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  • Cristo Redentor é iluminado com as cores do Dia Internet Segura

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    Nesta terça-feira, 11 de fevereiro, o Cristo Redentor ficou iluminado por uma hora de laranja e azul para marcar o Dia da Internet Segura 2025. Esta é a 22ª edição global do Safer Internet Day e a 17ª no Brasil. A ação é uma parceria entre o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, o Ministério Público Federal (MPF) e a SaferNet Brasil, que já ocorre há 6 anos.

    “A iluminação da imagem do Cristo Redentor nas cores da internet, no Dia da Internet Segura, visa recordar a importância da educação para o uso seguro e responsável da internet por todos, em especial, pelas crianças e adolescentes”, afirma a Procuradora Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro e coordenadora adjunta do Grupo de Atuação especial no Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF, Neide Cardoso de Oliveira.

    “O mundo virtual que, em princípio se opõe ao presencial, não deixa de ser real. Logo, o uso ético e responsável dessas ferramentas de comunicação torna-se o fundamento primaz para a segurança desejada”, destaca o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

    Outra iniciativa para o Dia da Internet Segura 2025 é a realização do evento principal sobre a data organizado no Brasil pela SaferNet e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Realizado em dois dias, o evento termina nesta quarta-feira (12/02), em São Paulo.

    Durante toda a manhã haverá debates sobre ransomware (sequestro de dados). Na pauta de discussões estão temas como segurança e cidadania digital, violência sexual online contra crianças e adolescentes e radicalização e extremismo na rede.

    Com o tema “Unidos para uma Internet mais positiva”, o Dia da Internet Segura é celebrado em mais de 180 nações, mobilizando diferentes setores da sociedade na promoção de um ambiente digital mais seguro, ético e responsável.

    A programação completa do evento está no site https://www.diadainternetsegura.org.br/agenda/ 

    Safer Internet Day

    Data global celebrada desde 2004, o Safer Internet Day é uma iniciativa das redes InsafeINHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, ela é comemorada desde 2009 sob a coordenação da SaferNet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região, e do NIC.br e CGI.br na realização dos “eventos-hub” ao longo desses anos.

    A edição de 2025 tem o apoio institucional de Governo Federal, MPF, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tribunal Superior Eleitoral, Polícia Federal, Embaixada do Reino Unido no Brasil, UNICEF, Safe Online, Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Abranet e Febraban.

    Parceria entre Santuário, MPF e SaferNet

    Em agosto de 2024, o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e o Ministério Público Federal firmaram um Termo de Cooperação em prol da defesa de direitos na internet e da prevenção de crimes cibernéticos. Em solenidade aos pés do monumento ao Cristo Redentor, o MPF, no Rio de Janeiro, por suas unidades na 1a e 2a instância de atuação (PRR2 e PRRJ), e o Santuário Cristo Redentor selaram esse acordo para uma atuação conjunta na conscientização das pessoas por uma internet mais segura. A SaferNet aderiu à cooperação.

    A cada ano a partir do acordo, o monumento ao Cristo Redentor ficará iluminado em alusão ao Dia da Internet Segura (Safer Internet Day).

    Texto publicado em 11/02/2025 e reeditado em 12/02/2025

    SaferNet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Canal de Ajuda da SaferNet registra aumento de 79% em atendimentos por questões de saúde mental

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    O Helpline, canal de ajuda da SaferNet, registrou um aumento de 79% em atendimentos de pessoas com algum tipo de problema de saúde mental, incluindo relacionados com o uso da internet. Foram 204 atendimentos desse tipo em 2024 contra 114 em 2023. Os indicadores do canal de ajuda em 2024 estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    Segundo a psicóloga Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da SaferNet, responsável pelo canal de ajuda, esse aumento se deve “ao excesso de exposição às telas e seu impacto na saúde e bem estar das pessoas, o que tem sido uma preocupação grande nas escolas e famílias, e ganhado cada vez mais relevância no debate público, incluindo também a busca dos próprios usuários por mais ajuda sobre este tópico”.

     

    O Helpline, como um todo, registrou aumento de 26% no número de atendimentos. Foram 1.617 casos em 2024 ante 1.285 em 2023. 

     

    As questões de saúde mental ficaram em terceiro lugar no ranking geral de atendimentos, superadas somente por exposição de imagens íntimas, com 268 atendimentos, e problemas com dados pessoais, com 246 casos. Fraudes, golpes e e-mails falsos ficaram em quarto, com 185 atendimentos e Violência Online / discurso de ódio fechou o top 5, com 130 casos. 

    Outros dois tipos de atendimento que chamaram a atenção em 2024 foram para pessoas com problemas com compras online, que saltou de 23 para 63 casos, um aumento de 174%, e de pessoas pedindo orientação sobre como proceder sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil, que teve aumento de 14%. 

    O Helpline é um canal online e gratuito e oferece orientação de forma pontual e informativa e também esclarece dúvidas sobre segurança na Internet e como prevenir riscos e violações, tais como intimidação, humilhação e intimidação sistemática (ciberbullying), troca e divulgação de mensagens íntimas não-autorizadas (sexting ou nudes vazados), encontro forçado ou extorsão com fins sexuais (sextorsão), uso excessivo de jogos na Internet e envolvimento com desafios perigosos. O atendimento pode ser por chat individualizado ou e-mail. 

     

    Denúncias têm queda de 34% em 2024

     

    A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet (www.denuncie.org.br) registrou queda de 34% no número de denúncias novas (não repetidas) em 2024. A ONG recebeu ano passado 100.077 denúncias ante as 150.847 de 2023.  

     

    Em 2024, a SaferNet recebeu 52.999 novas denúncias (não repetidas) de crimes relacionados a imagens de abuso e exploração sexual infantil (“pornografia infantil”), 26% menos que as 71.867 de 2023, que continua sendo o recorde absoluto da série histórica iniciada em 2006. Os indicadores da central de denúncias da SaferNet estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    “Apesar da queda, o número de denúncias de crimes envolvendo imagens de abuso e exploração sexual recebidas pela Safernet em 2024 é a quarta maior marca da série histórica, iniciada há 19 anos”, afirma o presidente da SaferNet, Thiago Tavares. 

    Além disso, explica Tavares, apesar de ter havido menos denúncias, a complexidade e a gravidade dos casos aumentaram, e mais casos têm sido investigados pelas autoridades brasileiras. A Polícia Federal realizou, em 2023, por exemplo, 1074 operações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes contra 502 em 2022, um aumento de 114%.  

     

    Contribuíram para a queda no caso brasileiro: 

     

    • Uso crescente de aplicativos de criação de nudes com inteligência artificial em escolas, mostrando a necessidade urgente de controlar o acesso dessas tecnologias por crianças e adolescentes;

    • Aumento da oferta de imagens de abuso e exploração sexual infantil em aplicativos de mensagens, em especial o Telegram, impulsionadas por links divulgados em mídias sociais, especialmente o X e Instagram, em circuito fechado (grupos e canais do Telegram e contas reserva e “close friends” no Instagram), dificultando a denúncia. 

    • Crimes de ódio também têm queda 

     

    A SaferNet recebeu 14.108 denúncias únicas de crimes de ódio em 2024, uma queda de 49% em relação a 2023. 

     

    O ano de 2024 foi o primeiro ano eleitoral desde 2018 em que a ONG recebeu menos denúncias de crimes de ódio do que em relação ao ano anterior. Nos anos eleitorais de 2018, 2020 e 2022, a SaferNet recebeu mais denúncias desse tipo de crime que no ano anterior. 

     

    Dos crimes denunciados à SaferNet são crimes de ódio o racismo, a intolerância religiosa, a xenofobia, o neonazismo, a LGBTfobia, a misoginia e a apologia a crimes contra a vida. 

     

    Denunciar à central da SaferNet é simples: basta copiar e colar no formulário do www.denuncie.org.br o link da página, grupo, comunidade, canal ou qualquer outro conteúdo publicamente disponível na web e que suspeita que seja criminoso. Nossa central permite o total anonimato dos denunciantes, o que é especialmente crucial em casos relativos a imagens de abuso e exploração sexual infantil.  

     

    A SaferNet mantém convênio com o Ministério Público Federal e encaminha para lá apenas links diferentes entre si, excluindo denúncias repetidas, para facilitar o trabalho do MPF e evitar a eventual abertura de procedimentos de investigação em duplicidade. 

     

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios suficientes de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual.

     

    Texto publicado em 10/2/2025 

     

    Mais informações:

    Assessoria de Imprensa

    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • SaferNet verifica aumento de denúncias, grupos e usuários do Telegram envolvidos com imagens de abuso sexual infantil

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    Pesquisa realizada pela SaferNet aponta que o número de denúncias de grupos e canais contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil no aplicativo de mensagens Telegram aumentou 78% entre o segundo e o primeiro semestre de 2024. 

    Relatório completo com os resultados da segunda análise realizada pela ONG em grupos e canais do Telegram cujos links foram denunciados à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos mantida pela SaferNet será divulgado nessa terça-feira (11), em São Paulo, no evento principal do Dia Internacional da Internet Segura no Brasil.

    Este é o segundo relatório da SaferNet Brasil sobre o Telegram, realizado no âmbito do projeto DISCOVER, de prevenção da prática de abuso e exploração sexual infantil, e compreende a análise das denúncias recebidas no segundo semestre de 2024. 

    No relatório do segundo semestre, quatro indicadores tiveram aumento em relação ao número de links de grupos e canais do Telegram no primeiro semestre de 2024.

    • não selecionada

      O número de grupos e canais do Telegram denunciados subiu para 1043 (aumento de 19%); 

    • não selecionada

      O número de grupos e canais que permanecem ativos sem moderação da plataforma subiu para 349 (aumento de 76%);

    • não selecionada

      O número de grupos e canais contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil que permanecem ativos, sem moderação da plataforma, subiu para 171 (aumento de 78%);

    • não selecionada

      O número de usuários encontrados nesses grupos e canais subiu de 1,25 milhão para 1,4 milhão (aumento de 12%);

    • não selecionada

      Somados os dois semestres de 2024, a SaferNet detectou 2,65 milhões de usuários em grupos e canais do Telegram contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil. 

    No primeiro relatório, divulgado em outubro do ano passado, que analisou conteúdo denunciado no primeiro semestre de 2024, a SaferNet havia analisado manualmente 874 links de grupos e canais do app denunciados à ONG como “pornografia infantil”. 

    Do total denunciado no primeiro semestre, 215 grupos e canais do Telegram permaneciam ativos na plataforma, sem qualquer tipo de moderação, quando a pesquisa foi realizada. 

    Líder de denúncias

    Entre os apps de mensagem, o Telegram lidera em número de denúncias de “pornografia infantil” recebidas pela SaferNet, por meio da plataforma www.denuncie.org.br. E, desde 2021, o Telegram está entre os 10 domínios com mais links desse tipo de crime denunciados à ONG. 

    Em 2024, o Telegram ficou em segundo lugar entre todos os domínios que a SaferNet recebeu denúncias. Em 2022 e 2023, o app ocupou a quinta posição no ranking geral de domínios com mais denúncias de “pornografia infantil” no Brasil.

    Mudanças de postura

    No final de setembro, um mês após a prisão de Pavel Durov, dono do Telegram, na França, em 24 de agosto de 2024, a empresa anunciou que estava colaborando com pedidos de autoridades entregando “alguns dados de usuários” (números de telefone e IPs) mediante requisições legais. 

    A divulgação do relatório de análise das denúncias de conteúdo criminoso no Telegram recebidas pela Safernet ocorreu em outubro de 2024. A empresa, que normalmente não respondia às demandas da imprensa brasileira, passou a emitir notas comentando os dados e diz ter removido 360 mil grupos e canais relacionados à exploração sexual infantil, mas a companhia não detalha como procedeu nesses casos. 

    Em janeiro deste ano, Pavel disse em depoimento à Justiça da França que não fazia ideia do tamanho da criminalidade no Telegram e prometeu melhorar a moderação de conteúdo criminoso na plataforma.  

    O Telegram também não participa da Tech Coalition, que estabelece protocolos rigorosos de transparência, inclusive a publicação de relatórios de moderação. Meta, Google, Apple e Microsoft participam da coalizão. 

    Segundo dados colhidos por pesquisadores e compilados na página Telegram Transparency Data, o Brasil estaria na quinta posição entre os países com mais requisições atendidas pela companhia. Não há informação, contudo, se os dados fornecidos foram suficientes ou permitiram avanços em investigações. 

    Sinais de moderação

    Em 16 canais denunciados à SaferNet, por exemplo, a ONG encontrou sinais de ação da plataforma: uma mensagem alertava outros usuários que o grupo ou canal em questão estava “temporariamente suspenso para dar aos moderadores tempo para limpar os conteúdos e moderar os usuários que publicaram conteúdo pornográfico ilegal”. Ao menos 38 países no mundo possuem legislação obrigando plataformas digitais como o Telegram a reportar às autoridades sempre que souberem que hospedam conteúdo de abuso e exploração sexual infantil, segundo relatório do ICMEC nos EUA.

    A SaferNet detectou que, além de atribuir aos moderadores de conteúdo supostamente criminoso a responsabilidade de “limpar os grupos”, o Telegram não tem um padrão de atuação. Numa pasta com 25 grupos chamada “Translation” (tradução, em português), apenas 8 grupos estavam sinalizados, mas a SaferNet localizou, manualmente, material de exploração sexual infantil em todos os outros grupos da pasta, cada um com 15 a 25 mil usuários. 

    O uso da expressão tradução para sinalizar esses grupos é uma velha tática usada por vendedores de materiais de exploração sexual infantil, que organizam e distribuem conteúdos criminosos como “traduções”, onde nacionalidades de vítimas são “idiomas”.

    Parte dessas imagens de abuso e exploração sexual infantil são comercializadas no Telegram. Boa parte dos vendedores encontrados nos grupos denunciados à SaferNet aceitam como meio de pagamento as “estrelas,” a moeda virtual introduzida pela plataforma em junho de 2024. 

    O Telegram não possui registro no Banco Central do Brasil e utiliza 23 provedores de serviços financeiros para processar pagamentos, a maioria localizados na Rússia e na Ucrânia ou outros paraísos fiscais, como Hong Kong e Chipre. Quatro dessas plataformas de serviços financeiros sofreram sanções internacionais: YooMoney, Sberbank, PSB e Bank 131. 

    “Essas novas evidências comprovam a persistência dos riscos sistêmicos, a precariedade da moderação de conteúdo e a ausência de compliance da plataforma com a legislação brasileira de proteção à infância, combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Os números da SaferNet evidenciam que o Telegram, sozinho, responde por 90,35% de todas as denúncias envolvendo aplicativos de mensageria realizadas no Brasil em 2023 e 2024”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil.

    MPF e PF receberão novo relatório

    Os novos desdobramentos da pesquisa da SaferNet serão encaminhados novamente ao Ministério Público Federal e para a Polícia Federal, assim como foi feito com o relatório do primeiro semestre, o que resultou na abertura de investigações

    A análise realizada pela Safernet foi feita no âmbito do projeto DISCOVER, de prevenção da prática de abuso e exploração sexual infantil. Neste projeto, apoiado pelo fundo Safe Online, a Safernet indexa palavras, acrônimos (siglas, abreviações, palavras codificadas ou com erros propositais de ortografia ou digitação) e emojis em português, inglês e espanhol usados por predadores sexuais ao organizar, divulgar, compartilhar ou trocar imagens de abuso e exploração sexual infantil e ou na tentativa de aliciar crianças e adolescentes a produzirem esses conteúdos. 

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual. 

     

    Texto publicado em 10/10/2025

    Mais informações:

    Assessoria de Imprensa

    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • Dia da Internet Segura 2025: evento discutirá segurança online, cidadania digital e extremismo na rede

    / Comunicação / Segurança Digital / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    O evento principal do Dia da Internet Segura no país chega à sua 17ª edição, trazendo para a pauta de discussões temas, como segurança e cidadania digital, violência sexual online contra crianças e adolescentes e radicalização e extremismo na rede. Organizado por Safernet Brasil, Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o encontro terá, pela segunda vez consecutiva, dois dias, sendo realizado nestas terça (11) e quarta-feira (12), em São Paulo (SP).

    Com o tema “Unidos para uma Internet mais positiva”, o Dia da Internet Segura é celebrado em mais de 180 nações, mobilizando diferentes setores da sociedade na promoção de um ambiente digital mais seguro, ético e responsável.

    A programação, que contará com painéis, mesas de debate, palestra, conferência magna, lançamentos e apresentação de dados inéditos, será transmitida ao vivo em português e inglês pelo canal do NIC.br no YouTube e pela página da Safernet no Facebook. Interessados em acompanhar o evento tanto na modalidade presencial quanto na remota podem se inscrever de forma gratuita neste endereço. A participação garante certificado.

    “A adesão multissetorial que a edição brasileira do evento tem conseguido ao longo dos anos sinaliza a relevância do NIC.br e do CGI.br como espaços neutros, técnicos e construtivos de discussões. E essa união de esforços e de perspectivas distintas é fundamental na busca por caminhos para o enfrentamento de desafios no ambiente online”, afirma Demi Getschko, Diretor-presidente do NIC.br.

    “O multisetorialismo está no DNA do Dia da Internet Segura e é a base do modelo de governança da Internet no Brasil. Em um mundo polarizado e hiper conectado, diálogo, cooperação e construção de consensos nunca foram tão necessários para superar os crescentes desafios para a segurança digital e a proteção dos direitos humanos nos ambientes digitais. O evento será um marco para esse objetivo”, afirma Thiago Tavares, Presidente da SaferNet Brasil.

    A mesa de abertura do evento será formada por Getschko; Thiago Tavares; Fernanda Teixeira, Procuradora Regional da República; Flávia Annenberg, Gerente de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Google Brasil; Mônica Steffen Guise, Meta Public Policy; e Priscilla Silva Laterça, Head de Safety do TikTok no Brasil.

    Destaques

    A conferência magna “Inteligência Artificial e Cidadania Digital: Desafios e Oportunidades”, que será ministrada pelo professor Virgilio Almeida (UFMG/Harvard University), é um dos destaques do primeiro dia do evento. Ela terá coordenação e comentários de Demi Getschko.

    Também na terça-feira (11), o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br/NIC.br) apresentará indicadores inéditos sobre o uso de Internet e dispositivos digitais por crianças de até 8 anos. O levantamento foi produzido a partir das bases de dados das pesquisas TIC Kids Online Brasil e TIC Domicílios, referentes ao período de 2015 a 2024.

    Outro destaque será a divulgação das estatísticas de 2024 da Central Nacional de Crimes Cibernéticos e docanal de ajuda Helpline, ambos mantidos pela Safernet Brasil, que atua no enfrentamento a violações aos Direitos Humanos no ambiente online.

    Haverá ainda lançamentos de recursos de segurança e cidadania digital. Um deles é o novo Jogo de Tabuleiro Internet Segura, desenvolvido pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br/NIC.br). De forma lúdica, crianças terão a oportunidade de aprender sobre temas, como privacidade, cyberbullying e situações de risco no ambiente online. O material será disponibilizado gratuitamente no portal Internet Segura (https://internetsegura.br/).

    Já a Safernet lançará levantamento sobre os currículos de Cidadania Digital no Brasil e anunciará os vencedores do Prêmio Cidadania Digital em Ação 2024,  uma iniciativa em parceria com o Governo do Reino Unido que busca reconhecer ações criativas e transformadoras criadas por estudantes e professores a partir da Disciplina deCidadania Digital no Brasil. Nesta edição, os finalistas são de cinco estados: Bahia, Ceará, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Norte.

    Está previsto também o lançamento de campanha do YouTube em formato de websérie com foco na educação digital para pais. O projeto é realizado com a influenciadora Monica Romeiro, do Canal Almanaque dos Pais, e conta com a curadoria da SaferNet nos roteiros.

    Na quarta-feira (12), um dos destaques será a palestra “Prevenção a Ransomware: Boas Práticas em Cloud Computing”, do keynote Lucas Boscaini, engenheiro na Google. 

    Painéis e mesas de debate

    Com início às 9h45 desta terça-feira (11), o painel “Políticas Públicas para a Segurança Online de Crianças e Adolescentes no Brasil: Indicadores e Experiências à Luz dos Frameworks Internacionais” terá a participação de Fábio Senne, Coordenador-geral de pesquisas do Cetic.br, e Nathalie Fragoso e Silva Ferro, Diretora na Secretaria de Direitos Digitais, do Ministério da Justiça de Segurança Pública. A moderação ficará por conta de Thiago Tavares. Na ocasião, serão apresentadas as “Estatísticas TIC para crianças até 8 anos de idade”, do Cetic.br.

    O segundo painel, “Cidadania Digital, Educação Midiática e Direitos Humanos na Educação Básica”, começa às 11h e contará com a presença de Mariana Cartaxo, Diretora do Digital Access Program no Brasil, da Embaixada do Reino Unido; Paula Menezes, da coordenação-geral de Tecnologia e Inovação da SEB/MEC; Mariana Filizola, Coordenadora-geral de Educação Midiática da SPDIGI/SECOM/PR; Lígia de Morais Oliveira, Coordenadora-geral de Cultura em Direitos Humanos e Mídias Digitais na AEDH / MDHC; Guilherme Alves, da SaferNet Brasil, fará a moderação. Após os debates, serão anunciados os vencedores do Prêmio Cidadania Digital em Ação 2024.

    Intitulado “Iniciativas do Setor Privado para Fortalecer a Segurança e a Cidadania Digital no Brasil”, o terceiro painel tem início às 14h30. Os debatedores serão Alana Rizzo, Head de Políticas Públicas do YouTube Brasil e Latam; Taís Niffinegger, Gerente de Safety e Wellbeing na Meta; Priscilla Silva Laterça, Head de Safety do TikTok no Brasil; e Vinícius Brasileiro, Gerente de Segurança da Informação, Estratégia & Risco na Globo. A moderação será feita pelo NIC.br.

    A conferência magna do professor Virgílio Almeida, marcada para as 16h15, encerrará a programação do primeiro dia.

    A de quarta-feria (12) se iniciará com a apresentação do keynote Lucas Boscaini, às 9h. A palestra será seguida por duas mesas de debates com foco na prevenção a ransomware. A primeira abordará desafios e perspectivas no Brasil e terá Miriam vin Zuben, Analista de Segurança Sênior do CERT.br; Juliana Abrusio, da Universidade Mackenzie / CNCiber; Percival Henriques, Conselheiro do CGI.br / CNCiber entre os debatedores. A mesa será moderada por Lucimara Desiderá, do CERT.br.

    A segunda mesa de debates, às 11h20, tratará da importância da cooperação internacional e multisetorial para a prevenção a ransomware. Marcel Furtado Garcia (DCiber/MRE); Tiago Misael, Procurador da República / MPF; Cristine Hoepers, Gerente Geral do CERT.br e Carlos Baena, Cybersecurity Program Officer na Organização dos Estados Americanos (OEA), serão os debatedores da vez. A moderação ficará a cargo de Thiago Tavares.

    A programação da tarde inclui dois painéis: “Juventudes e os Desafios da Era Digital: Como Conter a Radicalização e o Extremismo Online?”, às 14h, e “Enfrentamento à Violência Sexual Online contra Crianças e Adolescentes”, às 15h30. O primeiro terá como convidados Aline Taglian, do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Alexandre Pupo, Secretário-Geral da OIJ e assessor na Presidência da República; Mariana Venâncio, do NIC.br; Gustavo Barreto, do Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE); e Julia Fernandes, Embaixadora jovem da SaferNet Brasil. Isabela Ferro, da SaferNet Brasil, fará a moderação.

    No painel das 15h30, os participantes serão: Erasto Fortes Mendonça, Coordenador Geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos da Secadi/MEC; Marcos Kalil, Chefe de Proteção na região Sudeste do UNICEF; Lucas José Ramos Lopes, Secretário-Executivo da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rafaela Parca, Delegada da Polícia Federal e Coordenadora do CCASI/CGiber/DCiber. Juliana Cunha, da SaferNet Brasil, atuará como moderadora.

    Para conferir a programação completa, acesse:https://www.diadainternetsegura.org.br/agenda/

    Safer Internet Day
    Data global celebrada desde 2004, o Safer Internet Day é uma iniciativa das redes Insafe-INHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, ela é comemorada desde 2009 sob a coordenação da Safernet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região, e do NIC.br e CGI.br na realização dos “eventos-hub” ao longo desses anos.

    A edição de 2025 tem o patrocínio de Google, YouTube, Meta e TikTok e apoio institucional de Governo Federal, MPF, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tribunal Superior Eleitoral, Polícia Federal, Embaixada do Reino Unido no Brasil, UNICEF, Safe Online, Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Abranet e Febraban. UOL, Fundação Roberto Marinho, Futura e Rede Globo estão no apoio de mídia.

    Anote na Agenda

    Dia da Internet Segura 2025

    Data: 11 e 12 de fevereiro – terça e quarta-feira

    Horário: das 8h30 às 18h30 (1° dia) e das 8h30 às 17h (2° dia)

    Local: Auditório do edifício Bolsa de Imóveis, sede do NIC.br – Av. das Nações Unidas, 11541, 2º andar (Mezanino), Cidade Monções, São Paulo – SP

    Inscrições:https://cursoseventos.nic.br/users/login

    Transmissão
    online:  www.youtube.com/@NICbrvideos/videos

    Site oficial: www.diadainternetsegura.org.br/ 

    Sobre a SaferNet

    A SaferNet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A SaferNet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A SaferNet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.Desde 2009 coordena o comitê organizador do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil. Mais informações:https://www.safernet.org.br/.

    Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br

    O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br (https://registro.br/), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br/), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).

    Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

    O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003).

    Mais informações em https://cgi.br/.

    Texto publicado em 06/02/2025

    Mais informações à imprensa:

    Marcelo Oliveira
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  • Vencedores do Prêmio Cidadania Digital em Ação serão anunciados no Dia da Internet Segura

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 2 meses 3 semanas atrás

    São Paulo, 3 de fevereiro de 2025 - O resultado final da segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação será divulgado na manhã de 11 de fevereiro de 2025, durante a 17ª edição do Dia da Internet Segura, que acontece em São Paulo. 

    O prêmio visa celebrar professoras e professores que, por meio de metodologias inovadoras e participativas, promoveram a transformação social e o engajamento de estudantes a se tornarem cidadãos críticos e conscientes nos ambientes digitais. Serão premiados professores que enviaram relatos criativos e inovadores destacando o protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e boas práticas pedagógicas.

    A iniciativa integra o projeto gratuito da Disciplina de Cidadania Digital, uma parceria da ONG Safernet Brasil e do Governo do Reino Unido no âmbito do Programa de Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP). O objetivo do projeto é apoiar escolas públicas e secretarias de educação na criação de um currículo sobre uso seguro e consciente das tecnologias para o ensino médio e os anos finais do ensino fundamental. Professores que aderem ao projeto têm acesso a planos de aula, curso de formação, atividades de mentoria e podem se inscrever na premiação. 

    Na edição 2024, o prêmio foi ampliado. Serão cinco escolas premiadas. Este ano, 62 relatos foram inscritos, de 11 estados. Mais da metade das inscrições veio de escolas públicas estaduais, seguido de escolas municipais.

    “De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, que orienta os currículos do ensino infantil, fundamental e médio, todas as escolas devem ensinar sobre cultura, cidadania e segurança digital. Mas sabemos que existem muitos desafios para que isso seja verdade, em especial nas escolas públicas. O prêmio é uma estratégia de dar visibilidade para professoras e professores que, a despeito desses muitos desafios, realizaram em 2024 um trabalho incrível de orientar seus estudantes a usar a internet e as tecnologias digitais de uma forma mais crítica. Eles são protagonistas de uma mudança cultural, onde temas como prevenção a violência online, ciberbullying, privacidade e proteção de dados, entre outros, passam a fazer parte da formação cidadã dos nossos estudantes”, explica Guilherme Alves, gerente de projetos na Safernet Brasil e coordenador do projeto.

    "É com grande satisfação que apoiamos a segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação, uma iniciativa que reconhece o empenho de educadores na promoção de um ambiente digital seguro e inclusivo. Por meio do Programa de Acesso Digital, o Reino Unido reafirma seu compromisso em colaborar com projetos que incentivam jovens a se tornarem cidadãos digitais conscientes e preparados para o mundo online e a fazerem parte de ecossistemas digitais que enfrentem os desafios de desenvolvimento de suas comunidades”, afirma Mariana Cartaxo, assessora sênior e diretora do Programa de Acesso Digital da Embaixada Britânica no Brasil.

    Disciplina já chegou a quase 400 escolas

    Em seus primeiros dois anos de aplicação, a Disciplina de Cidadania Digital foi implementada por 455 professores(as) em 393 escolas brasileiras para mais de 46 mil estudantes de 22 estados e 266 cidades. 

    O projeto disponibiliza gratuitamente um caderno de aulas para professores, com roteiros completos que podem ser aplicados em sala de aula. Além disso, há um curso de formação online para profissionais da educação, que segue com turmas regulares em 2025. Em dois anos, quase 25 mil professores de todo o Brasil se matricularam no curso da SaferNet, disponível na plataforma Avamec, do MEC. 

    A disciplina tem cinco módulos que tratam dos temas:

    Bem-estar e saúde emocional;
    Segurança e privacidade na Internet;

    Respeito e empatia nas redes;

    Relacionamentos seguros online;

    Cidadania digital para todos e todas.

    Conheça os finalistas da edição 2024 do prêmio

    * Adrieli Silva dos Reis Andreatta - Escola Municipal José Eurípedes Gonçalves - Campina Grande do Sul (Paraná) 

    A professora adaptou o plano de aulas da disciplina para uma turma de 28 estudantes do 3º ano do ensino fundamental. Foram realizadas diferentes ações para sensibilizá-los sobre os riscos online e a necessidade de ensinar sobre empatia e respeito nos ambientes digitais. Foram desenvolvidos um ebook, gincana, um jogo para que os estudantes jogassem com suas famílias, cineclube e dinâmicas. Este foi o primeiro ano em que a professora Adrieli usou a disciplina.

    * Alyne de Assunção Castro - Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Lions Jangada (rede estadual) - Fortaleza (Ceará)

    A professora conduziu atividades sobre temas de ciberbullying, respeito e empatia, e saúde emocional com 325 estudantes de Ensino Médio. Foram criados materiais digitais de conscientização sobre violências online, especialmente ciberbullying, e os "Murais dos sentimentos", construídos colaborativamente na escola como uma forma de discutir emoções, saúde mental e impactos das interações online na vida dos adolescentes e jovens. Outra iniciativa foi um jogo para debater ética na inteligência artificial.

    Conheça o relato de Alyne

    * Hery Tiago Fernandes de Oliveira - Escola Municipal e Centro de Formação Joana Alves de Lima - Parnamirim (Rio Grande do Norte)

    O professor realizou diversas ações para alunos do 6º ao 9º ano do fundamental. Foi criado o site JoanaLAB, do laboratório de informática da escola, que serviu como espaço centralizado para informações e materiais destinados à comunidade escolar. O professor organizou as aulas de maneira específica por turma, usando jogos, rodas de conversa, postagens no Instagram da escola e vídeos. Foi organizado o Dia D de Combate à Violência e à Insegurança na Internet, com a participação de toda comunidade escolar. 

    Conheça o relato de Hery

    * Manoel Messias da Silva - Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) João Pereira Gomes Filho (rede estadual) - João Pessoa (PB)

    O professor realizou muitas ações diferentes ao longo do ano com os 120 alunos do 1º e 2º ano da ECIT, que integra a rede estadual paraibana. O destaque dessas ações está no protagonismo dos estudantes, que criaram diferentes conteúdos para debater sobre ciberbullying e uso consciente das redes sociais. Em videocasts, os estudantes debateram os riscos que vivenciam na internet e as percepções que têm sobre como usar as redes de forma mais consciente, segura e responsável. 

    Conheça o relato de Manoel

    * Reginaldo Silva Araújo - Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos - Seabra (BA)

    Mesmo sem internet o tempo todo na escola, o professor realizou com cerca de 100 estudantes do 2º e 3º ano do ensino médio uma série de atividades focadas em bem-estar online, abordando o combate ao racismo, a inclusão de pessoas com deficiência, o uso seguro da inteligência artificial e a educação midiática. Uma importante iniciativa foi o “Café das Origens”, iniciativa de resgate e valorização das ancestralidades negras e indígenas dos estudantes. Uma aluna participou de um concurso de redação e ficou em segundo lugar. 

    Conheça o relato de Reginaldo

    Prêmios e viagem

    Na cerimônia de premiação, serão revelados os vencedores do prêmio, do 5º ao 1º lugar. Os professores finalistas ganharão um notebook. A escola receberá um troféu. Alunos e professores receberão medalhas, certificados e brindes do projeto. Cada professor finalista e um estudante que foi aluno da experiência relatada ao prêmio viajarão à São Paulo com tudo pago pela SaferNet para participarem da premiação durante o Dia da Internet Segura.

    Dia da Internet Segura 2025

    O Dia da Internet Segura (Safer Internet Day, SID, em inglês) é uma data global celebrada desde 2004 e é uma iniciativa das redes Insafe-INHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, a data é comemorada desde 2009 sob a coordenação da SaferNet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região. O evento principal do SID Brasil 2025 acontece em 11 e 12 de fevereiro, em São Paulo, com correalização do do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital. 

    Embaixada do Reino Unido

    A Embaixada do Reino Unido é a principal missão no país responsável pelas relações bilaterais entre o Reino Unido e o Brasil.

    Mais informações para a imprensa:

    Safernet Brasil

    Marcelo Oliveira 

    Assessor de Imprensa

    (11) 98100-9521

    Embaixada do Reino Unido

    Adriana Masetti

    Diretora-Adjunta de Comunicação e Diplomacia Pública

    (11) 98247-9382

  • Nota Pública sobre a proibição do uso de celulares nas escolas

    / / Segurança Digital / Por julianacunha / 2 meses 3 semanas atrás

    Considerando a recente aprovação da Lei 15.100, de 13 de Janeiro de 2025, que restringe o uso de celulares nas escolas.

    Considerando que nos últimos anos, especialmente no contexto de pós-pandemia, tem-se gerado um intenso debate sobre os impactos do uso de telas para saúde e bem estar de crianças e adolescentes.

    Considerando que a Base Nacional Comum Curricular estabelece, desde 2017 — reforçado com o complemento de Computação, de 2022 — a necessidade de que em toda a educação básica os debates sobre cultura digital e o uso seguro e consciente das tecnologias estejam presentes nos currículos.

    Considerando que, em 2024, foi constituído um grupo de trabalho pela Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, com a participação de sete ministérios, além de 20 integrantes da sociedade civil e de especialistas, incluindo a SaferNet Brasil, com objetivo de contribuir com a elaboração de um Guia para Uso Consciente de Telas e Dispositivos Digitais por Crianças e Adolescentes, ainda a ser lançado.

    A SaferNet vem a público se manifestar:

    1. É consenso que o uso do celular durante as aulas gera desconcentração, dificulta o trabalho dos professores, e fomenta o uso para fins não saudáveis (como ciberbullying e jogos de azar). São usos prejudiciais que têm atrapalhado o ensino-aprendizagem e são fomentados pelo hiperestímulo que esses dispositivos oferecem, em especial nas redes sociais;
    2. Também é consenso que, por outro lado, o celular é o dispositivo mais utilizado por todos, incluindo adolescentes, para acesso a serviços digitais cotidianos, como efetuar um pagamento por Pix na lanchonete da escola, acessar emails, armazenar documentos e livros digitais, e acessar serviços públicos fundamentais para o exercício da cidadania, como a carteira de vacinação no Connect SUS, dentre outros usos positivos e desejáveis, que devem ser incentivados;
    3. Algumas escolas já têm usado o celular de forma pedagógica, pensando em utilizar da ferramenta para criar aulas mais participativas. Alguns usos que podem ser mediados pelos professores: guiar pesquisas, acesso a conteúdos multimídia pedagógicos, criação de conteúdos digitais, acesso a plataformas educativas, acesso a ferramentas paradidáticas, jogos educativos;
    4. Para além desse uso como ferramenta, podemos pensar, ainda, na necessidade de orientar os estudantes sobre uso seguro, consciente, crítico e cidadão das tecnologias. A nova legislação também contempla a possibilidade de uso pedagógico dos celulares, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) desde 2017. É claro que o uso pedagógico é desafiador.. Esses desafios incluem a possibilidade de desconcentração dos estudantes, o acesso à internet wifi que pode não existir na escola ou ser insuficiente ou limitado, e mesmo a falta de habilidade do professor para mediar a atividade;
    5. Existem argumentos fortes para justificar a restrição do uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis pelos estudantes no ambiente escolar, como o estímulo para que elas e eles socializem fora das telas e os ganhos em concentração durante as aulas;
    6. É positivo também que haja uma brecha na proibição para os casos em que há uso pedagógico, para a inclusão de estudantes com deficiência e para atender a situações de emergência;
    7. Com a proibição, há também uma reflexão para professores e gestores de escolas e secretarias de educação. Limitar o uso de celulares não deve levar ao distanciamento das escolas de ter em seus currículos discussões que passam pelo uso seguro, consciente, crítico e saudável das tecnologias, questões essas que estão conectadas diretamente à formação cidadã dos estudantes e a defesa de seus direitos dentro e fora das escolas. Estamos falando de questões como ciberbullying, contato com conteúdos nocivos, uso excessivo, educação midiática, privacidade e proteção de dados, comportamentos de risco online, radicalização política, saúde mental, entre outros. Estes desafios persistem e transpassam o ambiente escolar. 
    8. Ainda sobre isso, vemos com muito otimismo o lançamento feito pelo Ministério da Educação dos guias com estratégias para implementação das medidas de restrições nas redes de ensino e escolas, e a divulgação dos cursos já existentes na plataforma Avamec e novas trilhas formativas de saúde mental nas escolas.

     

    Diante dos desafios para implementar as mudanças propostas na nova legislação, recomendamos:

    1. Que essa transição seja feita de forma acolhedora e planejada, com a participação de toda a comunidade escolar. Um bom ponto de partida é ouvir estudantes, professoras e professores e as famílias, para entender seus receios e expectativas e quais estratégias funcionam para o contexto específico de cada escola. A escola pode promover momentos de diálogo, como plantões de dúvidas, assembleias ou reuniões com grupos de representantes, criando um espaço para construir soluções coletivas e que permitam que todos os atores envolvidos se sintam ouvidos e representados. Isso contribui para a criação de um ciclo positivo de formação de cidadãos conscientes, críticos e responsáveis no uso das tecnologias digitais;
    2. A parceria entre escola e família é fundamental para criar hábitos digitais mais positivos. Essa é uma oportunidade para que as famílias reflitam e modifiquem seus próprios hábitos digitais e se engajem nesse movimento de mudança. As escolas podem manter canais de comunicação diretos com as famílias, além de convidar os/as responsáveis para momentos de diálogo e orientação sobre como é possível utilizar as tecnologias digitais de forma mais saudável e positiva;
    3. Promover espaços de socialização acolhedores para os estudantes para fortalecer vínculos, promover o bem-estar e contribuir para o seu desenvolvimento pleno e saudável. Em um país marcado por desigualdades, é fundamental considerar as especificidades de cada contexto, compreendendo o que é possível fazer em seus territórios para que crianças e adolescentes tenham acesso a ambientes que permitam o contato com a natureza, a prática de atividades físicas e momentos de interação social sem o uso de telas. Esses momentos não apenas favorecem a construção de relações mais saudáveis, mas também oferecem oportunidades para que crianças e adolescentes desenvolvam habilidades socioemocionais fundamentais para a resolução de problemas, autonomia e tomada de decisões.
    4. Para incentivar a participação de estudantes e estimular seu protagonismo com maior conscientização sobre riscos na Internet, a SaferNet oferece recursos em linguagem amigável para adolescentes e jovens sobre segurança digital, respeito e empatia, bem estar digital e educação midiática, como um curso de 25h na plataforma Avamec;
    5. Diante da proibição, torna-se ainda mais urgente apoiar professoras e professores, que estão muito sobrecarregados, investindo em formações continuadas, valorização profissional e em condições adequadas de infraestrutura e conectividade nas escolas. A formação continuada deve incluir tanto o uso da tecnologia na educação quanto da educação para o uso das tecnologias, de modo que eles/as desenvolvam práticas pedagógicas que permitam a criação de ambientes de aprendizagem que integrem o uso crítico e consciente das tecnologias digitais à formação dos estudantes;
    6. Para apoiar o trabalho das escolas e das secretarias de educação,a SaferNet, em parceria com o Governo do Reino Unido, oferece o curso “Segurança e Cidadania Digital em sala de aula”, formação online, autoinstrucional, com 40h, que é oferecida no Avamec para que educadores estejam preparados para lidar e orientar sobre  temas relacionados à saúde emocional, privacidade, segurança, respeito e empatia nas redes e relacionamentos seguros online. Este curso integra o projeto da Disciplina de Cidadania Digital, criado para oferecer suporte aos professores, escolas e secretarias de educação na implementação de um currículo sobre segurança, cultura e cidadania digital para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, como orienta a BNCC e outros marcos normativos, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados;
    7. Com a proibição, às escolas e toda a comunidade escolar não estarão imunes a todos os problemas advindos do uso não consciente, não crítico e não responsável das tecnologias, ainda que fora das escolas. Diante da implementação, é fundamental que as medidas do MEC sejam apenas um primeiro passo em direção às mudanças que queremos, garantindo que as ações não se limitem à restrição do uso, mas integrem políticas amplas de proteção a crianças e adolescentes. Para isso, faz-se necessário o engajamento de diferentes setores – educação, saúde, assistência social e famílias – na construção de estratégias que articulem prevenção, promoção e assistência, assegurando que a escola se fortaleça como um ambiente seguro, saudável e inclusivo, que promova a participação e o desenvolvimento integral dos estudantes.

    A SaferNet Brasil também reafirma o seu compromisso em continuar trabalhando com as redes de ensino, o Ministério da Educação e a Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República na implementação das novas diretrizes que estão sendo propostas.

    Publicado em 31/01/2025

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