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  • Criadores da eletiva de cidadania digital desejam sua expansão para todo o país

    / / Comportamento Online / Por admin / 2 anos 10 meses atrás

    A eletiva foi o resultado de uma colaboração entre os governos do Brasil e do Reino Unido, apoiada por especialistas em Educação e Direitos Humanos na internet no Brasil: a Safernet. A disciplina possui 40 horas de aulas e materiais de apoio sobre temas de segurança digital, relações online seguras, bem-estar online e saúde emocional.

    Após disponibilizar esses recursos para escolas da Bahia, Pernambuco e Distrito Federal em setembro, a equipe já sabe o que precisa vir a seguir.

    Rodrigo Nejm, Diretor de Educação da Safernet, disse: “Temos muita coisa a ser feita na área de comunicação. Temos mais de 24 estados com os quais precisamos conversar sobre como colocar a disciplina em seu currículo. Queremos incentivar os tomadores de decisão a fazerem disso parte do currículo básico, não apenas um extra opcional.”

    “Precisamos continuar atualizando os materiais nos planos de aula porque temas como cidadania digital estão em constante evolução. Queremos estimular o uso de recursos que engajam mais dentro do ambiente de sala de aula, ampliando espaços de fala e participação dos estudantes. E, com o tempo, queremos incentivar os estudantes que concluíram a disciplina a manterem o engajamento com intervenções e disseminação dos aprendizados, transmitindo o que aprenderam. É uma lista de desejos bastante longa – com muito ainda a ser feito. O lançamento da eletiva para os três estados foi só o começo.”

    Justificativa

    A justificativa para criação de uma eletiva sobre o tema nunca foi colocada em dúvida. A pesquisa TIC Kids Online 2021 - de âmbito nacional - mostrou que 32% dos jovens de 15 a 17 anos se arrependeram de postar algo online e, posteriormente, apagaram. Pouco mais da metade afirma ter experimentado situações online que os incomodaram, enquanto 63% dizem ter visto alguém sendo discriminado online. O Canal de Ajuda operado pela Safernet recebe centenas de consultas de adolescentes que exigem conselhos sobre qualquer assunto, desde questões relacionadas à privacidade e dados pessoais até abusos de imagens íntimas, fraudes e cyberbullying.

    “93% das crianças brasileiras entre 9 e 17 anos estão online”, continuou Rodrigo. “Tendemos a pensar que os adolescentes, em particular, estão bem preparados para lidar com esses problemas, simplesmente porque usam a internet desde cedo. Esse é um equívoco perigoso.”

    “A realidade é que não temos uma cultura forte de cibersegurança ou cidadania digital. Há uma sensação de que você pode fazer o que quiser online; que não existem leis ou regulamentos quando, efetivamente, existem. As escolas precisam se tornar o principal ponto focal para corrigir esses equívocos. Isso é duplamente importante quando você percebe que os próprios responsáveis procuram seus filhos para fornecer orientação de segurança digital e não o contrário. Durante a pandemia, por exemplo, isso pode ter feito a diferença entre poder acessar com segurança os programas assistenciais do governo ou perder essa oportunidade; é muito sério”.

    Orientação abrangente

    Quando a Safernet – e seus parceiros na KPMG, o Ministério da Educação e o Foreign, Commonwealth and Development Office do Reino Unido – começaram a criar a eletiva, ter acesso a materiais suficientes de alta qualidade nunca foi um problema. No entanto, seria necessário garantir que todo o kit de atividades pedagógicas pudesse ser usado em uma variedade de ambientes de sala de aula. À medida que surgiu uma eletiva de cinco módulos cuidadosamente selecionados, também surgiu um manual de apoio de 300 páginas, fornecendo orientação passo a passo sobre a melhor forma de ministrar as aulas.

    Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet que esteve envolvido com este projeto desde o início, conta a história: “Muitos professores não têm necessariamente formação em tecnologia, então tivemos que levar isso em conta ao fornecer nossas instruções. Tão importante, porém, tivemos que levar em conta os diferentes níveis de infraestrutura em diferentes escolas. Alguns podem ter computador completo e acesso à internet, por exemplo. Alguns podem contar com os alunos usando seus próprios dispositivos pessoais. Outros podem não ter instalações; o que significa que não há como usar conteúdo online ou transmitir vídeos. É por isso que os materiais de apoio se tornaram tão extensos – porque tivemos que fornecer os Planos A, B, C e assim por diante para lidar como os professores poderiam entregar esse conteúdo.”

    “Tive a oportunidade de estar nas salas de aula no início do ano, quando testamos a disciplina e suas atividades pela primeira vez com um grupo de escolas. Percebi o nervosismo entre os professores para quem essa não era uma matéria que eles conheciam. Mas também vi a rapidez com que eles se sentiram à vontade com isso graças a toda orientação que receberam. Eles perceberam que ensinar a eletiva não era impossível. Também vi quanta diferença fazia quando os professores usavam o tempo para iniciar discussões com seus alunos sobre suas vidas digitais, em vez de dar uma aula expositiva mais tradicional.”

    Colhendo as recompensas

    Todo o trabalho de base necessário para criar a eletiva claramente valeu a pena. O feedback coletado durante a fase piloto mostrou que os alunos se sentiram melhor preparados para lidar com possíveis golpes e violência online, discurso de ódio e cyberbullying. Eles eram mais propensos a usar canais de ajuda e denúncia (algo para o qual não havia muito apoio anteriormente) e tinham uma melhor compreensão de como proteger suas contas online e dispositivos móveis.

    Como a eletiva agora entra no ensino regular nos três estados, um fator importante em quão bem ele se sairá será a disposição dos adultos – pais e professores – de permanecerem abertos para conhecer e contribuir com as rotinas digitais dos adolescentes sem julgamento prévio ou condenação. É importante sair da simples vigilância ou proibição para uma postura de mentoria e orientação, sugere Rodrigo.

    “A postura mais punitiva decorre de um desejo compreensível de proteger nossos filhos, mas pode impedir que conversas abertas e valiosas ocorram. Se queremos ajudar a mantê-los seguros, também precisamos refletir sobre nossos próprios comportamentos e tendências. Precisamos explorar diferentes perspectivas e manter a mente aberta. A internet e todas as suas possibilidades são muito vastas para sugerirmos que há apenas uma maneira de se envolver com ela corretamente.”

    “Esta disciplina e todo seu conjunto de ferramentas pedagógicas é um passo importante para alcançar isso. Estamos muito orgulhosos do trabalho, mas agora precisamos continuar agindo para que as Secretarias de Educação e as escolas incorporem a proposta com o objetivo de melhorar a qualidade da educação cibernética. É a única maneira de criarmos uma cultura de segurança e cidadania digital mais forte em todo o país.”

    Disciplina Eletiva: CIDADANIA DIGITAL - 40 HORAS • ENSINO MÉDIO 

    UNIDADE 1: BEM- ESTAR E SAÚDE EMOCIONAL ONLINE 

    UNIDADE 2: SEGURANÇA E PRIVACIDADE NA INTERNET 

    UNIDADE 3: RESPEITO E EMPATIA NAS 

    UNIDADE 4: RELACIONAMENTOS SEGUROS ONLINE

    UNIDADE 5: CIDADANIA DIGITAL PARA TODOS


    Planos de Aula e Ementa completa da Eletiva disponível aqui. Para saber mais sobre este projeto, entre em contato via dap@safernet.org.br (Equipe Safernet) ou mariana.cartaxo@fcdo.gov.uk (Mariana Cartaxo - Embaixada do Reino Unido).

  • Educação cibernética nas escolas é impulsionada com lançamento de nova eletiva

    / / Comportamento Online / Por admin / 2 anos 11 meses atrás

    Uma disciplina eletiva piloto desenvolvida para melhorar a oferta de educação cibernética nas escolas foi lançada em três estados. O programa, resultado da colaboração entre os governos do Brasil e do Reino Unido, oferece aos professores de Pernambuco, Bahia e Distrito Federal o acesso a um conjunto substancial de recursos didáticos de alta qualidade. Os mesmos recursos serão posteriormente disponibilizados para todos os estados a partir do final de setembro de 2022, ajudando professores a oferecerem educação cibernética de maneira mais eficaz, consistente e sustentável. 

    Melhorar a conscientização e a educação cibernética em todo o país é um dos grandes desafios para os próximos anos. Esse fato coloca a atenção em como as crianças aprendem competências digitais fundamentais e na criação de uma cultura mais forte de segurança da informação.      

    Hoje, alunos adolescentes, em particular, podem ser expostos a inúmeros danos cibernéticos, desde phishing e aliciamento até exploração sexual. Ao melhorar sua compreensão do tema na escola, os adolescentes podem aprender a navegar com segurança no ciberespaço, reconhecendo riscos potenciais e sabendo como evitá-los.

    Resultado preocupante das pesquisas 

    A pesquisa realizada para este projeto destacou o quão grave esse problema se tornou – e as barreiras que os professores enfrentam ao tentar oferecer educação cibernética.

    Metade dos alunos envolvidos na pesquisa admitiu sentir-se chateado, envergonhado ou com medo por causa de algo que aconteceu enquanto usavam a internet no último ano. 38% dos alunos afirmaram que foram insultados, ridicularizados ou provocados por outros online de maneira prejudicial. Além disso, 22% disseram que algo que deveria ser privado foi compartilhado online.

    Dos alunos que viram vídeos violentos, conteúdos grosseiros ou mensagens e vídeos online que os fizeram se sentir mal consigo mesmos, 70% dizem que o conteúdo foi enviado para eles; 17% dos estudantes afirmaram que foram solicitados a compartilhar imagens sexuais de si mesmos online uma vez por mês.

    Do lado dos professores, quase 80% afirmaram que nenhum programa de treinamento ou conscientização sobre o assunto de riscos online ou gerenciamento de riscos foi fornecido por sua escola. Apenas 10% disseram que se sentiram adequadamente apoiados por sua escola para ensinar os alunos a se manterem seguros online ou a responder aos relatos dos alunos sobre experiências online angustiantes.

    Concepção do currículo da eletiva

    Essas descobertas ajudaram a equipe responsável pela eletiva a refinar seu pensamento sobre o tipo de material educacional que precisava ser incluído em todo o kit de atividades pedagógicas que irá compor a disciplina. Felizmente, não há escassez de conteúdo educacional cibernético disponível para adolescentes, desde vídeos e recursos didáticos até planos de aula e materiais de treinamento de professores.

    O desafio para a equipe do projeto foi, portanto,filtrar a quantidade de materiais, encontrando os melhores cursos e de maior qualidade. Com base em materiais dos setores público, privado e do terceiro setor, a equipe foi gradualmente capaz de selecionar um conjunto de ferramentas de recursos excepcionais, destinado a ajudar os professores a entregar a eletiva da melhor maneira possível. Esses recursos incluíam planos de aula e materiais de apoio, bem como conteúdo de mídia sobre bem-estar digital, segurança cibernética e proteção contra violência online.

    A Safernet Brasil esteve envolvida neste processo, organizando workshops com outras organizações não-governamentais, organizações sociais e especialistas em educação digital. Esta foi uma oportunidade de informar estas organizações sobre os planos da eletiva, apelando tanto para o seu apoio quanto para os seus materiais.

    Depois que todos os materiais foram coletados e adaptados quando necessário, uma versão beta da eletiva e de todos os seus recursos foi testada com pequenos grupos de professores e mais de 250 alunos durante junho e julho de 2022. A versão final que surgiu será disponibilizada para todas as escolas por meio das plataformas educacionais dos próprios três estados no início de setembro.

    Colaboração do governo

    Este projeto faz parte do Programa de Acesso Digital (em inglês, Digital Access Programme ou DAP), uma iniciativa apoiada pelo Foreign, Commonwealth and Development Office (FCDO) do Reino Unido. Através deste programa, o FCDO está atualmente trabalhando em parceria com vários governos ao redor do mundo: Quênia, Nigéria, África do Sul e Indonésia, além do Brasil. O DAP visa promover conectividade digital acessível, construir confiança e resiliência no ciberespaço e proteger os membros mais vulneráveis da sociedade.

    A conectividade digital muitas vezes pode ser vista como uma faca de dois gumes para os governos. A internet e as tecnologias digitais são catalisadores poderosos para o crescimento e desenvolvimento econômico – mas também são uma fonte crescente de atividade criminosa e podem expor os civis a uma gama crescente de danos cibernéticos.

    Em cada caso, o objetivo é construir uma capacidade duradoura que ajude os governos nacionais a proteger melhor seus cidadãos online ou a defender sua infraestrutura crítica nacional contra ameaças cibernéticas. Se tudo correr como planejado, professores e alunos em todo o Brasil poderão em breve colher os benefícios.

    Para saber mais sobre este projeto, entre em contato via dap@safernet.org.br (Equipe Safernet) ou mariana.cartaxo@fcdo.gov.uk (Mariana Cartaxo - Embaixada do Reino Unido).

  • Educathon Cidadão Digital: maratona premiada desafia adolescentes a falar sobre uso seguro de tecnologias

    / / Comportamento Online / Por admin / 2 anos 9 meses atrás

    Respeito e empatia nas redes, desinformação, privacidade e bem-estar digital são alguns dos temas do Educathon Cidadão Digital 2022, maratona que convida adolescentes a impactar suas escolas e pensar no uso seguro das tecnologias através de vídeos, podcasts, eventos, gincanas e outras ações criativas. As inscrições de equipes são gratuitas e estão abertas até 06 de novembro (domingo).

    Dados de 2021 do Canal de Ajuda, plataforma da ONG Safernet Brasil que ajuda vítimas de violência online, mostram que problemas com dados pessoais, exposição de imagens íntimas, fraudes, saúde mental e ciberbullying são os principais tópicos de preocupação para adolescentes online hoje. E segundo a pesquisa TIC Kids Online 2021, 44% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos viram alguém ser discriminado na Internet no último ano, o que mostra a importância de educar para prevenir.

    A ONG Safernet Brasil é responsável por realizar a maratona, que conta com apoio da Meta. No ano passado, foram mais de 100 adolescentes finalistas em 15 estados diferentes. A maratona faz parte do Cidadão Digital, que desde 2020 já impactou mais de 150 mil adolescentes e jovens e 66 mil educadores de todo o país com ações educativas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular. Veja mais aqui

    No Educathon, adolescentes de 13 a 18 anos (anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio) podem se inscrever online gratuitamente em equipes de 3 a 5 pessoas. Na inscrição, as equipes devem contar quais temas de cidadania digital mais lhes interessam e que tipos de ações gostariam de fazer. Além disso, é necessário que um educador ou educadora da escola fique responsável pela equipe. Após as inscrições, as equipes selecionadas receberão mentoria online da equipe do Cidadão Digital e terão 3 semanas, em novembro de 2022, para planejar e executar as ações nas escolas ou comunidades.

    “Com o Educathon, a Safernet Brasil procura estimular o protagonismo de adolescentes na educação por um uso mais seguro, ético, positivo e responsável das tecnologias. Ao mobilizar outros adolescentes, professores, famílias e a própria comunidade, acreditamos que esses jovens líderes podem se tornar mais críticos sobre sua vida online e desenvolver habilidades de segurança digital e educação midiática que são essenciais hoje”, afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador do Cidadão Digital.

    Até 10 equipes serão premiadas: 

    1º lugar: R$ 800 para cada participante + vídeo de divulgação

    2º lugar: R$ 600 para cada participante

    3º lugar: R$ 400 para cada participante

    4º e 5º lugar: R$ 300 para cada participante
    6° a 10° lugar: R$ 100 para cada participante 

    Confira o cronograma:

    06/11: último dia de inscrição

    08/11: anúncio das equipes selecionadas

    10/11: encontro online de boas-vindas

    14 a 25/11: período de planejamento das ações

    28/11 a 02/12: período de execução das ações

    06/12: prazo de submissão da ação para avaliação

    07/12: encontro online de compartilhamento da experiência

    12/12: anúncio das equipe premiadas 

    As inscrições são exclusivamente através do site https://cidadaodigital.org.br/educathon

    Mais informações:

    Marcelo Oliveira - Assessor de Imprensa (11 98100-9521)

    Guilherme Alves - Gerente de Projetos (guilherme@safernet.org.br )

  • Safernet defende protagonismo de crianças e adolescentes em ações para proteção online

    / / Comportamento Online / Por admin / 2 anos 11 meses atrás

    Durante o 7º Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet, realizado em São Paulo no último dia 16, a Safernet, uma das correalizadoras do evento, defendeu que crianças e adolescentes tenham um papel cada vez mais ativo na criação de ações de educação para o uso seguro e saudável da internet. 

    “A responsabilidade compartilhada é a única possibilidade concreta de haver mudanças efetivas de implementação de políticas públicas. Podemos contemplar as crianças e os adolescentes não apenas a partir das vulnerabilidades, mas também pela potência criativa na construção de alternativas e abordagens. Na Safernet temos aprendido muito com a participação de adolescentes e jovens na cocriação das ações da organização, criando um ambiente não apenas de escuta, mas de influência e impacto que conecta as perspectivas de diferentes gerações sobre as mesmas problemáticas”, afirmou o diretor de Educação da Safernet, Rodrigo Nejm, na abertura do evento.

    A Safernet organizou a único painel do simpósio que contou com a participação presencial e online de adolescentes como palestrantes, e apresentou ao público alguns resultados do programa Cidadão Digital, mantido pela ONG em parceria com a Meta, e outras iniciativas, como o Imprensa Jovem, de educomunicação, da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, e o Onda Digital, do Instituto de Computação da UFBA. 

    A mesa foi mediada pela gerente de projetos da Safernet, Manu Halfeld, ela mesma uma jovem talento engajada desde a primeira edição do Cidadão Digital, em 2020, e contou com a presença das adolescentes Ayla Santos, 16, e Julia Fernandes, 15, ex-integrantes do Imprensa Jovem, do professor Ecivaldo Matos, da UFBA, Natália Paiva, diretora de Políticas Públicas do Instagram, e Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet. 

    Confira a íntegra do painel aqui:

    Acesse materiais de apoio e documentos do painel organizado pela Safernet no simpósio: https://padlet.com/cdsafernet/painelsimposio2022

    Guilherme Alves, em uma de suas falas, reiterou o posicionamento da Safernet sobre o tema, e que tem norteado diferentes ações da ONG, como o programa Cidadão Digital, e defendeu que o simpósio e outros eventos que discutam a segurança e a utilização da internet pela criança e pelo adolescente tenham uma participação maior desse público. 

    "Não é possível materializar a proteção de crianças e adolescentes na internet sem expandir sua participação nos projetos para além de beneficiários. E não apenas a ideia de dar voz, mas considerar essas vozes como relevantes e com impacto decisório, da idealização à avaliação dos resultados. Isso tem nos ajudado a criar projetos que de fato se comuniquem com esse público, criando valor sobre temas como privacidade e empatia, e apostando na educação entre pares como estratégia de proteção", afirmou.

    Julia Fernandes, que aos 15 anos atua como redatora freelancer e cria conteúdo jornalístico que ela publica em suas redes sociais, concorda: “É para ou com crianças? É com crianças. É com a nossa participação”. “O estudante já tem sua voz. Ele só precisa de espaço”, afirmou Ayla Santos. 

    O professor Ecivaldo Matos trouxe da Bahia boas práticas do Onda Digital, como o programa Spike, de design participativo, em que crianças e adolescentes são co-criadores de soluções digitais para problemas de suas comunidades. 

    Natália Paiva antecipou no painel algumas funcionalidades da ferramenta de controle parental do Instagram, desenvolvida com pais e crianças e adolescentes, inclusive no Brasil, e cuja versão nacional deverá ser lançada em setembro deste ano. 

    Durante o painel da Safernet foi exibido um vídeo produzido pela equipe SAC, de Navegantes (SC) segunda colocada do Educathon, 2021, maratona educacional promovida pela Safernet no âmbito do Cidadão Digital, que criou um projeto em defesa do autocuidado nas redes, contra o cyberbullying e a autodepreciação.

    Sobre o Cidadão Digital - A edição 2022 do programa segue com inscrições abertas para jovens de 18 a 29 anos com interesse em participar da formação online do Cidadão Digital. São cinco módulos com conteúdos sobre Introdução à Cidadania Digital (5h); Segurança, Privacidade, Criptografia e Reputação Digital (5h); Respeito, Empatia e Relações Seguras Online (5h); Bem-estar e Saúde Emocional na Internet (5h); Educação Midiática e Desinformação nas Eleições (5h).

    A conclusão da formação permite aos jovens que estes proponham atividades educacionais sobre os temas do Cidadão Digital para alunos do 8º e 9º ano e do ensino médio da rede pública brasileira. Este ano, os projetos que tiverem mais engajamento poderão ser premiados e seus criadores poderão, inclusive, tornar-se bolsistas do programa. 

    Mais informações sobre o CD 2022 aqui.

    Inscrições para a Formação Online aqui.

    Sobre o simpósio: O 7º Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet é uma realização do NiC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) e do CGI.br (Comitê Gestor da Internet do Brasil). A Safernet é co-realizadora desde a primeira edição do evento, que atualmente conta também com a co-realização do Instituto Alana e da FGV Direito SP. 

  • 7° Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet trará discussões sobre direitos no ambiente online e educação digital

    / / Comportamento Online / Por admin / 3 anos 1 semana atrás
    De volta à modalidade presencial, o Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet será realizado no dia 16 de agosto, em São Paulo/SP, trazendo apresentações sobre cidadania digital na comunidade escolar, responsabilidade das plataformas e protagonismo de crianças e adolescentes na proteção online e educação digital, entre outros pontos.

    De volta à modalidade presencial, o Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet será realizado no dia 16 de agosto, em São Paulo/SP, trazendo apresentações sobre cidadania digital na comunidade escolar, responsabilidade das plataformas e protagonismo de crianças e adolescentes na proteção online e educação digital, entre outros pontos. O evento é promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), com a correalização do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP (CEPI FGV Direito SP), do Instituto Alana e da Safernet Brasil. Os interessados em acompanhar as discussões desta 7ª edição devem se inscrever gratuitamente pelo site do encontro.

    “Nosso propósito é incentivar discussões multissetoriais que ajudem a fazer da Internet um ambiente cada vez mais responsável, ético e seguro para os mais jovens”, afirma Raquel Gatto, gerente da assessoria jurídica do NIC.br, adiantando uma novidade desta edição: pela primeira vez, a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do CGI.br, será lançada durante o evento, que é direcionado a educadores, mães, pais, responsáveis, psicólogos, pediatras, advogados e demais interessados. A apresentação da nova edição do estudo virá acompanhada de um debate sobre os desafios para a garantia de uma “conectividade significativa” – ou seja, que o acesso à Internet esteja aliado à qualidade dessa conexão, disponibilização de dispositivos e regularidade desse uso – entre crianças e adolescentes. 

    Além do lançamento da pesquisa e da palestra da keynote Kelli Angelini, advogada especialista na área, sobre "Como estimular a cidadania digital na comunidade escolar: boas práticas para uso da tecnologia e o que diz a legislação para infrações", o encontro terá mais três painéis. São eles: "Práticas manipulativas na Internet e seus impactos sobre crianças e adolescentes/Responsabilidade das plataformas diante de crianças e adolescentes"; "Conectando espaços: As escolas como estratégia de construção de espaços físicos e virtuais democráticos" e "Proteção online com ou para crianças e adolescentes? Cocriação e protagonismo nas ações de prevenção e educação".

    Isabella Henriques, diretora executiva do Instituto Alana, instituição organizadora do primeiro painel do evento, destaca que a ideia da discussão é “aprofundar a compreensão sobre a forma como as tecnologias de inteligência artificial e os modelos de negócio dominantes na rede podem moldar o comportamento, saúde mental, e a formação dos mais jovens”. 

    A proposta de painel organizado pelo CEPI FGV Direito SP é de como construir espaços escolares e online que sejam democráticos, entendendo que na atualidade espaços físico e digital estão interligados. “Para isso, traremos para essa discussão especialistas que trabalham com tecnologias na educação, sejam elas sociais ou da informação e comunicação. Articular estes saberes é essencial para pensar no acesso democrático aos espaços e ao conhecimento”, complementa Marina Feferbaum, coordenadora do CEPI FGV Direito SP.

    Por fim, o último painel, proposto pela Safernet, enfatizará a importância de envolver os jovens no processo de formulação de respostas e propostas para a garantia de uma Internet mais segura para crianças e adolescentes. "Com exemplos práticos, pretendemos refletir sobre como a participação ativa de crianças e adolescentes pode ampliar o engajamento no processo de formação para a cidadania em um mundo digital. Em tempos de acesso móvel, educar para a autonomia responsável e segura é um grande desafio que nos convida a inovar e superar a perspectiva de tutela nos projetos e programas de proteção online", afirma Rodrigo Nejm, diretor de Educação da Safernet Brasil. 

    Aqueles que não puderem comparecer presencialmente ao evento, poderão acompanhar as discussões, na íntegra e ao vivo, pelo canal do NIC.br no YouTube (https://youtube.com/nicbrvideos). Mais informações e agenda preliminar em: https://criancaseadolescentesnainternet.nic.br/.

    Anote na agenda

    7° Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet
    Data e horário: terça-feira (16/8)
    Endereço: Centro de Convenções Frei Caneca - Rua Frei Caneca, nº 569 - Bela Vista, São Paulo/SP.
    Programação e inscrições gratuitas (para quem quiser obter certificado de participação): https://criancaseadolescentesnainternet.nic.br/

    Solicitações de imprensa: os jornalistas interessados em acompanhamento o evento e solicitar entrevistas com os especialistas do NIC.br e CGI.br devem contatar Ana Nascimento no e-mailanascimento@webershandwick.com, ou pelo telefone (11) 98670-6579.

    Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
    O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provem de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br (https://registro.br), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).

    Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
    O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003). Mais informações em https://cgi.br/.

    Sobre o Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP
    O Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP (CEPI FGV Direito SP) surgiu no final de 2017 a partir da junção das equipes do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação (GEPI), criado em 2008, braço da FGV Direito SP dedicado ao debate sobre a relação entre o Direito e Novas Tecnologias, e do Núcleo de Metodologia de Ensino (NME), criado em 2005, dedicado à formação docente, metodologia de ensino e ao desenvolvimento de estratégias de ensino para habilitar os alunos às exigências profissionais do século XXI. A constituição do centro se dá em resposta à necessidade de congregar reflexões e práticas sobre os impactos de novas tecnologias na sociedade, seus desafios e suas possibilidades, em conexão com as transformações no contexto do ensino jurídico no Brasil. https://direitosp.fgv.br/centro-de-pesquisa/centro-de-ensino-pesquisa-inovacao

    Sobre o Instituto Alana
    O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que acredita que um mundo melhor para as crianças é um mundo melhor para todas as pessoas. Criado em 1994, o Instituto tem como missão de cuidar dos direitos das crianças e seu desenvolvimento pleno, num mundo justo e sustentável. Para isso, desenvolvemos programas que buscam promover e inspirar novas possibilidades de mundo, combinando educação e advocacy, articulação e diálogo. Incidência política e histórias bem contadas.

    Sobre a Safernet Brasil
    Safernet é a ONG referência na promoção e defesa dos direitos humanos na Internet no Brasil. Atua na educação e orientação de crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre o uso responsável e seguro da Internet. Criou e coordena a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos e o Helpline.br, canal de ajuda que orienta vítimas de violações de direitos na rede. Desde 2009 coordena o comitê organizador do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil. Mais informações: https://www.safernet.org.br/

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    Assessoria de Comunicação – NIC.br

    Carolina Carvalho – Gerente de Comunicação – carolcarvalho@nic.br

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  • Cidadão Digital é reconhecido como um dos programas mais inovadores na prevenção de violência contra a criança

    / / Comportamento Online / Por admin / 3 anos 4 semanas atrás

    A Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes reconheceu o programa Cidadão Digital, realizado pela Safernet Brasil com apoio da Meta, como um dos 10 programas mais inovadores na prevenção da violência contra a criança e o adolescente.

    Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos morreram de forma violenta no Brasil entre 2016 e 2020.

    O Cidadão Digital é um programa que forma jovens em temas de privacidade, segurança digital, bem-estar na internet e educação midiática, e os acompanha após o curso para que realizem atividades educativas gratuitas sobre os temas com estudantes dos 8º e 9º ano do fundamental e do ensino médio, e educadores, principalmente da rede pública de ensino.

    Acesse o sumário executivo do relatório da Coalizão e conheça as 10 iniciativas que, realizadas junto com crianças e adolescentes, estão ajudando o Brasil a prevenir violências contra esse público.

    A Coalizão destacou no relatório seis práticas do Cidadão Digital que foram consideradas inovadoras:

    • Formação de mobilizadores com proximidade geracional com as crianças e adolescentes beneficiados pelo programa, o que torna os conteúdos mais acessíveis;
    • Antes de uma atividade ser executada em uma escola, é feito um levantamento das necessidades específicas daquela unidade educacional, ouvindo não só os gestores, mas os alunos;
    • Na escolha dos mobilizadores, a Safernet utiliza critérios para garantir representatividade regional, racial e de gênero, para estimular o respeito à diversidade;
    • Parte dos jovens que participaram de fases anteriores do programa seguem participando do projeto depois;
    • Sistema online de indicadores interativos de resultados;
    • Oferecer espaço para envio de comentários e feedbacks pelo público beneficiado pelo programa.

    Leia o relatório da Coalizão na íntegra.

    A publicação da Coalizão foi lançada durante a audiência pública "Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil: 32 anos do ECA", realizada nesta segunda (11), na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.

    Terceiro ano - O Cidadão Digital está este ano em sua terceira temporada. Nos seus dois primeiros anos, o programa realizou 1431 atividades, impactando 126 mil estudantes, mobilizando 66 mil educadores, além de mais 4700 pessoas de outros públicos que também foram beneficiadas. Mais de 200 mil pessoas participaram de transmissões ao vivo realizadas pelo programa.

    Em 2022, o Cidadão Digital se renova e amplia sua atuação com uma formação permanente em Cidadania Digital para jovens de 18 a 29 anos que acontecerá enquanto durar a terceira edição do programa, prevista para terminar em março de 2023.

    Os jovens que concluírem a formação até novembro e realizarem atividades nas escolas poderão passar por diferentes níveis de engajamento ao longo do programa e tornarem-se mobilizadores, líderes, tutores ou criadores do Cidadão Digital. Os jovens que forem avançando no projeto e mobilizando mais jovens e educadores podem ganhar prêmios e bolsas de até R$ 1500.

    Conheça a versão 2022/23 do Cidadão Digital aqui.

    Para se inscrever na formação do Cidadão Digital, acesse https://www.safernet.org.br/cidadao-digital/jovens.html.

    Mais informações sobre os dois primeiros anos do Cidadão Digital você encontra aqui: https://www.safernet.org.br/cidadao-digital/dashboard/.

    Sobre a Coalizão - A Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes é uma articulação da sociedade civil organizada iniciada em 2017 e conta hoje com cerca de cinquenta organizações, fóruns e redes dedicadas à prevenção e ao enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes no Brasil. Foi responsável pela adesão do governo brasileiro à Parceria Global pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes (Global Partnership to End Violence Against Children), iniciativa lançada pelas Nações Unidas em 2015, voltada à promoção de ações direcionadas ao alcance da Meta 16.2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra crianças.

    Atualmente, a Coalizão Brasileira atua em advocacy e estratégias de articulação, mobilização e engajamento de sociedade civil e governos para ampliação do investimento público em intervenções de prevenção às violências contra crianças e adolescentes.

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