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  • Nota Pública sobre a proibição do uso de celulares nas escolas

    / / Segurança Digital / Por julianacunha / 3 meses 1 semana atrás

    Considerando a recente aprovação da Lei 15.100, de 13 de Janeiro de 2025, que restringe o uso de celulares nas escolas.

    Considerando que nos últimos anos, especialmente no contexto de pós-pandemia, tem-se gerado um intenso debate sobre os impactos do uso de telas para saúde e bem estar de crianças e adolescentes.

    Considerando que a Base Nacional Comum Curricular estabelece, desde 2017 — reforçado com o complemento de Computação, de 2022 — a necessidade de que em toda a educação básica os debates sobre cultura digital e o uso seguro e consciente das tecnologias estejam presentes nos currículos.

    Considerando que, em 2024, foi constituído um grupo de trabalho pela Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, com a participação de sete ministérios, além de 20 integrantes da sociedade civil e de especialistas, incluindo a SaferNet Brasil, com objetivo de contribuir com a elaboração de um Guia para Uso Consciente de Telas e Dispositivos Digitais por Crianças e Adolescentes, ainda a ser lançado.

    A SaferNet vem a público se manifestar:

    1. É consenso que o uso do celular durante as aulas gera desconcentração, dificulta o trabalho dos professores, e fomenta o uso para fins não saudáveis (como ciberbullying e jogos de azar). São usos prejudiciais que têm atrapalhado o ensino-aprendizagem e são fomentados pelo hiperestímulo que esses dispositivos oferecem, em especial nas redes sociais;
    2. Também é consenso que, por outro lado, o celular é o dispositivo mais utilizado por todos, incluindo adolescentes, para acesso a serviços digitais cotidianos, como efetuar um pagamento por Pix na lanchonete da escola, acessar emails, armazenar documentos e livros digitais, e acessar serviços públicos fundamentais para o exercício da cidadania, como a carteira de vacinação no Connect SUS, dentre outros usos positivos e desejáveis, que devem ser incentivados;
    3. Algumas escolas já têm usado o celular de forma pedagógica, pensando em utilizar da ferramenta para criar aulas mais participativas. Alguns usos que podem ser mediados pelos professores: guiar pesquisas, acesso a conteúdos multimídia pedagógicos, criação de conteúdos digitais, acesso a plataformas educativas, acesso a ferramentas paradidáticas, jogos educativos;
    4. Para além desse uso como ferramenta, podemos pensar, ainda, na necessidade de orientar os estudantes sobre uso seguro, consciente, crítico e cidadão das tecnologias. A nova legislação também contempla a possibilidade de uso pedagógico dos celulares, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) desde 2017. É claro que o uso pedagógico é desafiador.. Esses desafios incluem a possibilidade de desconcentração dos estudantes, o acesso à internet wifi que pode não existir na escola ou ser insuficiente ou limitado, e mesmo a falta de habilidade do professor para mediar a atividade;
    5. Existem argumentos fortes para justificar a restrição do uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis pelos estudantes no ambiente escolar, como o estímulo para que elas e eles socializem fora das telas e os ganhos em concentração durante as aulas;
    6. É positivo também que haja uma brecha na proibição para os casos em que há uso pedagógico, para a inclusão de estudantes com deficiência e para atender a situações de emergência;
    7. Com a proibição, há também uma reflexão para professores e gestores de escolas e secretarias de educação. Limitar o uso de celulares não deve levar ao distanciamento das escolas de ter em seus currículos discussões que passam pelo uso seguro, consciente, crítico e saudável das tecnologias, questões essas que estão conectadas diretamente à formação cidadã dos estudantes e a defesa de seus direitos dentro e fora das escolas. Estamos falando de questões como ciberbullying, contato com conteúdos nocivos, uso excessivo, educação midiática, privacidade e proteção de dados, comportamentos de risco online, radicalização política, saúde mental, entre outros. Estes desafios persistem e transpassam o ambiente escolar. 
    8. Ainda sobre isso, vemos com muito otimismo o lançamento feito pelo Ministério da Educação dos guias com estratégias para implementação das medidas de restrições nas redes de ensino e escolas, e a divulgação dos cursos já existentes na plataforma Avamec e novas trilhas formativas de saúde mental nas escolas.

     

    Diante dos desafios para implementar as mudanças propostas na nova legislação, recomendamos:

    1. Que essa transição seja feita de forma acolhedora e planejada, com a participação de toda a comunidade escolar. Um bom ponto de partida é ouvir estudantes, professoras e professores e as famílias, para entender seus receios e expectativas e quais estratégias funcionam para o contexto específico de cada escola. A escola pode promover momentos de diálogo, como plantões de dúvidas, assembleias ou reuniões com grupos de representantes, criando um espaço para construir soluções coletivas e que permitam que todos os atores envolvidos se sintam ouvidos e representados. Isso contribui para a criação de um ciclo positivo de formação de cidadãos conscientes, críticos e responsáveis no uso das tecnologias digitais;
    2. A parceria entre escola e família é fundamental para criar hábitos digitais mais positivos. Essa é uma oportunidade para que as famílias reflitam e modifiquem seus próprios hábitos digitais e se engajem nesse movimento de mudança. As escolas podem manter canais de comunicação diretos com as famílias, além de convidar os/as responsáveis para momentos de diálogo e orientação sobre como é possível utilizar as tecnologias digitais de forma mais saudável e positiva;
    3. Promover espaços de socialização acolhedores para os estudantes para fortalecer vínculos, promover o bem-estar e contribuir para o seu desenvolvimento pleno e saudável. Em um país marcado por desigualdades, é fundamental considerar as especificidades de cada contexto, compreendendo o que é possível fazer em seus territórios para que crianças e adolescentes tenham acesso a ambientes que permitam o contato com a natureza, a prática de atividades físicas e momentos de interação social sem o uso de telas. Esses momentos não apenas favorecem a construção de relações mais saudáveis, mas também oferecem oportunidades para que crianças e adolescentes desenvolvam habilidades socioemocionais fundamentais para a resolução de problemas, autonomia e tomada de decisões.
    4. Para incentivar a participação de estudantes e estimular seu protagonismo com maior conscientização sobre riscos na Internet, a SaferNet oferece recursos em linguagem amigável para adolescentes e jovens sobre segurança digital, respeito e empatia, bem estar digital e educação midiática, como um curso de 25h na plataforma Avamec;
    5. Diante da proibição, torna-se ainda mais urgente apoiar professoras e professores, que estão muito sobrecarregados, investindo em formações continuadas, valorização profissional e em condições adequadas de infraestrutura e conectividade nas escolas. A formação continuada deve incluir tanto o uso da tecnologia na educação quanto da educação para o uso das tecnologias, de modo que eles/as desenvolvam práticas pedagógicas que permitam a criação de ambientes de aprendizagem que integrem o uso crítico e consciente das tecnologias digitais à formação dos estudantes;
    6. Para apoiar o trabalho das escolas e das secretarias de educação,a SaferNet, em parceria com o Governo do Reino Unido, oferece o curso “Segurança e Cidadania Digital em sala de aula”, formação online, autoinstrucional, com 40h, que é oferecida no Avamec para que educadores estejam preparados para lidar e orientar sobre  temas relacionados à saúde emocional, privacidade, segurança, respeito e empatia nas redes e relacionamentos seguros online. Este curso integra o projeto da Disciplina de Cidadania Digital, criado para oferecer suporte aos professores, escolas e secretarias de educação na implementação de um currículo sobre segurança, cultura e cidadania digital para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, como orienta a BNCC e outros marcos normativos, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados;
    7. Com a proibição, às escolas e toda a comunidade escolar não estarão imunes a todos os problemas advindos do uso não consciente, não crítico e não responsável das tecnologias, ainda que fora das escolas. Diante da implementação, é fundamental que as medidas do MEC sejam apenas um primeiro passo em direção às mudanças que queremos, garantindo que as ações não se limitem à restrição do uso, mas integrem políticas amplas de proteção a crianças e adolescentes. Para isso, faz-se necessário o engajamento de diferentes setores – educação, saúde, assistência social e famílias – na construção de estratégias que articulem prevenção, promoção e assistência, assegurando que a escola se fortaleça como um ambiente seguro, saudável e inclusivo, que promova a participação e o desenvolvimento integral dos estudantes.

    A SaferNet Brasil também reafirma o seu compromisso em continuar trabalhando com as redes de ensino, o Ministério da Educação e a Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República na implementação das novas diretrizes que estão sendo propostas.

    Publicado em 31/01/2025

  • G20 Social: SaferNet debate a Proteção Integral de Crianças na internet

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 4 meses 3 semanas atrás

    A SaferNet Brasil realizou durante o último G20 Social o debate “Prioridade Absoluta da Proteção Integral de Crianças no G20: Caminhos para a Governança Global” no qual representantes da Unicef Brasil, da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Ministério Público Federal, a Meta e o Conselho Nacional da Juventude debateram conosco sobre o tema proposto a partir dos compromissos firmados pelo Brasil na 1ª Conferência Global Ministerial para o Fim da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizada em Bogotá dias 7 e 8 de novembro. 

    O debate contou com a moderação de Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, e aconteceu no último dia 14, no Rio de Janeiro. 

    “Focamos o debate sobre violência sexual contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. Essa será uma oportunidade para a gente refletir sobre os compromissos assumidos, não só pelo Brasil, mas também por 119 países, durante a primeira Conferência Global Ministerial que ocorreu na semana passada em Bogotá”, explicou Tavares ao iniciar o debate.

    Veja o resumo em video da SaferNet sobre o debate. 

    Ideias para uma internet melhor para as crianças

    O evento foi aberto pela participação remota de MC Capelo, diretora de segurança para a América Latina, da Meta. Na sua fala, ela ressaltou projetos de rastreamento de vítimas de assédio “em escala”. 

    Segundo a representante da companhia responsável pelo Instagram, Whatsapp e Facebook, o time de segurança da Meta quando detecta potenciais vítimas de abusos interage com elas por meio de mensagens diretas, alertando sobre a possível ameaça e ensinando a potencial vítima a denunciar ou bloquear o potencial abusador. 

    Luiza Teixeira, chefe de proteção da Unicef Brasil, ressaltou o tamanho da reunião ministerial em Bogotá, da qual a SaferNet participou como convidada da organização. “Foi a primeira conferência internacional a tratar dessa temática. Estima-se que, inclusive, foi o maior evento da história a abordar a questão da violência contra crianças e adolescentes, com mais de 1.400 participantes em mais de 100 países presentes”, lembrou. 

    Segundo Luiza, os compromissos firmados pela ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) em Bogotá foram assumidos em nome do Estado brasileiro e vão requerer apoio da sociedade como um todo para serem cumpridos. “O momento é agora da gente se reunir e pensar como cada ator pode contribuir para garantir que a proteção integral de crianças e adolescentes seja garantida, seja uma realidade para cada menino, para cada menina no país, e, sobretudo, a gente consiga prevenir, de forma eficaz, a violência”, disse.

    Lucas José, secretário executivo da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência Sexual, lembrou que os compromissos firmados pelo Brasil em Bogotá ainda não viraram lei e, isso, ressaltou, “é uma oportunidade para criarmos uma institucionalidade para essa agenda e esses compromissos, (...) inclusive sobre aperfeiçoar a verificação etária no ambiente digital até 2026”, disse.

    A correta verificação da idade dos usuários de internet, lembrou Lucas José, ajudará “a limitar o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inadequados à idade e garantirá o direito à proteção de dados desses sujeitos e de estarem na internet e de exercerem ali o seu direito, inclusive à participação”. 

    A procuradora regional da República Neide Oliveira, que coordena o Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética, da Procuradoria Geral da República, ressaltou os quase 20 anos de parceria do Ministério Público Federal (MPF) com a SaferNet Brasil, que resultaram na realização de cursos conjuntos por todo o país. 

    Após quase 20 anos atuando sobre o tema, Neide sabe que não adianta apenas atuar na persecução penal de pessoas acusadas de violar direitos de crianças e adolescentes na rede e que é preciso prevenir. “A preocupação com a navegação segura na internet surgiu justamente como consequência do trabalho de investigação desses crimes. Percebemos que as crianças e adolescentes são vítimas também em virtude do desconhecimento das medidas de seguranças básicas e cuidados simples”, diz.

    Gustavo Barreto, assistente de projetos da SaferNet e conselheiro nacional da Juventude, como representante da sociedade civil, propôs uma atuação mais conjunta entre o Conselho Nacional da Juventude e o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), uma vez que ambos têm em comum o público adolescente de 15 a 18 anos, que recebe a atenção de ambos os conselhos. 

    Barreto lembrou ainda que no processo de escuta realizado durante a Conferência Nacional da Juventude, 175 mil jovens foram ouvidos e eles demandaram aulas de educação sexual no ensino médio (um tabu no país) e acesso a campanhas de combate à violência sexual. 

    Renato Flit, especialista da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, contou que esta área da Secom foi “criada para tratar da desinformação, do discurso de ódio e da regulação das plataformas”. 

    Flit coordena a área de proteção de direitos na rede, que está produzindo o guia

    de uso consciente das telas por crianças e adolescentes, que está sendo produzido de forma multissetorial, envolvendo sete ministérios e a sociedade civil, inclusive com a participação da SaferNet.

    Para Flit, a internet não foi criada pensando nas crianças. E isso, aliado à falta de regulação e o acesso a smartphones, “fazem com que as crianças entrem nesse universo e sofram todos os tipos de assédio, abuso, vícios, compulsões e outros transtornos. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil

    Assessoria de Imprensa

    Marcelo Oliveira

    11-98100-9521

  • França conhece projeto da Safernet em Escola no DF

    / Institucional / Segurança Digital / Por marcelo / 4 meses 3 semanas atrás

    À convite da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), uma delegação do CLEMI (Centre pour l'éducation aux médias et à l'information - Centro para Educação Midiática e Informação) foi conhecer como é a aplicação, na prática, da Disciplina de Cidadania Digital, da Safernet e do Governo do Reino Unido, em uma escola pública de Brasília. 

    O CLEMI é o órgão do Ministério da Educação francês responsável pelo desenvolvimento de formação em educação midiática no país. 

    Os dirigentes franceses estiveram no Centro de Ensino Médio 04, de Sobradinho II, em Brasília, escola que participou de uma atividade da Safernet na Semana Brasileira de Educação Midiática. 

    “Hoje foi um dia muito especial para a SaferNet. A equipe do CLEMI veio conhecer uma das escolas que fez parte do projeto da Disciplina de Cidadania Digital, para conhecer mais sobre a iniciativa e como as temáticas sobre o uso seguro de tecnologia têm sido abordadas nas escolas no Brasil”, afirmou Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet Brasil. 

    Segundo Serge Barbet, diretor do CLEMI, a visita permitiu ver que, apesar da distância, os problemas que os estudantes franceses e brasileiros enfrentam para poderem exercer seu direito de um uso seguro e cidadão da internet são semelhantes. 

    “Tivemos um diálogo extremamente rico com os alunos, e observamos, que, mesmo do outro lado do planeta, vivemos problemas semelhantes”. 

    A Disciplina de Cidadania Digital é um projeto financiado pelo Programa de Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP), do Governo Britânico. 

    De acordo com Mariana Cartaxo, diretora do DAP na Embaixada do Reino Unido no Brasil, visitar escolas que estão aplicando o projeto e trocar experiências é fundamental. “A ideia é que a gente consiga fazer esse intercâmbio cada vez mais próximo e poder estar próximo das comunidades também que estão implementando o nosso projeto”, afirmou.

    O estudante Yan Lucas de Araujo Costa, aluno do 2º ano Integral, citou a importância de aprender Cidadania Digital na escola. “É um conhecimento que podemos confiar. E tem sido muito incríveis essas aulas com o professor Marcelo Lima (professor de Tecnologias Digitais e Linguagem de Programação), já que a gente aprende muita coisa realmente útil, que pode ser aplicada no nosso cotidiano e de forma segura”, afirmou. Yan fez a leitura de uma carta, em francês, agradecendo a visita da delegação à escola. 

    A estudante Maria Eduarda Rodrigues Santos (2º ano em Tempo Integral) fez a leitura do mesmo documento em português. Em seguida, o estudante Edson Alves Aragão Filho (1º ano - vespertino) entregou um presente à delegação: a ilustração científica botânica de um ipê amarelo, símbolo da capital federal brasileira, aquarelado pela brasileira Dulce Nascimento (especialista em ilustração científica pelo Royal Botanic Gardens Kew - Londres).

    Já a estudante Isadora ressaltou a oportunidade de trocar informações com outros países e “ter a perspectiva de como é ensinado nos outros países, como é aplicada a metodologia”, afirmou. 

    Barbet ressaltou que, seja na França, ou no Brasil, a Educação em Cidadania Digital é um processo pelo qual “devemos formar cidadãos livres e esclarecidos, que tenham iniciativa sobre a informação que acessam, em vez de se deixarem dominar por ela”.

    Veja o álbum de fotos da visita. 

    Relação SaferNet/França

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, ressaltou que a ONG foi uma das primeiras organizações brasileiras a atender ao chamado do presidente Emmanuel Macron e assinar, em 2018, a Chamada de Paris por confiança e segurança na internet. Há anos, a SaferNet mantém com as autoridades francesas estreita colaboração visando tornar a internet um espaço mais seguro.

    Neste ano, em outubro, a SaferNet produziu um relatório sobre como o Telegram tem sido usado no Brasil para o compartilhamento e a venda de imagens de abuso e exploração sexual infantil. O documento foi encaminhado para autoridades francesas, uma vez que há, no país, um processo contra o dono da rede, Pavel Durov. 

    Disciplina pelo Brasil

    Em dois anos de aplicação no país, a Disciplina de Cidadania Digital já alcançou 356 escolas de 242 cidades, localizadas em 18 estados e no Distrito Federal. No momento, mais de 40 mil alunos tiveram acesso aos conteúdos da plataforma em sala de aula, ministrados por 416 professores.

    Em todas as unidades da federação, quase 22 mil professores se matricularam no Curso para Formação de Educadores da Disciplina, disponível no site do projeto e na Plataforma Avamec.

    Saiba detalhes de como está a aplicação do projeto pelo país em nosso mapa interativo.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 16/12/2024

    Safernet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Ministério dos Direitos Humanos reinicia os trabalhos do Comitê de Educação e Cultura em Direitos Humanos

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 5 meses 1 semana atrás

    O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reiniciou os trabalhos do Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos (CNEDH), na última quinta-feira (28/11), em solenidade com a presença da ministra Macaé Evaristo. 

     

    Em seguida, foi realizada a primeira reunião da atual composição do colegiado. O comitê foi criado em 2003 e havia sido interrompido na gestão anterior do governo federal.

     

    A SaferNet integra o comitê na atual gestão como representante eleita da sociedade civil. Na atual gestão, conforme o decreto presidencial de dezembro de 2023, o comitê ampliou suas atribuições e passou a chamar-se Comitê Nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos. 

     

    Integrará o comitê, pela SaferNet, o gerente de projetos de Educação da ONG, Guilherme Alves. Sua suplente será a psicóloga Bianca Orrico, que atua na área de Educação da ONG e também no canal de ajuda da instituição. Ambos estiveram presentes na sessão de reinauguração do comitê. 

     

    Na divisão de trabalho estabelecida pelo comitê na reunião, a SaferNet está nos grupos de trabalho de Educação Básica e de Mídia e Cidadania Digital, que terão como primeira atribuição a atualização do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, lançado em 2006. 

     

    “Foram dois dias muito produtivos. É incrível poder trabalhar ao lado de gente que está na luta pelos direitos humanos no Brasill há 20, 30, 40 anos, além de também estar ao lado de organizações mais jovens. Conversamos com quem construiu o primeiro plano lá em 2003 e vemos que existe muita sinergia no grupo nos desafios para tratar de direitos humanos hoje. Nosso papel na atualização do Plano será o de incluir os ambientes digitais na discussão, entendendo que, hoje, não é possível falar em direitos humanos sem incluir tópicos de uso seguro e consciente das tecnologias, como discurso de ódio online, ciberbullying e circulação de conteúdos extremistas e violentos. Esses são temas que ganharam mais importância nos últimos anos e não estavam incluídos na primeira versão do plano”, afirmou Guilherme sobre os dias de trabalho em Brasília com o Comitê.

     

    Responsável por subsidiar a formulação, a implementação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas de Educação em Direitos Humanos (EDH), o colegiado tem função central na consolidação da Política Nacional de Direitos Humanos. 

     

    “O Brasil é pioneiro, porque o programa, criado em 1996, é o terceiro do mundo e da América Latina”, recorda Maria Nazaré Tavares Zenaide, da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (ReBEDH), que atua no comitê desde 2003.

     

    Letícia Cesarino, chefe da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, ressaltou que a restauração do colegiado é uma demonstração do compromisso do Ministério com a pauta. 

     

    “Esse é um dos nossos sonhos da atual gestão, recuperando a participação social no âmbito da educação e direitos humanos". Letícia acrescentou que a pasta atuará na proposição e no apoio à implementação das diretrizes nacionais e na articulação das ações de capacitação de agentes públicos em direitos humanos.

     

    Sobre a SaferNet

     

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

     

    Texto publicado em 02/12/2024

     

    Safernet Brasil
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    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

     

  • Cidadão Digital renova equipe de embaixadoras para quinta edição do programa

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 5 meses 2 semanas atrás

    Na edição 2024/2025, o programa buscará fortalecer as políticas de educação para cidadania digital e vai atender jovens do ensino fundamental II ao superior

    A SaferNet Brasil concluiu a seleção e terá três estudantes como embaixadoras do programa Cidadão Digital, que está iniciando neste mês de novembro sua edição 2024/25, a quinta desde o início do projeto, que tem apoio da Meta. 

    O Cidadão Digital é um programa de educação entre pares em temas relacionados à cidadania digital criado em 2020. Nesta edição, jovens de 18 a 24 anos serão treinados para conduzir atividades para ajudar outros jovens a terem melhores experiências digitais. 

    Os temas das atividades são definidos pela escola junto com a Safernet dentre quatro eixos temáticos pré-definidos:

    • Segurança, privacidade, criptografia e reputação online;
    • Respeito, empatia e relações seguras na internet;
    • Bem-estar e saúde emocional online;
    • Educação midiática e combate à desinformação.

    Nas quatro edições anteriores, 59 jovens, de todos os estados brasileiros, foram selecionados como embaixadores e co-criaram com a SaferNet 2125 atividades educacionais que beneficiaram 215 mil jovens e adolescentes e 70 mil educadores pelo país. 

    Este ano, o programa passou por uma grande renovação. “Nós teremos embaixadoras jovens, as mais jovens de todas as edições, a Júlia, por exemplo, está ainda no ensino médio. A gente está dando mais atenção para ações na região norte, que é uma região que traz muitos desafios de conectividade e é importante que a gente possa oferecer atividades continuadas na região. E com uma embaixadora em Belém já estamos articulando com escolas e outras organizações para realizar atividades por lá até abril do ano que vem, quando termina essa edição do projeto”, afirma Juliana Cunha, diretora da SaferNet Brasil. 

    Ivaneza Ferreira Sousa, 21 anos, Pará

    Natural da comunidade de Pedreira, no município de Moju, no Pará, Ivaneza atualmente vive em Belém, mas não deixa de mencionar em seguida que é uma mulher negra, ribeirinha, do “médio Rio Moju”. Ela estuda Ciências Sociais na Universidade Federal do Pará (UFPA). 

    “Minha trajetória é marcada pelo engajamento em causas sociais, políticas e ambientais e pela promoção da educação política e debates sobre cidadania, democracia e participação social”, afirmou.

    No Cidadão Digital, Ivaniza quer ampliar a inclusão digital e o acesso à informação em comunidades ribeirinhas e periféricas. “Quero promover o empoderamento das populações tradicionais, conectando suas vozes e demandas com o mundo digital”.

    Julia Fernandes, 18 anos, São Paulo

    Natural de São Paulo, Julia está concluindo o Ensino Médio e mora no extremo leste da Capital e atua com produções jornalísticas autorais desde os 15 anos, fazendo documentários e reportagens sobre temas normalmente invisibilizados pela grande mídia. 

    Esses registros são publicados no projeto “LiaComunica”, no Instagram e no Tiktok - que atualmente conta com mais de 1 milhão e meio de visualizações e mais de 300 mil curtidas.

    No Cidadão Digital, Julia “gostaria de motivar os jovens sobre o direito que todos possuímos em relação à expressão, liberdade e transformação dos nossos territórios - principalmente através da internet que, atualmente, nos possibilita alcançar qualquer parte do mundo”. 

    Luana Lira, 21 anos, Minas Gerais

    Estudante de jornalismo na UFMG, Luana começou a se envolver com ativismo aos 16 anos, quando tornou-se líder de um clube Girl Up na escola técnica em que estudava em São Paulo, onde nasceu e morava. “Com o clube, publicamos o Meninas que Escrevem, um livro escrito por meninas do Brasil todo com o intuito de mostrar a força da literatura jovem”, conta. 

    Depois disso, Luana seguiu envolvida “em ações que defendem o poder da juventude, porque acredito que não somos apenas o futuro, já somos o presente!”

    No Cidadão Digital, Luana afirma que deseja “plantar uma semente nos jovens com quem eu tiver contato, ajudando-os a entenderem que o mundo digital não é uma terra sem lei para ninguém, afinal existem deveres e direitos para todos que vivem nele”.

    Participação social 

    Na sua quarta edição, o Cidadão Digital fortaleceu significativamente a rede de participação jovem e a agenda de políticas públicas para jovens por meio da participação em todas as etapas da 4a Conferência Nacional da Juventude, levando a este espaço de participação social um reflexo das várias realidades da diversidade regional brasileira com as quais o programa conviveu nos últimos quatro anos. Todo esse esforço culminou na eleição do ex-embaixador do programa, Gustavo Barreto, a uma das vagas da sociedade civil no Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). 

    “Ocupar uma vaga no Conjuve é um marco importante na trajetória do Programa Cidadão Digital, que busca engajar jovens em temas de cidadania digital e apoiar políticas voltadas para o uso responsável e seguro da internet. Agora, temos a oportunidade de representar e atingir, cada vez mais, adolescentes e jovens que lidam com os desafios de uma era hiperconectada. É também uma chance de levar o debate sobre educação e cidadania digital para espaços importantes, onde são discutidas políticas de proteção e apoio às crianças, adolescentes e jovens”, afirma Barreto.

    “Ter um ex-embaixador no Conjuve abre novas oportunidades de debatermos educação e cidadania digital em organismos que discutem políticas de proteção de crianças e adolescentes e políticas para a juventude”, afirma Juliana Cunha.

    Para esta quinta edição, o foco é o fortalecimento de políticas para jovens relacionadas à cidadania digital e reforçar as redes de participação de jovens e adolescentes mobilizados. 

    O objetivo é fortalecer a participação e o protagonismo de jovens e adolescentes, fazendo-os se engajar nos temas que envolvem a juventude e a agenda educacional. 

    O CD 5 seguirá focando em engajar o sistema nacional da juventude e a rede pública de ensino, de modo a assegurar o envolvimento de jovens capacitados em discussões sobre cidadania digital e políticas públicas para jovens.

    Agenda pelo país

    Assim como nas edições anteriores do programa, o Cidadão Digital percorrerá escolas do país. E a turnê do programa não poderia ter começado de maneira melhor, com uma agenda realizada durante o G20 Social, no Rio de Janeiro, no Colégio Pedro II, no campus Realengo II, na zona oeste da capital fluminense. Veja como foi

    Na última sexta-feira (22), às 10h20, a diretora da Safernet, Juliana Cunha, apresentou a quinta edição do programa ao falar sobre Mediação Parental durante a 7ª Conferência Tecnologia e Infância, promovida pelo Ministério Público da Bahia. 

    E na próxima terça-feira (26), em São Paulo, pela manhã e à tarde, a SaferNet estará no Centro da Criança e do Adolescente (CCA) Sítio da Casa Pintada, mantido pela Prefeitura de São Paulo, na região de São Miguel Paulista, onde a embaixadora Júlia realizará três atividades do Cidadão Digital para estudantes que frequentam o CCA. 

    Se você deseja que a sua escola receba uma atividade do Cidadão Digital, preencha o formulário na página do projeto. Os temas das atividades a serem desenvolvidas são definidos pela escola com a equipe da Safernet.

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital e o programa Cidadão Digital.

    Texto publicado em 25/11/2024

    Safernet Brasil

    Assessoria de Imprensa

    Marcelo Oliveira

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  • Dia de atividades de estudantes do DF encerra Semana Brasileira de Educação Midiática

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 6 meses 3 dias atrás

    Jovens tiveram oficina com a SaferNet e visitaram a EBC e o Palácio do Planalto

    Estudantes da rede pública do Distrito Federal de uma escola parceira do projeto da Disciplina de Cidadania Digital, da SaferNet e do Governo do Reino Unido, participaram do dia de atividades chamado “Cidadania digital pelo olhar de adolescentes”, evento realizado pela ONG em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. O evento marcou o encerramento da 2ª Semana Brasileira de Educação Midiática (2 ªSBEM).  

     

    O dia de atividades começou com uma oficina prática de cidadania digital ministrada pela SaferNet Brasil no SesiLab, no centro de Brasília. O grupo de 32 estudantes foi convidado a refletir sobre a inserção do tema nos currículos e como as escolas podem apoiá-los no uso seguro das tecnologias. 

     

    Os estudantes são do Centro de Ensino Médio 04 (CEM04) de Sobradinho II. Em sala de aula, estudantes da escola tiveram acesso a conteúdos da Disciplina de Cidadania Digitalsobre o uso seguro e consciente de tecnologias nos quais foram abordados temas como bem-estar na internet, segurança digital, privacidade e proteção contra cyberbullying e discursos de ódio.  

     

    "A gente sabe que adolescentes usam muito intensivamente a internet. E, apesar de as pessoas acharem que eles sabem de tudo, na prática a gente vê que existem muitos desafios: desafio de acesso à informação de qualidade, de lidar com conteúdos e comportamentos violentos, uma série de conteúdos nocivos e o uso excessivo. Então discutir isso com eles é essencial e as escolas devem participar desse processo. E estamos muito felizes em ouvir os adolescentes e saber quais conteúdos mais relevantes (a disciplina pode trazer/apresentar) para a vida deles", afirmou Guilherme Alves, gerente de projetos de Educação da SaferNet Brasil, a respeito do dia de atividades.

     

    Até o momento, a Disciplina de Cidadania Digital já beneficiou mais de 40 mil estudantes. Os materiais da SaferNet foram utilizados em sala de aula por mais de 400 educadores, de 356 escolas, em 242 municípios de 19 unidades da federação. 

     

    Em seguida, os adolescentes fizeram uma visita guiada à sede da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), onde conheceram mais sobre o jornalismo público e a importância da educação midiática na produção e veiculação de informações. 

     

    Na EBC, a SaferNet visitou o estúdio da Rádio Nacional da Amazônia, onde participou do quadro papo-reto, no programa Nacional Jovem. A analista de projetos da área de Educação da SaferNet, Isabella Ferro, explicou como funciona a disciplina, apresentou seus números e respondeu questões sobre educação midiática e cidadania digital. 

     

    “A educação midiática dá ferramentas para a pessoa poder fazer uma leitura crítica da mídia. E quando falamos disso é, por exemplo, conseguir analisar de forma crítica, com calma, o que é verdade e não é no conjunto de informações que recebemos diariamente. E na SaferNet usamos o conceito de cidadania digital, que engloba segurança na internet e o uso das tecnologias de forma segura e saudável”, afirmou. 

     

    Todas as atividades com a presença de estudantes contaram com a presença de Bianca Orrico, psicóloga da SaferNet Brasil e ponto focal da política institucional da organização que prevê a proteção de crianças, adolescentes e adultos vulneráveis envolvidas em atividades da SaferNet, de modo a garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes nos espaços onde ocorreram as atividades.

     

    Conversa com o ministro

     

    O dia de atividades que encerrou a 2ª SBEMterminou com uma visita ao Palácio do Planalto, onde os estudantes encontraram-se com o ministro da Secom, Paulo Pimenta. “Estamos falando aqui sobre um tema que hoje está colocado não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, afirmou aos estudantes.

     

    O ministro destacou, ainda, que os jovens convivem no cotidiano com a realidade das fake news, da desinformação, e que eles sabem o potencial nocivo que isso tem na sociedade. “E que muitas vezes pode levar o país a um desastre, ou a vida das pessoas a um desastre”, alertou.

     

    Pimenta observou, ainda, que se trata de um tema muito relevante para o Governo Federal e para o fortalecimento da democracia, além de ser uma causa importante para todos aqueles que querem encontrar uma forma de proteger a sociedade do discurso de ódio, da xenofobia, do racismo e da violência.

     

    “São inúmeros os casos e vocês devem ter tido essa oportunidade de debaterem, de discutirem, de conhecerem. Nós apostamos muito que esse trabalho de educação midiática possa servir para a criação de uma cultura, para que as pessoas tenham essa preocupação e não aceitem qualquer informação como verdadeira”, ressaltou Pimenta.

     

    O encontro contou ainda com a participação da embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq. A Embaixada é parceria da Secom-PR e também da SaferNet. 

     

    Protagonismo dos estudantes

     

    Aluna do Centro de Ensino Médio 04 de Sobradinho, Isadora Helena Nascimento defendeu que reuniões e conversas como as da 2ª Semana Brasileira de Educação Midiática incluam a participação da comunidade estudantil. “Isso faz a gente se sentir parte realmente do movimento democrático do nosso país”, celebrou a jovem. “É muito importante que a gente aprenda a identificar veículos confiáveis para poder se embasar, para poder usar de referência nas pesquisas e trabalhos”, observou.

     

    A estudante paulista Júlia Teresa Fernandes, moradora de São Paulo e jovem embaixadora da SaferNet, também saudou a oportunidade dos jovens da periferia serem ouvidos e conhecerem diferentes realidades. “A gente falou sobre discurso de ódio, segurança na internet, privacidade. Muitas questões que, nós, jovens, que estamos conectados cada vez mais, vivemos diariamente. Hoje mostramos a nossa perspectiva diante disso, problemáticas e soluções na nossa visão”, salientou.

     

    A semana

     

    A 2ª SBEM foi uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom PR), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com a Unesco e apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de parceiros da sociedade civil, incluindo a SaferNet Brasil. 

     

    Este ano o evento abordou o tema "Conectando territórios e diversidades" e teve uma agenda de atividades híbridas ligadas ao assunto ao longo da semana. O evento se integra à Media and Information Literacy Week 2024 da Unesco, consolidando a posição do Brasil no debate global sobre Alfabetização Midiática e Informacional.

     

    A programação contou com mesas de discussão, oficinas digitais de práticas de educação midiática, painéis sobre o papel da comunicação pública na promoção da educação midiática e sobre como identificar o jornalismo de qualidade, além de espaços de discussão com parceiros da França, Dinamarca e Reino Unido.

     

    Conteúdos da SaferNet

     

    A SaferNet é uma das organizações parceiras da Secomna semana e 43 materiais produzidos pela área de Educação da ONG integram dois repositórios de conteúdos e planos de aula sobre Educação Midiática. 

     

    O primeiro repositório tem seis temas e inclui a Disciplina de Cidadania Digital, desenvolvida pela SaferNet em parceria com o Governo do Reino Unido. Outros 14 conteúdos, como cartilhas e videoaulas produzidos pela SaferNet integram este repositório, que inclui materiais sobre educação midiática, desinformação, cidadania digital, cyber-resiliência, contranarrativas e discurso de ódio. 

     

    Este ano, um novo repositório foi criado, com quatro temas, e a SaferNet participa com 28 planos de aulas nos temas jornalismo nas escolas e direitos das crianças e dos adolescentes no ambiente digital. 

     

    Além disso, as transmissões das atividades podem ser assistidas no canal da Secom no YouTube.

     

    Cidadania

     

    Representando a participação da sociedade civil na construção da Semana, o diretor-presidente da SaferNet, Thiago Tavares, participou da abertura do evento. Ele definiu “cidadania” como a palavra-chave para a abertura da iniciativa. “Cidadania para uma educação inclusiva, em tempo integral, voltada ao respeito e à promoção aos direitos humanos e ao desenvolvimento das habilidades digitais necessárias para o século XXI, um período profundamente marcado pela digitalização”, complementou.

     

    “As ações desta semana coroam um esforço coletivo e voluntário, articulado pelo Poder Público e que envolve diversos atores da sociedade civil”, acrescentou.

     

    Confira o álbum de fotos do evento.

    Texto publicado em 07/11/2024 

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