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  • SaferNet Brasil e CNMP firmam acordo para fortalecer a proteção de direitos humanos no ambiente digital

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 1 mês 3 semanas atrás

    A SaferNet Brasil assinou hoje (10/09) com o Conselho Nacional do Ministério Público acordo de cooperação para permitir que membros de todos os MPs do país acessem, com segurança, informações da base de dados da ONG para subsidiar a apuração de crimes e ações de prevenção às violações de direitos humanos no ambiente digital. 

    Em quase 20 anos de atuação, a SaferNet processou mais de 5 milhões de denúncias de violações de direitos humanos na internet, sendo que até o final de 2024, mais de 2,1 milhões foram de conteúdo relacionado a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 

    O sistema da SaferNet permite o anonimato do denunciante que, ao acessar a plataforma www.denuncie.org.br , seleciona um dos nove tipos de violação de direitos humanos e maus tratos contra animais, cola o link da página com o conteúdo suspeito, escreve um comentário se achar pertinente e envia a denúncia. São apenas 3 cliques para completar uma denúncia. O processo é fácil, rápido e anônimo.

    Além de conteúdos de abuso e exploração sexual infantil, o cidadão pode denunciar os crimes de racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida, xenofobia, neonazismo, intolerância religiosa, lgbtfobia, tráfico de pessoas, violência ou discriminação contra mulheres e maus tratos contra animais. 

    A SaferNet seguirá com a cooperação que já mantém com o Ministério Público Federal, iniciada há mais de 19 anos, e cuja versão atual data de 2017. Pelo acordo com o MPF, a ONG processa as cerca de 200 a 300 denúncias que recebe diariamente em colaboração com o Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF em São Paulo. Nesse processamento são excluídas denúncias repetidas, por exemplo. Apenas em 2024, o MPF instaurou cerca de 1000 procedimentos de investigação a partir das denúncias que a SaferNet Brasil recebeu. 

    Sem custos

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, destacou em sua fala, durante a assinatura do acordo (veja como foi), realizada durante o evento “Infância em Primeiro Plano: Estratégias Eficazes de Atuação”, durante a programação do Circuito CNMP 2025, em Brasília, o fato de que o acordo não tem impacto orçamentário para o Poder Público, pois não há transferência de recursos entre a ONG e o CNMP. 

    “O que assinamos hoje é mais do que um documento: é um compromisso público com a proteção integral de crianças e adolescentes e com a cidadania digital de toda a sociedade brasileira. O CNMP aporta sua capilaridade institucional e sua missão constitucional; a SaferNet aporta tecnologia, dados e expertise acumulada ao longo de duas décadas de atuação na defesa e promoção dos direitos humanos em ambientes digitais. Juntos, transformaremos dados em evidências, evidências em ações e ações em resultados para quem mais precisa de proteção”, afirmou Tavares.

    “A Safernet Brasil já possui um acordo muito eficiente com o Ministério Público Federal. Em apenas 2024, instaurou-se mais de 1.000 procedimentos de investigação criminal a partir das notícias trazidas pela Safernet. Por isso, é de suma relevância a celebração desse acordo agora com o CNMP, que amplia o escopo da colaboração e permite que todo o Ministério Público Brasileiro tenha acesso a esses dados (...) Ao enfrentar a violência no ambiente digital, nós garantimos que nossas crianças e adolescentes possam crescer em contextos seguros e acolhedores”, afirmou o promotor de Justiça Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Secretário-Geral do CNMP e signatário do acordo.

    “Importantíssimo o acordo do CNMP com a SaferNet. O MPF já tem acesso à base de denúncias da SaferNet, que integra a base do InHope, desde 2017, o que tem permitido a abertura de inúmeras investigações sobre abuso sexual de crianças e adolescentes na Internet e o resgate de vítimas. Com isso, todos os Ministérios Públicos passarão a contar com essa vasta fonte de informações para robustecer suas investigações e fortalecer o combate a esse crime devastador”, afirmou Fernanda Domingos, coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate aos Crimes Cibernéticos e Crimes Cometidos por meio das Tecnologias de Informação, do MPF.

    Educação faz parte do acordo

    O acordo entre o CNMP e a Safernet prevê também ações de educação alinhadas a marcos legais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Política Nacional de Educação Digital (PNED) e diretrizes recentes sobre o uso pedagógico de dispositivos digitais. Confira os principais pontos: 

    1. Capacitação e sensibilização dos membros do MP: a SaferNet realizará 10 webinars para apresentação do sistema de denúncias e discussão de diretrizes de atuação;

    2. Acesso qualificado à informação por meio de credenciais digitais para consulta on-line ao sistema de recepção de denúncias da SaferNet, que registrou mais de 5 milhões de denúncias ao longo dos últimos 19 anos; 

    3. Formação continuada nas redes de ensino: a meta é promover, no mínimo, duas turmas de formação por ano para profissionais da educação e estudantes, com foco em Segurança e Cidadania Digital, Educação Midiática e proteção de crianças e adolescentes na internet; 

    4. Ações educativas regulares (quatro por ano), priorizando formatos remotos para alcançar mais pessoas, com atuação técnica de especialistas da SaferNet ao lado de equipes do Ministério Público e das Secretarias de Educação;

    5. Ampliação do alcance nacional: a SaferNet espera firmar parcerias com, no mínimo, 50% dos Ministérios Públicos Estaduais e suas Secretarias de Educação ao longo da vigência do acordo (5 anos), fomentando a adesão e o engajamento locais.

    Veja fotos da assinatura do acordo

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br, o Helpline, para o acolhimento e orientação às vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet entrou este ano para o grupo dos hotlines que mais contribuíram globalmente para a detecção de páginas com material de abuso sexual infantil, a partir de denúncias e de busca pró-ativa com ferramentas de detecção, segundo o último relatório global do InHope, associação internacional que reune 57 canais de denúncia em 52 países. 

    Texto publicado em 10/09/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
    E-mail: imprensa@safernet.org.br 

     

  • Disciplina de Cidadania Digital ultrapassa os 100 mil estudantes impactados

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 3 semanas atrás

    A Disciplina de Cidadania Digital, projeto da SaferNet em parceria com o Governo do Reino Unido, alcançou neste mês de setembro mais de 100 mil estudantes impactados em todo o Brasil. 

    Mais exatamente, 101.849 estudantes, a maioria do ensino médio, de 817 escolas de todo o país, a maioria estaduais, em 513 municípios de todas as 27 unidades federativas, tiveram contato com o conteúdo do projeto desde o início de sua implementação, em 2023.

    A Disciplina de Cidadania Digital é um programa completo de recursos pedagógicos (com planos de aulas, curso para professores, apoio e prêmio para escolas) que já está em seu terceiro ano nas escolas. Os planos de aula podem ser ministrados nos dois últimos anos do Ensino Fundamental e durante o Ensino Médio por educadores de qualquer área de conhecimento. A disciplina pode ser usada em todo ou em parte e pode ser adaptada inclusive em situações de internet indisponível ou intermitente. 

    O projeto busca apoiar professores, escolas da rede pública e secretarias de educação na implementação de um componente curricular que prepare estudantes para o uso seguro, ético, saudável e responsável das tecnologias. Todas as iniciativas do projeto estão alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular, com o eixo de cultura digital da BNCC Computação, e com as recentes Diretrizes de Educação Digital e Midiática do MEC. Vale lembrar que o tema também é tratado no recentemente aprovado ECA Digital (PL 2628), que estabelece a educação digital como um dos princípios do uso de tecnologia por crianças e adolescentes. 

    Cinco estados respondem pela maioria dos alunos do projeto. Na Bahia foram 18.131 impactados. O estado do nordeste é seguido por Santa Catarina, com 12.667 estudantes, depois São Paulo (11.095), Paraíba (10.178) e Maranhão (9.385). Os dados por Estado podem ser vistosr no mapa interativo dos indicadores do projeto.

    “O marco dos 100 mil estudantes impactados com o projeto é o resultado de um trabalho coletivo que envolve centenas de professores e professoras engajados, além de parcerias com secretarias de educação que já entenderam que a cidadania digital é um requisito para a formação integral dos estudantes hoje. A educação digital é, inclusive, defendida no recém-aprovado ECA Digital (PL 2628) como um princípio da proteção online de crianças e adolescentes. Já temos normas e diretrizes para isso, mas o desafio nas escolas é justamente tornar essa educação algo real”, afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador da Disciplina de Cidadania Digital.

    Planos de aula

    O projeto disponibiliza gratuitamente um caderno digital com mais de 300 páginas de planos de aula completos para professores da rede pública. Os roteiros foram criados com o apoio de educadores e estudantes e contam com passo a passo detalhado para as aulas, slides de apoio, vídeos, jogos e outros recursos, além de sugestões de adaptações e formas de avaliar os estudantes. Entre os temas encontrados no caderno estão o combate ao ciberbullying e discursos de ódio online, estratégias para uso saudável da tecnologia, reflexões sobre riscos em jogos e redes sociais e ética na inteligência artificial.

    Para todas as aulas, os professores encontram as habilidades e competências da BNCC que serão trabalhadas, garantindo um aprendizado alinhado às diretrizes de educação e outros marcos legais. Além do caderno completo, os professores também podem pesquisar e baixar os planos individualmente, de acordo com os temas, no repositório digital.

    Curso de formação

    Em julho, a SaferNet lançou a segunda edição, revista e atualizada, do curso de formação “Segurança e Cidadania Digital em Sala de Aula”, na plataforma Avamec, do Ministério da Educação (MEC). Somando a 1ª e a 2ª edição, a formação já teve 41,7 mil educadores matriculados. 

    O curso foi criado para treinar os professores que aplicam os conteúdos do caderno de aula nas escolas, e integra a Estratégia Nacional Escolas Conectadas do Governo Federal, sendo indicado pelo MEC para o desenvolvimento de habilidades digitais de professores.

    O curso passou de 40h para 60h e a nova edição recebeu o acréscimo de um módulo de Educação Midiática no qual são abordados temas como inteligência artificial, as diferentes formas de se consumir informação e a responsabilidade dos influenciadores digitais. 

    Prêmios aos professores

    Nestes três anos de implementação da Disciplina de Cidadania Digital, a SaferNet realizou duas edições do Prêmio Cidadania Digital em Ação, cujos vencedores foram anunciados no Dia da Internet Segura de 2024 e 2025. 

    O prêmio visa celebrar professoras e professores de escolas públicas que, por meio de metodologias inovadoras e participativas, promoveram a transformação social e o engajamento de estudantes a se tornarem cidadãos críticos e conscientes nos ambientes digitais. 

    Em 2024 e 2025 foram premiados professores que enviaram relatos criativos e inovadores destacando o protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e boas práticas pedagógicas. 

    Em 2024, o vencedor foi o professor João Paulo Freitas de Oliveira, do Instituto Federal da Paraíba, campus Cajazeiras. Em 2025, venceu o prêmio o professor Reginaldo Silva Araújo, do Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos, de Seabra, na Bahia. As duas edições do prêmio também reconheceram iniciativas de professores de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte e Ceará. 

    A edição de 2026 já está garantida e o regulamento e cronograma serão divulgados em breve, mas já está certo que o prêmio novamente será entregue durante a programação do evento principal do Dia da Internet Segura 2026. 

    Histórias de transformação

    Independentemente de prêmios, a SaferNet dá espaço no site da Disciplina de Cidadania Digital para casos de sucesso em sala de aula, como o da professora Leila Pereira e sua turma na Escola Estadual Mirna Elisa Bonazzi, do Programa de Ensino Integral, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

    De fato, a história de Leila e sua turma é um sucesso dentro e fora da escola, pois os alunos se tornaram multiplicadores dos conteúdos desenvolvidos em classe e levaram o que aprenderam para casa. 

    “Meu avô, sem querer, baixou o aplicativo ‘do tigrinho’, e apareceu lá para ele depositar um dinheiro. Aí eu aconselhei ele a não fazer isso e desinstalei do celular dele, depois de conversar com ele. Ele não baixou mais” compartilhou L, que, durante a disciplina aprendeu sobre o design manipulativo das plataformas, como é o caso de páginas de apostas e jogos, capazes de reter a atenção e simular um ambiente lúdico. 

    O próximo passo de Leila e sua turma será levar esses conhecimentos obtidos com a Disciplina de Cidadania Digital para outros alunos da escola. Uma roda de conversa está sendo organizada pelos alunos com colegas de outras salas para iniciar esta etapa de multiplicação do conhecimento. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br , o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet mantém o quinto hotline que mais coopera com hotlines de outros países no combate à proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 08/09/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
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  • SaferNet e Google promovem formação gratuita sobre supervisão familiar e controle parental

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 1 mês 4 semanas atrás

    A Safernet Brasil, em parceria com o Google, realizará uma formação continuada online ao longo do segundo semestre de 2025 para apoiar pais, responsáveis, educadores e demais pessoas interessadas na conscientização sobre supervisão familiar e ferramentas de controle parental, essenciais para que crianças e adolescentes possam fazer um uso consciente, seguro e ético da internet. 

    Lidar com as tecnologias digitais pode ser desafiador, por isso a SaferNet deseja promover reflexões e trazer dicas práticas para a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. 

    Segundo pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apenas 3 em cada 10 pais usam ferramentas de mediação parental. O número diminui, porém, quando a pesquisa questiona se os pais usam ferramentas que limitam o tempo de tela dos filhos: apenas 24% responderam sim. Outra pesquisa, encomendada pelo Google, mostra que só 17% dos pais no Brasil usam ferramentas de controle. 

    No próximo dia 10 (quarta-feira), a SaferNet abre a série com "Famílias Conectadas: uma conversa sobre supervisão familiar e ferramentas de controle parental" que será transmitida entre 19h e 20h (horário de Brasília) no canal da Safernet, no YouTube.

    A formação é continuada e terá novos encontros. Detalhes e datas das próximas etapas serão anunciadas nas redes sociais e no site da SaferNet. 

    Além de pais e responsáveis, essa formação é voltada também para educadores; profissionais da educação e demais pessoas interessadas no tema.

    A formação abordará introdução à supervisão familiar; noções de privacidade e segurança; abandono digital de crianças e adolescentes e como utilizar ferramentas de controle parental.

    Certificado de participação será emitido aos participantes. Orientações sobre como obter o documento serão compartilhadas ao final da transmissão.

    Para participar, é necessário se inscrever através do formulário: https://bit.ly/live-supervisao-familiar

    A formação será conduzida pelas psicólogas Juliana Cunha, diretora de Projetos Especiais da SaferNet, e Bianca Orrico, que atua no canal de ajuda e na área de Educação da SaferNet. 

    Juliana Cunha é mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com 15 anos de experiência clínica com adolescentes e jovens e como professora de Psicologia e Tecnologia. Na SaferNet Brasil, é diretora de projetos especiais, com foco em empoderamento e segurança de crianças, adolescentes, jovens e mulheres. É responsável pelo Helpline, serviço nacional que oferece orientação online sobre o uso seguro da Internet;

    Bianca Orrico é doutora em Estudos da Criança pela Universidade do Minho (Portugal) e Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de Coimbra (Portugal). Na SaferNet Brasil, atua desde 2012 na equipe do canal de ajuda e na área de educação, desenvolvendo materiais pedagógicos, palestras de conscientização sobre uso crítico e responsável da Internet e suporte a educadores na aplicação da Disciplina sobre Cidadania Digital. É membro suplente do Conanda. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br , o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet mantém o quinto hotline que mais coopera com hotlines de outros países no combate à proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 04/09/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
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  • SaferNet Brasil alerta que 64% das denúncias recebidas em 2025 são de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet

    / / Crimes na Web / Por guilherme / 2 meses 1 semana atrás

    A SaferNet Brasil divulgou relatório que evidencia o agravamento da violência sexual contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. Entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2025, o Canal Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos registrou 49.336 denúncias anônimas de abuso e exploração sexual infantil, correspondendo a 64% do total de notificações no período, que foi de 76997 denúncias.

    Até 31 de dezembro de 2024, 19 anos de série histórica, o canal da SaferNet recebeu o total de 4.936.655 denúncias. Desse total, 2.153.069 denúncias foram de links contendo imagens de abuso e exploração sexual infantil (43,6% do total). Os números dos primeiros sete meses de 2025 demonstram a evidência que o tema do abuso e a exploração sexual infantil na internet volta a ter.  

    O relatório destaca duas tendências críticas: 

    • 1) o aumento expressivo das denúncias após a publicação do vídeo “Adultização”, do influenciador Felca, que até esta quarta-feira (20) teve 47 milhões de visualizações, gerou um recorde histórico em agosto e estimulou debates legislativos sobre a proteção infantojuvenil; 
    • 2) o uso crescente da inteligência artificial generativa para criar material de abuso sexual infantil, tanto por meio da manipulação de imagens reais quanto da produção de conteúdos hiper-realistas totalmente sintéticos.


    Dados revelam cenário crítico

    Entre janeiro e julho de 2025, o Canal Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet Brasil registrou 49.336 denúncias anônimas de abuso e exploração sexual infantil, classificadas como pornografia infantil, um crescimento de 18,9% em relação ao mesmo período de 2024. O total de denúncias recebidas em 2024 corresponde a 64% de todas as notificações recebidas no período, confirmando a centralidade desse crime no ambiente digital brasileiro. 

    Entre 6 a 18 de agosto, as denúncias atingiram um pico, em sintonia com a publicação do vídeo “Adultização”, do influenciador Felca. Foram mais de 6 mil registros apenas no mês, e 52% deles ocorreram após a viralização do vídeo, demonstrando como a mobilização social impacta diretamente na visibilidade desse tipo de violência online.

    Gráfico de linha intitulado "Denúncias explodem desde o vídeo 'Adultização'". O subtítulo informa que mais da metade das denúncias recebidas pela SaferNet em agosto (52%) ocorreu após o vídeo-viral, somando 3.246 registros. O gráfico mostra o número de denúncias diárias de 5 a 18 de agosto. Uma linha pontilhada vertical em 6 de agosto indica a data de publicação do vídeo. Os números de denúncias são os seguintes: dia 5 (160), dia 6 (170), dia 7 (372), dia 8 (212), dia 9 (182), dia 10 (193), dia 11 (pico de 522), dia 12 (194), dia 13 (147), dia 14 (155), dia 15 (pico de 465), dia 16 (138), dia 17 (140) e dia 18 (196). A linha do gráfico mostra picos acentuados após a publicação do vídeo. A fonte dos dados é a Central de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet Brasil. O logo da SaferNet está no canto inferior direito.

     

    Repercussão política e regulação

    O relatório contextualiza os dados no cenário regulatório brasileiro, em especial o debate do PL 2.628/2022 — apelidada de Lei de Proteção de Crianças e Adolescentes no Ambiente Digital, que propõe deveres específicos para plataformas, como bloqueio de conteúdos de abuso sexual infantil, restrições a sistemas de recomendação de conteúdos (por exemplo, via algoritmos) e regras de controle parental.

    A SaferNet também analisa o modelo de notificação e retirada de conteúdo (notice and take down), vigente no Brasil, em contraste com a notificação e tomada de ação (notice and take action), previsto na Lei de Serviços Digitais europeia (Digital Services Act). A avaliação ressalta que respostas proporcionais e graduadas, além da simples remoção, podem ser mais eficazes no combate a conteúdos nocivos, sem comprometer direitos fundamentais como a liberdade de expressão.


    IA e exploração sexual infantil: riscos emergentes

    A SaferNet classifica como “material de abuso ou exploração sexual infantil” todos os conteúdos que retratam ou simulam violência sexual contra crianças e adolescentes. No caso da IA generativa, esses materiais incluem fotografias manipuladas, deepfakes e imagens artificiais criadas a partir de comandos de texto. O artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente já prevê pena de 1 a 3 anos de prisão para imagens de abuso e exploração sexual infantil manipuladas. 

    A organização alerta que a facilidade de criação e a escala industrial de disseminação tornam esse tipo de crime particularmente desafiador para as autoridades, plataformas digitais e órgãos de fiscalização. 

    “Tratar conteúdos sintéticos como ‘menos graves’ é um erro. O impacto psicológico e social é comparável ao de abusos com vítimas reais. A IA amplia o alcance da violência e acelera sua circulação em redes sociais, sites e aplicativos de mensagens”, afirma Juliana Cunha, diretora da SaferNet e coordenadora da pesquisa em andamento sobre o tema.


    Pesquisa inédita e chamada pública

    Com apoio do fundo internacional Safe Online, iniciativa global da End Violence Against Children que financia projetos voltados à proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais, a SaferNet iniciou em julho de 2025 um estudo qualitativo para mensurar o impacto da IA generativa a partir da perspectiva dos adolescentes. O objetivo é fornecer evidências para subsidiar decisões de empresas de tecnologia, sociedade civil e poder público, superando o viés de respostas puramente punitivas.

    Para Juliana Cunha, diretora da SaferNet e responsável pela pesquisa, trata-se de um fenômeno recente e em rápida evolução — o que abre uma janela de oportunidade para propor respostas mais eficazes, baseadas em evidências. “O resultado desta pesquisa será a proposição de recomendações acionáveis para diferentes atores: empresas de tecnologia, que devem prevenir e mitigar riscos; o poder público, responsável por regular e fiscalizar; e a sociedade civil, que precisa atuar na conscientização e na denúncia.”

    Considerando a relevância do problema, a SaferNet abriu uma chamada pública para receber relatos de adolescentes, menores de 18 anos, que tenham sido vítimas da criação de imagens não consensuais com uso de inteligência artificial, bem como de pessoas que tenham conhecimento de tais situações, a fim de subsidiar a produção de evidências, recomendações e políticas de proteção mais eficazes. 

    A participação é possível através do canal de ajuda da SaferNet ou por um formulário especializado para recebimento de denúncias de deepfakes entre adolescentes: bit.ly/pesquisadeepfake 

    Leia a íntegra do relatório da SaferNet aqui.


    Sobre a SaferNet Brasil

    A SaferNet, ONG brasileira referência na promoção dos direitos humanos na internet, completa 20 anos em dezembro de 2025. Ao longo de sua trajetória, adotou uma abordagem multissetorial para enfrentar crimes cibernéticos contra os direitos hreal" é um erroumanos, acolher vítimas de violência online e desenvolver programas de educação, prevenção e conscientização.

    A SaferNet é responsável pelo Canal Nacional de Denúncias (www.denuncie.org.br), conveniado ao Ministério Público Federal, e pelo Canal de Ajuda (www.ajuda.org.br), o Helpline, voltado às vítimas de violência e outros problemas no ambiente digital. Também promove o uso seguro da internet por meio de iniciativas como a Disciplina de Cidadania Digital. Reconhecida internacionalmente, a SaferNet opera o quinto hotline mais atuante do mundo na cooperação com redes de outros países para combater a proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 20/08/2025

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    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa - SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521

  • Denúncias à SaferNet de abuso e exploração sexual infantil na internet aumentam 114% após vídeo-viral de Felca

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás


    O número de denúncias de “pornografia infantil” recebidas pela SaferNet aumentou 114% desde que o influenciador Felca denunciou como criadores de conteúdo ganham dinheiro explorando vídeos nas redes sociais com conteúdos de teor sexual envolvendo crianças e adolescentes.

    A medição foi realizada nesta terça-feira (12) no sistema de denúncias da ONG, que mantém há quase 20 anos o Canal Nacional de Denúncias de Crimes e Violações a Direitos Humanos na Web. Entre 6 de agosto, data em que foi postado o vídeo, e as 0h desta terça-feira (12 de agosto), a SaferNet recebeu 1651 denúncias únicas. No mesmo período do ano passado, o hotline da organização havia recebido 770 denúncias, um aumento de 114%. 

     

    Para efeito de comparação, a SaferNet levantou os números do primeiro semestre de 2025 (28.344 denúncias) em relação ao primeiro semestre de 2024 (23.799 denúncias). O aumento de “pornografia infantil” entre um ano e outro havia sido, portanto, de apenas 19%, considerado normal após a queda de 26% registrada em 2024. 


    Denúncias únicas são as denúncias que a SaferNet recebe de forma anônima de usuários da internet e disponibiliza ao Ministério Público Federal, após a filtragem que realiza. Nessa avaliação, a SaferNet coleta evidências, exclui os links repetidos e agrupa os comentários recebidos com os links. A análise do mérito (do teor dos links denunciados e se há indício de crime) é feita por técnicos e analistas do  MPF, órgão federal com atribuição legal para iniciar e conduzir investigações cíveis e criminais em temas de direitos humanos. 

    Segundo Thiago Tavares, presidente da SaferNet, esse crescimento de denúncias de imagens de abuso de exploração sexual infantil na internet em agosto é efeito do vídeo viral de Felca. "Há anos, o tema do abuso sexual infantil online não gerava um debate tão grande na sociedade brasileira, e a repercussão do vídeo, obviamente, estimulou as pessoas a denunciar".

    Em seu vídeo viral Adultização, Felca apontou duas questões que a SaferNet vem denunciando sistematicamente desde o ano passado: o uso do Telegram como plataforma para distribuir e vender os vídeos produtos dos abusos e exploração das crianças, e o uso por esses criminosos de acrônimos, siglas e emojis para falar desse tipo de conteúdo sem chamar atenção, tanto ao vender as imagens dos abusos, quanto para aliciar novas vítimas. É o caso, por exemplo, da sigla cp (child porn), encontrada em vários grupos de troca e venda de “pornografia infantil” e mostrada no vídeo viral do influenciador. 

    A SaferNet não recomenda o uso da expressão “pornografia infantil”. O uso da expressão “pornografia” minimiza a gravidade que têm esses crimes. A posse, o registro, a distribuição e a venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil perpetuam e multiplicam a dor de crimes mais graves: o estupro, o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Saiba mais em nosso miniguia sobre como falar de violência sexual. Observação importante: no formulário de denúncias a SaferNet segue usando a expressão mencionada, pois essa nomenclatura aparece no texto da lei.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. 

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br , conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda.org.br, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital.

    A SaferNet mantém o quinto hotline que mais coopera com hotlines de outros países no combate à proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 14/08/2025

    Mais informações à imprensa

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

    SaferNet Brasil
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  • SaferNet lança Play na Consciência, material sobre riscos de bets na Semana Nacional das Juventudes, em Brasília

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 2 meses 2 semanas atrás

    Nesta terça-feira, 12 de agosto, foi celebrado o dia internacional da juventude. Em Brasília, durante o Seminário Nacional das Juventudes, a SaferNet lançou o material educativo “Play na Consciência” sobre riscos em jogos de apostas online, que passará a integrar o acervo de materiais do projeto Cidadão Digital. 

     

    A participação da SaferNet no Seminário Nacional das Juventudes, que aconteceu em Brasília, foi no painel “Desafios para o Bem-estar das Juventudes do Brasil”, nesta terça-feira, na Universidade de Brasília (UnB). A novidade foi apresentada pelo assistente de projetos da ONG, Gustavo Barreto, também membro do Conselho Nacional da Juventude. 

     

    Dê um “Play na Consciência”. 

     

    O Cidadão Digital é um programa de educação entre pares, criado em 2020, que trata de temas relacionados à cidadania digital. 

     

    Os temas das atividades são definidos pela escola junto com a Safernet dentre quatro eixos temáticos pré-definidos:

    Segurança, privacidade, criptografia e reputação online;

    Respeito, empatia e relações seguras na internet;

    Bem-estar e saúde emocional online;

    Educação midiática e combate à desinformação.

    Nas quatro edições anteriores, 59 jovens, de todos os estados brasileiros, foram selecionados como embaixadores e co-criaram com a SaferNet 2125 atividades educacionais que beneficiaram 215 mil jovens e adolescentes e 70 mil educadores pelo país. 

    A atual edição do Cidadão Digital foi prorrogada até dezembro de 2025. 

    Texto publicado em 13/08/2025

    Mais informações: 

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

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