debate a Proteção Integral de Crianças na internet

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 2 meses 3 semanas atrás

    A SaferNet Brasil realizou durante o último G20 Social o debate “Prioridade Absoluta da Proteção Integral de Crianças no G20: Caminhos para a Governança Global” no qual representantes da Unicef Brasil, da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Ministério Público Federal, a Meta e o Conselho Nacional da Juventude debateram conosco sobre o tema proposto a partir dos compromissos firmados pelo Brasil na 1ª Conferência Global Ministerial para o Fim da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizada em Bogotá dias 7 e 8 de novembro. 

    O debate contou com a moderação de Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, e aconteceu no último dia 14, no Rio de Janeiro. 

    “Focamos o debate sobre violência sexual contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. Essa será uma oportunidade para a gente refletir sobre os compromissos assumidos, não só pelo Brasil, mas também por 119 países, durante a primeira Conferência Global Ministerial que ocorreu na semana passada em Bogotá”, explicou Tavares ao iniciar o debate.

    Veja o resumo em video da SaferNet sobre o debate. 

    Ideias para uma internet melhor para as crianças

    O evento foi aberto pela participação remota de MC Capelo, diretora de segurança para a América Latina, da Meta. Na sua fala, ela ressaltou projetos de rastreamento de vítimas de assédio “em escala”. 

    Segundo a representante da companhia responsável pelo Instagram, Whatsapp e Facebook, o time de segurança da Meta quando detecta potenciais vítimas de abusos interage com elas por meio de mensagens diretas, alertando sobre a possível ameaça e ensinando a potencial vítima a denunciar ou bloquear o potencial abusador. 

    Luiza Teixeira, chefe de proteção da Unicef Brasil, ressaltou o tamanho da reunião ministerial em Bogotá, da qual a SaferNet participou como convidada da organização. “Foi a primeira conferência internacional a tratar dessa temática. Estima-se que, inclusive, foi o maior evento da história a abordar a questão da violência contra crianças e adolescentes, com mais de 1.400 participantes em mais de 100 países presentes”, lembrou. 

    Segundo Luiza, os compromissos firmados pela ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) em Bogotá foram assumidos em nome do Estado brasileiro e vão requerer apoio da sociedade como um todo para serem cumpridos. “O momento é agora da gente se reunir e pensar como cada ator pode contribuir para garantir que a proteção integral de crianças e adolescentes seja garantida, seja uma realidade para cada menino, para cada menina no país, e, sobretudo, a gente consiga prevenir, de forma eficaz, a violência”, disse.

    Lucas José, secretário executivo da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, lembrou que os compromissos firmados pelo Brasil em Bogotá ainda não viraram lei e, isso, ressaltou, “é uma oportunidade para criarmos uma institucionalidade para essa agenda e esses compromissos, (...) inclusive sobre aperfeiçoar a verificação etária no ambiente digital até 2026”, disse.

    A correta verificação da idade dos usuários de internet, lembrou Lucas José, ajudará “a limitar o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inadequados à idade e garantirá o direito à proteção de dados desses sujeitos e de estarem na internet e de exercerem ali o seu direito, inclusive à participação”. 

    A procuradora regional da República Neide Oliveira, que coordena o Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética, da Procuradoria Geral da República, ressaltou os quase 20 anos de parceria do Ministério Público Federal (MPF) com a SaferNet Brasil, que resultaram na realização de cursos conjuntos por todo o país. 

    Após quase 20 anos atuando sobre o tema, Neide sabe que não adianta apenas atuar na persecução penal de pessoas acusadas de violar direitos de crianças e adolescentes na rede e que é preciso prevenir. “A preocupação com a navegação segura na internet surgiu justamente como consequência do trabalho de investigação desses crimes. Percebemos que as crianças e adolescentes são vítimas também em virtude do desconhecimento das medidas de seguranças básicas e cuidados simples”, diz.

    Gustavo Barreto, assistente de projetos da SaferNet e conselheiro nacional da Juventude, como representante da sociedade civil, propôs uma atuação mais conjunta entre o Conselho Nacional da Juventude e o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), uma vez que ambos têm em comum o público adolescente de 15 a 18 anos, que recebe a atenção de ambos os conselhos. 

    Barreto lembrou ainda que no processo de escuta realizado durante a Conferência Nacional da Juventude, 175 mil jovens foram ouvidos e eles demandaram aulas de educação sexual no ensino médio (um tabu no país) e acesso a campanhas de combate à violência sexual. 

    Renato Flit, especialista da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, contou que esta área da Secom foi “criada para tratar da desinformação, do discurso de ódio e da regulação das plataformas”. 

    Flit coordena a área de proteção de direitos na rede, que está produzindo o guia

    de uso consciente das telas por crianças e adolescentes, que está sendo produzido de forma multissetorial, envolvendo sete ministérios e a sociedade civil, inclusive com a participação da SaferNet.

    Para Flit, a internet não foi criada pensando nas crianças. E isso, aliado à falta de regulação e o acesso a smartphones, “fazem com que as crianças entrem nesse universo e sofram todos os tipos de assédio, abuso, vícios, compulsões e outros transtornos. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil

    Assessoria de Imprensa

    Marcelo Oliveira

    11-98100-9521

  • França conhece projeto da Safernet em Escola no DF

    / Institucional / Segurança Digital / Por marcelo / 2 meses 3 semanas atrás

    À convite da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), uma delegação do CLEMI (Centre pour l'éducation aux médias et à l'information - Centro para Educação Midiática e Informação) foi conhecer como é a aplicação, na prática, da Disciplina de Cidadania Digital, da Safernet e do Governo do Reino Unido, em uma escola pública de Brasília. 

    O CLEMI é o órgão do Ministério da Educação francês responsável pelo desenvolvimento de formação em educação midiática no país. 

    Os dirigentes franceses estiveram no Centro de Ensino Médio 04, de Sobradinho II, em Brasília, escola que participou de uma atividade da Safernet na Semana Brasileira de Educação Midiática. 

    “Hoje foi um dia muito especial para a SaferNet. A equipe do CLEMI veio conhecer uma das escolas que fez parte do projeto da Disciplina de Cidadania Digital, para conhecer mais sobre a iniciativa e como as temáticas sobre o uso seguro de tecnologia têm sido abordadas nas escolas no Brasil”, afirmou Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet Brasil. 

    Segundo Serge Barbet, diretor do CLEMI, a visita permitiu ver que, apesar da distância, os problemas que os estudantes franceses e brasileiros enfrentam para poderem exercer seu direito de um uso seguro e cidadão da internet são semelhantes. 

    “Tivemos um diálogo extremamente rico com os alunos, e observamos, que, mesmo do outro lado do planeta, vivemos problemas semelhantes”. 

    A Disciplina de Cidadania Digital é um projeto financiado pelo Programa de Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP), do Governo Britânico. 

    De acordo com Mariana Cartaxo, diretora do DAP na Embaixada do Reino Unido no Brasil, visitar escolas que estão aplicando o projeto e trocar experiências é fundamental. “A ideia é que a gente consiga fazer esse intercâmbio cada vez mais próximo e poder estar próximo das comunidades também que estão implementando o nosso projeto”, afirmou.

    O estudante Yan Lucas de Araujo Costa, aluno do 2º ano Integral, citou a importância de aprender Cidadania Digital na escola. “É um conhecimento que podemos confiar. E tem sido muito incríveis essas aulas com o professor Marcelo Lima (professor de Tecnologias Digitais e Linguagem de Programação), já que a gente aprende muita coisa realmente útil, que pode ser aplicada no nosso cotidiano e de forma segura”, afirmou. Yan fez a leitura de uma carta, em francês, agradecendo a visita da delegação à escola. 

    A estudante Maria Eduarda Rodrigues Santos (2º ano em Tempo Integral) fez a leitura do mesmo documento em português. Em seguida, o estudante Edson Alves Aragão Filho (1º ano - vespertino) entregou um presente à delegação: a ilustração científica botânica de um ipê amarelo, símbolo da capital federal brasileira, aquarelado pela brasileira Dulce Nascimento (especialista em ilustração científica pelo Royal Botanic Gardens Kew - Londres).

    Já a estudante Isadora ressaltou a oportunidade de trocar informações com outros países e “ter a perspectiva de como é ensinado nos outros países, como é aplicada a metodologia”, afirmou. 

    Barbet ressaltou que, seja na França, ou no Brasil, a Educação em Cidadania Digital é um processo pelo qual “devemos formar cidadãos livres e esclarecidos, que tenham iniciativa sobre a informação que acessam, em vez de se deixarem dominar por ela”.

    Veja o álbum de fotos da visita. 

    Relação SaferNet/França

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, ressaltou que a ONG foi uma das primeiras organizações brasileiras a atender ao chamado do presidente Emmanuel Macron e assinar, em 2018, a Chamada de Paris por confiança e segurança na internet. Há anos, a SaferNet mantém com as autoridades francesas estreita colaboração visando tornar a internet um espaço mais seguro.

    Neste ano, em outubro, a SaferNet produziu um relatório sobre como o Telegram tem sido usado no Brasil para o compartilhamento e a venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil. O documento foi encaminhado para autoridades francesas, uma vez que há, no país, um processo contra o dono da rede, Pavel Durov. 

    Disciplina pelo Brasil

    Em dois anos de aplicação no país, a Disciplina de Cidadania Digital já alcançou 356 escolas de 242 cidades, localizadas em 18 estados e no Distrito Federal. No momento, mais de 40 mil alunos tiveram acesso aos conteúdos da plataforma em sala de aula, ministrados por 416 professores.

    Em todas as unidades da federação, quase 22 mil professores se matricularam no Curso para Formação de Educadores da Disciplina, disponível no site do projeto e na Plataforma Avamec.

    Saiba detalhes de como está a aplicação do projeto pelo país em nosso mapa interativo.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Professores compartilham experiências sobre cidadania digital em sala de aula

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 3 meses 1 dia atrás

    Três professores do Nordeste e uma de Santa Catarina se reunirão online nesta terça-feira (10), a partir das 19h, para o evento “Cidadania Digital na Prática: experiências de professores em sala de aula”.

    No bate-papo, os professores irão partilhar suas experiências na aplicação da Disciplina de Cidadania Digital, desenvolvida pela SaferNet e o Governo do Reino Unido, na prática diária com estudantes, neste segundo semestre.

    O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube da SaferNet.

    A Disciplina de Cidadania Digital é um componente curricular criado para alunos do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental. A disciplina tem planos de aula para 44 horas/aula e é dividida em 5 módulos que podem ser aplicados na íntegra ou parcialmente pelos professores.

    Quatro professores, diferentes realidades

    Participarão do evento online da SaferNet os seguintes educadores:

    Ana Paula Lopes da Silva, da Escola Professora Maria do Carmo de Araújo Maia, em Campo Formoso, Bahia;

    A professora aplicou a disciplina para alunos do 8º e 9º anos do fundamental.Os alunos apresentaram os temas propostos em dinâmicas como rodas de conversa e uso de metodologias ativas (quando os próprios estudantes são protagonistas no processo de construção do conhecimento).

    Luis Henrique Nunes de Sousa, do Centro de Ensino Doutor José Neiva, em Pastos Bons, Maranhão;

    Apesar da baixa conectividade à internet de banda larga na sua região, o professor estimulou debates sobre uso excessivo das redes sociais, desinformação e bem-estar digital entre os alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio.

    Luciana Ramos Alves, da Escola Cidadã Integral Bartolomeu Maracajá, em São José dos Cordeiros, Paraíba;

    A professora ministrou os conteúdos da disciplina para alunos do 8º ano do fundamental ao 3º do médio, da cidade e da zona rural do município, localizado no Cariri paraibano e procurou fazer com que o conteúdo em sala de aula chegasse à comunidade escolar, devido sua importância.

    Rafaela Amaral Passos, da Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar, de Joinville, Santa Catarina.

    A professora ministrou os conteúdos da disciplina para alunos do 1º e 2º anos do ensino médio e juntos criaram histórias em quadrinhos para conscientização do ciberbullying e construção de um ambiente online mais seguro e respeitoso.

    O bate-papo dessa terça-feira será mediado pela psicóloga Bianca Orrico, da SaferNet, que atua nos projetos de Educação da ONG e no Canal de Ajuda da instituição.

    Disciplina pelo Brasil

    Em dois anos de aplicação no país, a Disciplina de Cidadania Digital já alcançou 356 escolas de 242 cidades, localizadas em 18 estados e no Distrito Federal. No momento, mais de 40 mil alunos tiveram acesso aos conteúdos da plataforma em sala de aula, ministrados por 416 professores.

    Em todas as unidades da federação, mais de 15500 professores se matricularam no Curso para Formação de Educadores da Disciplina, disponível no site do projeto e na Plataforma Avamec.

    Saiba detalhes de como está a aplicação do projeto pelo país em nosso mapa interativo.

    Inscrições para prêmio terminam dia 15

    Professores que aderiram à Disciplina de Cidadania Digital e que desenvolveram neste segundo semestre atividades a partir do caderno de aulas do projeto têm até 15 de dezembro para se inscreverem na segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação. O prêmio levará em consideração relatos de experiência que se destacaram pelo protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e práticas pedagógicas.

    Na inscrição, o professor ou professora contará como os conteúdos sobre bem-estar digital, privacidade, ciberbullying ou outros temas que fazem parte da disciplina foram trabalhados e impactaram positivamente seus estudantes, a escola ou a comunidade. Atenção: só podem se inscrever no prêmio professores que aderiram formalmente ao projeto em 2024. Para aderir, clique aqui.

    A premiação será entregue em São Paulo, no dia 11 de fevereiro de 2025, no evento principal do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 9/12/2024

    Safernet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Ministério dos Direitos Humanos reinicia os trabalhos do Comitê de Educação e Cultura em Direitos Humanos

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 3 meses 1 semana atrás

    O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reiniciou os trabalhos do Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos (CNEDH), na última quinta-feira (28/11), em solenidade com a presença da ministra Macaé Evaristo. 

     

    Em seguida, foi realizada a primeira reunião da atual composição do colegiado. O comitê foi criado em 2003 e havia sido interrompido na gestão anterior do governo federal.

     

    A SaferNet integra o comitê na atual gestão como representante eleita da sociedade civil. Na atual gestão, conforme o decreto presidencial de dezembro de 2023, o comitê ampliou suas atribuições e passou a chamar-se Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos. 

     

    Integrará o comitê, pela SaferNet, o gerente de projetos de Educação da ONG, Guilherme Alves. Sua suplente será a psicóloga Bianca Orrico, que atua na área de Educação da ONG e também no canal de ajuda da instituição. Ambos estiveram presentes na sessão de reinauguração do comitê. 

     

    Na divisão de trabalho estabelecida pelo comitê na reunião, a SaferNet está nos grupos de trabalho de Educação Básica e de Mídia e Cidadania Digital, que terão como primeira atribuição a atualização do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, lançado em 2006. 

     

    “Foram dois dias muito produtivos. É incrível poder trabalhar ao lado de gente que está na luta pelos direitos humanos no Brasill há 20, 30, 40 anos, além de também estar ao lado de organizações mais jovens. Conversamos com quem construiu o primeiro plano lá em 2003 e vemos que existe muita sinergia no grupo nos desafios para tratar de direitos humanos hoje. Nosso papel na atualização do Plano será o de incluir os ambientes digitais na discussão, entendendo que, hoje, não é possível falar em direitos humanos sem incluir tópicos de uso seguro e consciente das tecnologias, como discurso de ódio online, ciberbullying e circulação de conteúdos extremistas e violentos. Esses são temas que ganharam mais importância nos últimos anos e não estavam incluídos na primeira versão do plano”, afirmou Guilherme sobre os dias de trabalho em Brasília com o Comitê.

     

    Responsável por subsidiar a formulação, a implementação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas de Educação em Direitos Humanos (EDH), o colegiado tem função central na consolidação da Política Nacional de Direitos Humanos. 

     

    “O Brasil é pioneiro, porque o programa, criado em 1996, é o terceiro do mundo e da América Latina”, recorda Maria Nazaré Tavares Zenaide, da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (ReBEDH), que atua no comitê desde 2003.

     

    Letícia Cesarino, chefe da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, ressaltou que a restauração do colegiado é uma demonstração do compromisso do Ministério com a pauta. 

     

    “Esse é um dos nossos sonhos da atual gestão, recuperando a participação social no âmbito da educação e direitos humanos". Letícia acrescentou que a pasta atuará na proposição e no apoio à implementação das diretrizes nacionais e na articulação das ações de capacitação de agentes públicos em direitos humanos.

     

    Sobre a SaferNet

     

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 02/12/2024

     

    Safernet Brasil
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  • Cidadania Digital com tempero de esperança na zona leste de SP

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 3 meses 1 semana atrás

    Saiba um pouco mais sobre como é uma atividade do Cidadão Digital, da SaferNet

    Era para ser uma atividade de 50 minutos do programa Cidadão Digital, da SaferNet e da Meta, sobre uso ético, seguro e responsável da internet, no Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Sítio da Casa Pintada, na região de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, mas o conteúdo apresentado pela embaixadora Julia Fernandes, de 18 anos, proporcionou também alguns minutos de sonho para cerca de 80 crianças e adolescentes que frequentam o local no contraturno da escola.

    Os CCAs atendem crianças e adolescentes dos 6 anos aos 14 anos e 11 meses e são mantidos pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social. O do Sítio da Casa Pintada recebe 180 crianças, 90 em cada turno. “Muitas delas são crianças em situação de vulnerabilidade e algumas vêm com indicação de serviços de saúde mental, vara da infância, etc”, explica a gerente de serviço da unidade, Tayanne Araújo de Melo, da Moca, organização da sociedade civil que administra esse CCA.

    O Cidadão Digital foi convidado para realizar uma atividade no CCA Sítio da Casa Pintada pela psicóloga Rosimeire Rossi Ramos, no âmbito do projeto Assistência Social Q-Previne. Um dos objetivos dos CCA é justamente fortalecer vínculos entre as crianças e adolescentes e melhorar a convivência deles com a família e outros jovens.

    “A frequência no CCA é uma escolha da família e muitos pais nos procuram justamente para tirar as crianças, no tempo ocioso do contraturno, das ruas ou justamente das telas. Muitos são tímidos e se expressam mal e com o tempo observamos melhoras”, explica Tayanne.

    O tempo de uso de telas foi justamente um dos temas abordados por Julia nas quatro atividades realizadas no CCA. Uma delas para crianças de 6 a 8 anos e três delas para adolescentes de 12 a 14 anos. As quatro atividades beneficiaram cerca de 80 frequentadores da unidade.

    Na primeira turma da tarde, o debate sobre o uso excessivo de celular foi intenso e um adolescente contou que pega o celular depois que a mãe dorme e outros admitiram que não desligam mesmo depois de usar o aparelho, pois ficam pensando nas consequências de seus atos online.

    Alguns jovens citaram que a família utiliza aplicativos de controle do tempo de uso do celular e outros admitiram soluções bem mais simples. “Se deu 10 horas e não estamos na cama, a mãe desliga a internet”, contou um aluno.

    Quando o assunto foi cyberbullying, oito dos alunos disseram que já testemunharam bullying e dois admitiram que já pegaram pesado com amigos, mas que pediram desculpas. Na outra turma, dos 19 alunos, 14 admitiram já ter feito bullying.

    O grupo também recebeu informações sobre como denunciar crimes na internet, como ajudar pessoas vivendo perigos na rede e a como registrar provas de assédio e outros crimes contra a intimidade.

    Júlia também contou um pouco de sua experiência nas redes e seu trabalho no projeto Imprensa Jovem, que a levou a escolher uma futura carreira no jornalismo (ela conclui o ensino médio este ano).

    Estes projetos chamaram a atenção da direção da SaferNet, que a convidou para participar do G20 Social, no Rio de Janeiro, e do Safer Internet Forum, em Bruxelas, nesse mês de novembro, e a fazer aulas de reforço de inglês pagas pela ONG para que ela pudesse apresentar conteúdos e participar dos debates no evento realizado pela União Europeia. Em novembro, ela foi confirmada como uma das novas embaixadoras do Cidadão Digital.

    Em todas as quatro turmas de que participou Julia foi aplaudida pelas crianças e adolescentes quando contou que foi para a Europa representar jovens brasileiros. “Fala europeu, tia”, disse um menino. Outro perguntou se ela conheceu algum jogador de futebol.

    Segundo Julia, ela pretende levar não apenas conteúdos sobre uso seguro e responsável da internet, mas também “mostrar que um outro futuro é possível” e que não devemos esquecer de onde viemos.

    “A SaferNet nos permite fazer isso. A gente compartilha conhecimento, a gente compartilha esperança e a gente compartilha a nossa vida que tá sendo transformada dia após dia com as oportunidades que eles oferecem pra gente e para a juventude”, disse.

    Durante a viagem à Bélgica, Julia fez questão de posar com uma faixa escrito “Jardim Marilu”, nome do bairro onde mora, no extremo da zona leste paulistana. E é assim, levando um pouco de si para o mundo que ela mostrou para crianças e adolescentes informações importantes sobre o uso da internet, mas também um pouco de esperança.

    Sobre a SaferNet

    A SaferNet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A SaferNet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A SaferNet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 26/11/2024

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