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  • Mediação parental

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás

    A Internet é livre e aberta a qualquer pessoa para que ela possa postar e criar conteúdos que, às vezes, são inadequados para crianças e adolescentes. Com isso, entende-se a preocupação dos pais sobre o que é visto pelos filhos na web. É realmente importante estar atento aos conteúdos acessados por eles e com quem se comunicam na rede. Algumas vezes, os pais avaliam a possibilidade de instalar alguns programas que possam controlar o acesso de a algo impróprio. Porém, estes serviços de monitoramento podem não ser a melhor medida de controle, uma vez que isso pode enfraquecer o laço de confiança que existe com os filhos.

    Considerando esse aspecto, a orientação para boas escolhas na rede entra como prioridade em relação ao uso de tecnologias que restringem acesso na web, mesmo que esses sistemas também sejam adotados. Construir uma relação de diálogo, onde se possa conversar abertamente sobre diferentes temas, em especial aos que se referem à sexualidade e à privacidade é essencial.

    O mais recomendado é que a criança ou o adolescente possa ser escutado sobre a exposição que ela/ele faz de si na rede, que tipo de contatos realiza, com quem conversa, que conteúdos acessa e que sentimentos demonstra nessa relação com a vida virtual. É preciso ter habilidade para falar sobre assuntos que envolvem sentimentos de vergonha ou talvez coisas que, para eles, ainda estejam confusas. Construir um vínculo de confiança é a chave para proteger os filhos de alguns perigos, existentes também nos ambientes digitais.

  • Uso Excessivo

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás
    Para identificar o uso excessivo é importante considerar não apenas o tempo de uso da Internet, mas especialmente a qualidade desse uso. Aqui você encontra orientações de como lidar com esse hábito nocivo que pode prejudicar a criança ou o adolescente em diversos aspectos de sua vida.

    O uso da Internet por tempo prolongado preocupa pais e educadores. Definir se esse uso prolongado se tornou excessivo não é fácil. Para identificar o uso excessivo é importante considerar não apenas o tempo de uso da Internet, mas especialmente a qualidade desse uso. O uso excessivo da Internet se caracteriza por, além de um uso prolongado, uma ausência de controle. A criança e o adolescente não consegue parar a utilização da ferramenta e, principalmente, realizando uma atividade repetitiva e pouco criativa.

    Como saber se o uso da Internet e dispositivos móveis se tornou excessivo ou exagerado?

    A participação dos adultos é muito importante. É preciso que eles estejam atentos aos sinais de prejuízo provocados pelo uso excessivo:

    A escola pode ser a primeira a notar alguns destes sinais. Seu papel é importante na medida em que pode orientar os pais a estabelecerem horários e limites para o uso da Internet de acordo com a idade e o desenvolvimento da criança. Caso perceba que a situação se agrava, é importante procurar ajuda de um profissional especializado para acompanhar e avaliar até que ponto tem sido prejudicial o uso da Internet e o que pode estar por trás deste comportamento.

    Seja assistindo TV, navegando na Internet ou jogando games, é importante a mediação dos adultos na prática dessas atividades. Todas elas são meios lúdicos que dão muito prazer, entretanto seu uso não deve impedir a busca por outras formas de diversão. Além de representar um espaço onde se oferece outras atividades, também lúdicas e prazerosas, a escola pode sugerir usos mais criativos da Internet, como jogos e aplicativos educativos, e-books e a visita orientada a portais educacionais e culturais.

  • SaferNet alerta pais e educadores sobre os riscos do app SimSimi

    / / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 7 anos 1 semana atrás

    A SaferNet Brasil tem recebido várias denúncias relatando diálogos impróprios para crianças e incitação ao crime pelo aplicativo SimSimi, criado em 2002 pela empresa coreana ISMaker e que começou a se popularizar no Brasil em 2014.

    O funcionamento do app é baseado em Inteligência Artificial (IA), e as respostas são geradas automaticamente por um algoritmo que “aprende” com base nas interações com usuários em cada país/idioma.

    A SaferNet Brasil testou a versão em português do aplicativo, destinada ao público brasileiro, e constatou falhas graves no funcionamento do algoritmo de Inteligência Artificial (IA) e na implementação das políticas de conteúdo divulgada pelos desenvolvedores do app em seu blog oficial.

    De acordo com os termos de uso* do app, usuários maiores de 13 anos são proibidos de ensinar ou publicar “bad words” (palavras ruins) ao SimSimi. Dentre estas proibições, destaca-se:

    1) Conteúdo que descreve atos sexuais explícitos;
    2) Conteúdo que retrata ou incentiva violência excessiva ou outra conduta perigosa;
    3) Conteúdo que inclui ou incentiva ameaças, assédio ou intimidação;
    4) Conteúdo que inclui ou incentiva o abuso sexual de crianças.

    Entretanto, em menos de 5 minutos de interação com a equipe da SaferNet Brasil, o algoritmo de inteligência artificial do SimSimi espontaneamente violou as próprias políticas de conteúdo que deveria implementar, e explicitamente veiculou mensagens com incentivo ao abuso sexual de crianças.

    Esses resultados evidenciam que os desenvolvedores do app perderam o controle sobre o comportamento do algoritmo de Inteligência Artificial, que tem funcionado a partir de parâmetros contraditórios às políticas e termos de uso do app, tornando-se nocivo sobretudo para usuários vulneráveis e em situações de sofrimento psicológico.

    O aplicativo tem se disseminado rapidamente nas escolas brasileiras, preocupando pais e educadores. A SaferNet Brasil tentou, sem sucesso, entrar em contato com os desenvolvedores do aplicativo para reportar os problemas encontrados e pedir providências imediatas.

    Enquanto o problema não for definitivamente resolvido, recomendamos aos pais e educadores que conversem com as crianças e adolescentes e desinstalem o aplicativo SimSimi dos tablets e smartphones.

    Este episódio é mais uma oportunidade para estabelecer uma rotina familiar de acompanhamento do uso que as crianças fazem das tecnologias digitais. Dentre as orientações da SaferNet para pais, destacamos a importância de:

    1. Estabelecer limites de tempo e negociar o tipo de acesso dos seus filhos aos conteúdos online, desde os primeiros cliques. Distribua o uso das telas digitais entre outras atividades de lazer e atividades sem tecnologias;

    2. Selecionar previamente jogos, aplicativos e portais apropriados para as crianças e, sempre que possível, negociar os acessos a novos conteúdos de acordo com a idade mínima estabelecida. Uma forma simples e fácil de gerenciar os aplicativos que seu filho pode usar e ficar de olho no tempo que ele passa na tela é instalar o app Family Link, disponível para plataformas Android. Veja como funciona: https://families.google.com/intl/pt-BR/familylink/

    3. Sempre colocar-se disponível para ajudar a criança se ela se sentir incomodada com algo online. Mais importante do que dominar tecnicamente os aparelhos e apps, é preciso acolher sem julgamento para que as crianças não escondam situações de risco;

    4. Saber que simplesmente proibir o uso não educa e nem previne, mas educar protege.

    A SaferNet Brasil oferece gratuitamente orientações para pais, crianças e adolescentes que estejam com dúvidas ou passando por situações de violência. Basta acessar: http://www.canaldeajuda.org.br

    Materiais para educadores debaterem o tema na sala de aula estão disponíveis gratuitamente e podem ser baixados através do link: goo.gl/eL7ANv

     

  • A conexão, a interatividade e o surgimento de novos comportamentos

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás

    A conexão e interatividade por meio da tecnologia propiciou o aparecimento de novos comportamentos. A vida online nos permite novas formas de interação que, muitas vezes, coloca a integridade – física e moral – em um jogo perigoso. A segurança na web está, portanto, vinculada ao comportamento que temos na rede. 

    Regras de comportamento são necessárias em qualquer tipo de convívio social. E na internet, isso não é diferente. Valores e limites precisam ser conversados em família. A supervisão da navegação de crianças e adolescentes deve ser considerada, não como uma imposição ou mera restrição, mas com orientação sobre as melhores escolhas para a interação na internet.

  • Ciberstalking

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás
    Existe uma diferença entre olhar o perfil de alguém que te interessa nas redes sociais e ser um ciberstalker. Mas quando isso se torna algo constante e incômodo, vale avaliar o que de fato pode ser uma violação ou não.

    Antes de entrar propriamente no assunto, é preciso esclarecer que existe uma diferença entre olhar o perfil de alguém que te interessa nas redes sociais e ser um ciberstalker.

    Stalking é o ato de perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.

    A Internet possibilita o acesso à vida das pessoas, que muitas vezes buscam mostrar sua rotina, sua imagem e lugares que frequentam. Mas quando o acesso ao conteúdo postado por alguém se torna algo reiterado e que restrige a liberdade de ir e vir de quem postou o conteúdo, perturbando sua privacidade, isso pode ser considerado crime..

    Desde abril de 2021, ciberstalking é considerado crime nos casos em que sua integridade física esteja ameaçada. Fazer a denúncia para autoridades competentes e buscar assessoria jurídica (advogado ou defensor público) é importante para fazer cessar a violência e avaliar quais as opções podem mais adequadas para a sua segurança.

    A tecnologia tem se tornado uma nova aliada para os/as stalkers acompanharem a rotina das pessoas que costumam vigiar. Atualmente, foram desenvolvidos até sites e softwares para que se possa ter acesso a dados de uma pessoa. Com os chamados programas espiões é possivel monitorar as atividades online e localização das pessoas.

    Muitas vezes, a pessoa que está sendo vítima de ciberstalking parece ter dificuldade de inicialmente reconhecer este risco, porém, a partir do momento que estes comportamentos se tornam persistentes e perigosos, é possível identificar o ciclo de violência que começa a ser estabelecido. Em algumas situações, esta violação se inicia de forma sutil, quando o/a stalker começa a postar coisas em sua linha do tempo ou até mesmo em outros sites, sempre buscando estabelecer um vínculo de maior proximidade. Algumas vezes, ele/ela adiciona ou entra em contato com amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho do seu alvo, com o intuito de ter informações sobre tudo o que a pessoa faz.

    Os/as stalkers também podem realizar ameaças através de aplicativos de comunicação instantânea, bem como postar suas informações pessoais online, incluindo nome e endereço completo. Em casos de invasão de dispositivos eletrônicos, eles/elas podem ter acesso a contas pessoais, preencher a caixa de entrada dos e-mails com spam ou enviar vírus ou outros programas nocivos aos computadores de suas vítimas

    Dicas rápidas

    Para quem é vítima, é importante agir para barrar ainda nos primeiros sinais:

    • Não compartilhar informações sensíveis como localização em tempo real
    • Grave e tire prints de todas mensagens e tentativas de contatos feitos pelo stalker
    • Não responder aos contatos, silenciar ou bloquear 
    • Denunciar numa delegacia especializada em crimes contra mulher ou delegacia comum
    • Se suspeitar que seu aparelho foi invadido, faça uma “faxina” nele: instale anti virus e anti spyware, atualize para última versão, desinstale app que não usa, atualize os que usa, formate o aparelho se for preciso. Se persistir e suspeita, busque um especialista em segurança.

    Texto atualizado em 21/02/2025

  • Sexting é uma expressão da sexualidade na adolescência

    / / Comportamento Online / Por julianacunha / 10 anos 2 meses atrás

    Sexting é um exemplo de uso da Internet para expressão da sexualidade na adolescência. É um fenômeno no qual os adolescentes e jovens usam redes sociais, aplicativos e dispositivos móveis para produzir e compartilhar imagens de nudez e sexo. Envolve também mensagens de texto eróticas com convites e insinuações sexuais para namorado(a), pretendentes e/ou amigos(as). A palavra sexting já indica um gap entre o discurso adulto e a experiência dos jovens. Quando se pergunta aos adolescentes sobre sexting, nem sempre eles conhecem ou usam essa palavra.

    É a junção da palavra sex (sexo) + texting (torpedo), tem origem inglesa e surgiu quando a Internet nem era 3G e as pessoas enviavam mensagens de texto por sms (Short Message Service) de caráter erótico e sexual, hoje as mensagem são fotos e vídeos por mms (multimedia messagem service).

    Sexualidade e sexo não são a mesma coisa e precisamos perceber as diferenças para educar nossas crianças e os adolescentes sobre seus direitos sexuais sem confundir as coisas. Sexo é uma das expressões da sexualidade já amadurecida que envolve a escolha de um(a) parceiro(a) e que pode acontecer a partir do desenvolvimento da puberdade quando já conquistada certa maturidade psicológica.

    Já a sexualidade está presente em todo o desenvolvimento do indivíduo, mas com características diferentes em cada etapa da vida. A sexualidade na criança, por exemplo, é muito diferente da sexualidade no adulto. Além das dicas e orientações sobre o Sexting na Cartilha SaferDicas, temos diversas notas aqui no site com o objetivo de estimular a discussão sobre sexualidade e Internet de forma mais ampla na escola ou em casa, com o educador ou com os pais. É preciso ter consciência da importância de haver diálogo sobre sexualidade desde a infância, sem repressão, com esclarecimento e orientação.

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