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  • YouTube e SaferNet lançam guia para orientar criadores de conteúdo a falar de ataques em escolas de forma consciente

    / / Comportamento Online / Por arthur / 1 ano 2 semanas atrás
    São Paulo, 14 de abril de 2023 - O YouTube e a SaferNet, organização não governamental referência em segurança e cidadania digital no Brasil, lançam hoje o guia "Como falar sobre ataques violentos nas escolas - DOs e DON’Ts para criadores de conteúdo". Elaborado pelos especialistas da SaferNet, o material traz ferramentas para que jornalistas e influenciadores digitais possam produzir conteúdo relevante e de forma consciente sobre o tema.

    São Paulo, 14 de abril de 2023 - O YouTube e a SaferNet, organização não governamental referência em segurança e cidadania digital no Brasil, lançam hoje o guia "Como falar sobre ataques violentos nas escolas - DOs e DON’Ts para criadores de conteúdo". Elaborado pelos especialistas da SaferNet, o material traz ferramentas para que jornalistas e influenciadores digitais possam produzir conteúdo relevante e de forma consciente sobre o tema. A parceria é mais uma ação que visa fortalecer a segurança e o bem-estar da comunidade de criadores e usuários da plataforma.

    A cartilha mostra que a cobertura da mídia e o modo como se fala sobre os ataques violentos nas escolas podem ter o efeito de contribuir para dar notoriedade a autores, disseminar medo e pânico na população, além de expor e perpetuar o sofrimento das famílias das vítimas.

    "A exposição massiva dos autores de ataques também é um troféu para grupos que estimulam ataques violentos na internet. Por isso, criadores, enquanto formadores de opinião, têm um papel importante: seu conteúdo pode influenciar pessoas e qualificar conversas sobre temas sensíveis," afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet. 

    Entre as recomendações do Guia estão: 

    • Não espalhe boatos e conteúdos de ameaças de novos ataques para não alimentar a onda de pânico e alarmismo que pode contagiar pais e familiares de crianças;
    • Não divulgue nomes, fotos, link para perfil das redes sociais ou qualquer outro dado ou pensamento de autores de chacinas. Isso só aumenta a curiosidade e faz com que haja um culto à personalidade dos assassinos;
    • Não divulgue fotos ou vídeos do ataque ou das vítimas; 
    • Não torne o autor do ataque protagonista da notícia. Conte as histórias das vítimas e de heróis anônimos que salvaram vidas em atentados.

    Canal de denúncias

    Desde 07 de abril, a SaferNet mantém, em parceria com o Ministério da Justiça, um canal exclusivo para denúncias de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. Qualquer cidadão pode reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web por meio de um processo simples. Todas as denúncias são anônimas e qualquer informação adicional deixada no campo de comentários é mantida sob sigilo.

    "Estamos profundamente comprometidos em garantir que o ódio não tenha lugar no YouTube. Trabalhamos em conjunto com governos, organizações da sociedade civil como a SaferNet, parceiros da indústria e organismos internacionais para combater a intolerância e o extremismo violento onde quer que surjam, enquanto tiramos lições de eventos passados para fortalecer nosso compromisso e nossas respostas ao conteúdo de ódio. O Google e o YouTube têm colaborado constantemente com as autoridades públicas no fornecimento de dados para apoiar investigações sobre pessoas ou grupos que fazem apologia à violência em escolas, incluindo pedidos do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça", explica Alana Rizzo, gerente de políticas públicas do YouTube.

    Educação e prevenção

    Para a SaferNet, é fundamental fortalecer as ações de educação e prevenção como estratégia prioritária para o enfrentamento da radicalização juvenil e da violência nas escolas. Entre diferentes iniciativas, a entidade mantém uma parceria com o Google no curso “Educando para boas escolhas online", que é oferecido gratuitamente para as Secretarias de Educação de estados e municípios pela internet. O curso já foi implantado em 15 estados brasileiros e já alcançou mais de 100 mil educadores inscritos. Dentre os seis módulos disponíveis, destaca-se um sobre cyberbullying e outro sobre desinformação e educação midiática.

    Políticas e tecnologias para combater conteúdo perigoso no YouTube

    Os criadores de conteúdo são a alma do YouTube e é papel de todos colaborar para preservar e proteger a comunidade. Qualquer criador de conteúdo do YouTube precisa seguir as Diretrizes da comunidade e os Termos de Serviço da plataforma. A violação dessas regras pode resultar na remoção de vídeos ou outras penalidades, provocando a suspensão ou mesmo o encerramento de canais em caso de violações graves ou repetidas.

    Nos últimos anos, investimos em equipes de revisão humana e em tecnologia que nos ajuda a detectar, revisar e remover rapidamente esse tipo de material. Temos milhares de pessoas em todo o mundo que analisam e removem conteúdo abusivo de nossas plataformas e incentivamos os usuários a sinalizar qualquer vídeo que acreditem violar nossas diretrizes por meio de ferramentas públicas de denúncia. 

    De acordo com as políticas de conteúdo violento ou explícito, o YouTube remove, por exemplo, imagens filmadas pelo perpetrador durante um evento violento mortal ou grave, no qual armas, violência ou vítimas feridas são visíveis. Não há exceções para esta política, mesmo que haja contexto educacional, documental, científico ou artístico em seu conteúdo. Isso inclui conteúdo elogiando ou glorificando as ações do indivíduo. 

    Por fim, de acordo com o nosso último Relatório de Transparência, em 2022, removemos 275.261 vídeos que violam nossas políticas contra o extremismo violento. Também não permitimos discurso de ódio no YouTube e removemos conteúdo que promove violência ou ódio contra indivíduos ou grupos com base em qualquer um dos seguintes atributos: idade, casta, deficiência, etnia, identidade de gênero, nacionalidade, raça, status de imigração, religião, sexo/gênero, orientação sexual e situação militar, assim como a condição de vítima ou familiar de vítima de eventos violentos. Em 2022, foram 615.460 vídeos removidos globalmente por violarem essas regras. 

     

    Mais informações:

    YouTube Brasil

    imprensa@google.com; youtube@smartpr.com.br

    SaferNet

    Marcelo Oliveira

    (11) 98100-9521

  • SaferNet e o Ministério da Justiça juntam forças contra ataques às escolas

    / / Crimes na Web / Por admin / 1 ano 3 semanas atrás
    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura) e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura) e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP: https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    O processo é muito simples, rápido e seguro: basta copiar e colar o link no formulário anônimo e clicar em denunciar. É possível denunciar, por exemplo, sites, blogs, publicações em redes sociais e fóruns, perfis e outros conteúdos suspeitos. Não é exigida a identificação do denunciante. Todas as denúncias são anônimas e qualquer informação adicional deixada no campo de comentários será mantida sob sigilo.

    As URLs (links para conteúdos publicamente disponíveis na web) denunciadas através do formulário no site do MJSP serão automaticamente cruzadas com a base de dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, criada pela SaferNet Brasil e operada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF). 

    Desde 2006, a SaferNet Brasil recebeu e processou 767.938 denúncias anônimas de Apologia e Incitação a crimes contra a Vida envolvendo 143.302 páginas (URLs) distintas, das quais 116.070 já foram removidas por violar a lei e/ou os termos de uso dos serviços e plataformas digitais. As evidências publicamente disponíveis serão coletadas automaticamente e analisadas por uma força-tarefa formada por 50 policiais do Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) da DIOP/SENASP.

    Histórico de operações

    Em 2012, a PF deflagrou a operação Intolerância, que prendeu dois extremistas nas vésperas de um ataque planejado contra estudantes de uma Universidade em Brasília.

    Em 2015, a PF deflagrou a operação Bravata, que cumpriu oito mandados de busca e apreensão e prendeu suspeitos de planejarem massacres em escolas. 

    Em ambos os casos, a Safernet Brasil colaborou com a PF fornecendo informações coletadas a partir de denúncias anônimas recebidas através do www.denuncie.org.br

    Educação e Prevenção

    A SaferNet Brasil destaca a importância de fortalecer as ações de educação e prevenção como estratégia prioritária para o enfrentamento da radicalização juvenil e da violência nas escolas. Dentre as ações da instituição, destaca-se:

    I) A parceria da SaferNet com o Governo do Reino Unido no desenvolvimento de um caderno didático com uma disciplina de 40h/aula sobre Cidadania Digital para alunos dos 3 anos do ensino médio, além de também poder ser aplicada pelos professores nos anos finais (8° e 9°) do ensino fundamental. Em 2022 realizamos a aplicação piloto em três estados (PE, BA e DF) e a ideia é implementá-la em todo o país em 2023. 

    Os cinco módulos da disciplina podem ser aplicados de forma integral ou modular, de acordo com o calendário de cada instituição:

    Módulo 1: Bem-Estar e Saúde Emocional Online 

    Módulo 2: Segurança e Privacidade na Internet

    Módulo 3: Respeito e Empatia nas Redes

    Módulo 4: Relacionamentos Seguros Online

    Módulo 5: Cidadania Digital para Todos (propostas de intervenção sociocultural criadas por estudantes)

    Link para download do caderno didático: https://www.safernet.org.br/site/sites/default/files/Caderno_Eletiva_Cidadania_Digital_DAP22.pdf

    Link para cadastro de escolas públicas, privadas e secretarias de educação que querem aplicar a disciplina e receber apoio da Safenet: https://bit.ly/disciplina-cidadania-digital

    II) o projeto Cidadão Digital, criado em 2020, que leva jovens embaixadores treinados pela SaferNet para realizar atividades com alunos da rede pública em todo o país. Já foram realizadas 2.000 atividades em mais de 600 escolas e ONGs nas 27 unidades da federação. Trata-se de abordagem de educação entre pares, usando uma linguagem jovem e atividades que convidam os estudantes a se envolver nas temáticas.. Um curso de formação online com 25h inclui módulos sobre Respeito e Empatia Online, Saúde Mental e Bem-Estar e Desinformação. Além disso, há um banco de recursos gratuitos, com cartilhas e outros recursos na linguagem jovem que podem ser baixados por qualquer pessoa. Acesse: https://cidadaodigital.org.br/recursos.html

    III) curso de educação à distância oferecido gratuitamente para as Secretarias de Educação dos Estados e Municípios. Nos últimos anos o curso foi implantado em 15 UFs e já conta com mais de 100 mil educadores inscritos (veja https://ead.safernet.org.br). Dentre os 6 módulos disponíveis, destaca-se um sobre cyberbullying e outro sobre desinformação e educação midiática.

  • Fantástico destaca disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet e governo britânico

    / / Comportamento Online / Por arthur / 1 ano 3 semanas atrás
    O programa Fantástico, da Rede Globo, destacou a disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil em reportagem exibida neste domingo. 

    O programa Fantástico, da Rede Globo, destacou a disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil em reportagem exibida neste domingo. 

    Na matéria, a educação para cidadania digital é apresentada como um caminho para educar adolescentes sobre o uso correto dos meios digitais. Discutir segurança, empatia, bem-estar e responsabilidade nas redes funciona como antídoto ao discurso de ódio e à violência — presentes antes, durante e depois de ataques à escolas, como o ocorrido no último dia 27/3 na Escola Estadual Thomázia Montoro, em São Paulo, em que um adolescente armado de faca matou uma professora e feriu outras três e um colega, antes de ser detido. 

    Segundo o diretor de Educação da Safernet, Rodrigo Nejm, a disciplina se utiliza da linguagem da cultura digital nos exercícios propostos. “Com muitos memes e gifs, com muitos vídeos, mas discutindo segurança, como denunciar um conteúdo violento na internet, o que eu faço se alguém me procurar de maneira violenta, para quem eu posso pedir ajuda?”, afirma. 

    "A disciplina surge de uma demanda que já existe tanto na Base Nacional Comum Curricular quanto no dia a dia das escolas, que é preparar os adolescentes para lidar de forma crítica com as tecnologias ao nosso redor. Queremos estimular o diálogo entre educadores e alunos, fomentar a cultura da paz nas escolas e evidenciar que a cidadania digital deve ser transversal e pode ajudar a transformar a educação brasileira para melhor", afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet. 

    Educador: saiba como levar a disciplina digital para a sua escola 

    A disciplina é composta de cinco módulos, tem 40 h/aula e já está sendo aplicada em 50 escolas de ensino médio da Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Podem ministrá-la professores de qualquer área

    Na reportagem foi destacada a iniciativa da professora Débora Navarro, que levou a disciplina para alunos do ensino médio técnico do campus Campo Largo do Instituto Federal do Paraná. 

    Os cinco módulos do curso são:

    Módulo 1: Bem-Estar e Saúde Emocional Online 

    Módulo 2: Segurança e Privacidade na Internet

    Módulo 3: Respeito e Empatia nas Redes

    Módulo 4: Relacionamentos Seguros Online

    Módulo 5: Cidadania Digital para Todos

    Entre várias propostas, a disciplina de Cidadania Digital pretende informar e atualizar os adolescentes sobre como reconhecer ameaças iminentes. “Às vezes é uma situação em códigos que só o adolescente que está ali naquele grupinho reconhece que aquilo pode ser um sinal de ameaça. É urgente a gente entender que essa educação para cidadania digital não é mais um extra, né? Não é um complemento. A escola é o contato com a sociedade que a criança tem desde cedo. E a nossa sociedade é digital”, diz Nejm.

  • Denúncia da Safernet resulta em prisão, no MS, de homem que armazenava vídeos de crianças e adolescentes sofrendo violência sexual

    / / Crimes na Web / Por arthur / 1 ano 4 semanas atrás
    Baseada em informações encaminhadas pela Safernet, organização não governamental que mantém a Central Nacional de Denúncias, a Polícia Federal deflagrou, na última quarta-feira (29/3), duas operações, com objetivo de combater pornografia infantil, em Dourados e em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul. Uma pessoa foi presa em flagrante.  Na ação deflagrada em Chapadão do Sul, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão e encontrou grande quantidade de vídeos e fotos de crianças sofrendo abusos sexuais, razão pelo qual o indivíduo investigado foi preso em flagrante.

    Baseada em informações encaminhadas pela Safernet, organização não governamental que mantém a Central Nacional de Denúncias, a Polícia Federal deflagrou, na última quarta-feira (29/3), duas operações, com objetivo de combater pornografia infantil, em Dourados e em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul. Uma pessoa foi presa em flagrante. 

    Na ação deflagrada em Chapadão do Sul, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão e encontrou grande quantidade de vídeos e fotos de crianças sofrendo abusos sexuais, razão pelo qual o indivíduo investigado foi preso em flagrante.

    Já em Dourados, foi cumprido outro mandado de busca e apreensão, a fim de arrecadar imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes e as investigações continuam. 

    As investigações da PF tiveram início com o encaminhamento de informações fornecidas pela Safernet. A denúncia encaminhada pela ONG aponta a existência de um grupo criminoso nas redes sociais para a troca de vídeos e fotos de crianças sofrendo abusos sexuais.

    Em 2020, com a pandemia de covid-19 e o aumento de pessoas online, houve uma explosão de denúncias à Safernet de crimes envolvendo fotos e vídeos de violência sexual contra crianças e adolescentes e do uso comercial dessas imagens (abuso e exploração sexual infantil)_ com um aumento de 102,24% nas denúncias em relação à 2019. 

    Em 2021, o crescimento em relação à 2020 foi de 3,65%, com 101.833 denúncias. Em 2022, as denúncias tiveram aumento de 9,91%, totalizando 111.929 denúncias. Confira os dados e a análise da Safernet aqui

    Em nota, a Polícia Federal informou que casos semelhantes estão se tornando frequentes e alerta pais e responsáveis para que permaneçam atentos às atividades online de seus filhos na internet. 

    A Central Nacional de Denúncias mantida pela Safernet tem convênio com o Ministério Público Federal, que até 21/3 deste ano instaurou 117 procedimentos investigatórios criminais para investigar crimes envolvendo imagens de abuso e violência sexual e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O número representa 18,3% do total de 640 investigações abertas em 2022. 

    Para o presidente da Safernet, Thiago Tavares, é fundamental que a sociedade continue denunciando pela central da Safernet. “O processo é simples, rápido, seguro e completamente anônimo, basta copiar e colar o link para o conteúdo ilegal no formulário disponível no site www.denuncie.org.br e clicar em denunciar, sem riscos”, afirma. 

    D.I.S.C.O.V.E.R - Contudo, a Safernet tem claro que a repressão policial apenas não basta. “É preciso um esforço de toda a sociedade pela prevenção. Visando isso, a Safernet criou o projeto D.I.S.C.O.V.E.R, o primeiro projeto brasileiro selecionado pelo fundo End Violence Against Children,EVAC (Fim da Violência contra As Crianças), uma parceria global lançada pelo secretário geral da ONU em 2016”. 

    Entre várias frentes, como aumentar a conscientização da população sobre o abuso e a exploração sexual infantil, o D.I.S.C.O.V.E.R. também facilitará o acesso gratuito a pesquisadores e desenvolvedores a dados inéditos sobre violência e exploração de crianças e adolescentes na internet, provenientes do Canal de Denúncias em Crimes Cibernéticos (CND - www.denuncie.org.br ), mantido pela Safernet desde 2006. 

    O objetivo é que o acesso controlado a certos dados permita que pesquisadores, universidades, institutos de pesquisa e parceiros selecionados tenham mais capacidade para desenvolver pesquisas e novas tecnologias para a prevenção e o combate ao abuso sexual infantil online.

  • Desinformação também mira e se utiliza de crianças e adolescentes

    / / Comportamento Online / Por admin / 1 ano 1 mês atrás

    A desinformação na internet tem causado prejuízos no mundo inteiro. Nos últimos anos, podemos ver como conteúdos intencionalmente enganosos, criados com o objetivo de confundir, ajudaram a prejudicar, desestabilizar ou corroer democracias tradicionais pelo mundo e também a forma como cuidamos de nossa saúde (quem não conhece alguém que tomou um remédio sem eficácia na pandemia de covid?). 

    Diferentemente do que podemos imaginar a princípio, a desinformação também tem como alvo e objeto crianças e adolescentes. E, nesse caso, a mentira pode ter efeitos muito mais graves, uma vez que, seres em formação, naturalmente as crianças e os mais jovens têm muito mais dificuldade de, por conta própria, terem discernimento para perceberem que estão consumindo e se pautando por esses conteúdos. 

    Psicóloga, a diretora de projetos especiais da Safernet, Juliana Cunha, tem pesquisado o assunto e e apresentamos aqui alguns tópicos para a reflexão de pais, responsáveis, educadores e autoridades. “Conteúdos intencionalmente enganosos podem ser muito nocivos para este público”, afirma. 

    E como combater este mal? A Safernet tem diferentes projetos de educação para a cidadania digital que ensinam crianças, adolescentes e até adultos sobre como identificar informações e notícias falsas. 

    Efeito da desinformação na criança

    A desinformação se tornou um problema estrutural e sistêmico, impactando muitas esferas de nossa vida e influenciando nossas decisões em questões vitais, como a saúde e a política, por exemplo, explica a diretora da Safernet. 

    “A ciência nos mostra que o modo como recebemos e processamos informações nos tornam mais vulneráveis a sermos levados ao engano pelo conteúdo desinformativo, se pensarmos que crianças e adolescentes são sujeitos em condição de desenvolvimento, essa vulnerabilidade se torna ainda maior, pois eles ainda estão desenvolvendo habilidades necessárias para o consumo crítico das mídias”, afirma Juliana. 

    Um ambiente de desinformação influi no modo como as pessoas deixam de acreditar em instituições e autoridades, levando a um ambiente de suspeita generalizada e ataque às instituições, como poder público, imprensa e mesmo a ciência, explica Juliana. 

    “Um efeito perverso desse ambiente é que as pessoas ficam ainda mais propensas a se agarrarem em falsas certezas e líderes que se aproveitam disso para prometer uma suposta segurança, como líderes políticos e religiosos”, afirma. 

    Desigualdade no acesso à informação é um desafio

    A desigualdade no acesso à informação é um entrave às ações educativas que podem e devem ser tomadas contra a desinformação. Como abordar a questão dos falsos conteúdos online quando a internet e as redes sociais podem ser a única fonte de informação de diversas comunidades, cidades e regiões inteiras que vivem em “desertos de notícias” [locais que não têm rádio, jornal ou site de notícias]? 

    “O maior desafio nesse ambiente é equipar crianças e adolescentes com recursos e capacidades críticas para processar o conteúdo que consomem, mas as escolas ainda estão aquém frente a esse desafio. É um fenômeno que tem ganhado uma proporção maior nos últimos anos. Sabemos que a educação é um investimento de longo prazo, portanto os resultados podem não ser imediatos”, afirma Juliana Cunha. 

    Como as famílias podem se proteger?

    Segundo a diretora da Safernet, uma das principais armadilhas para famílias, cuidadores e escolas é que muitos dos conteúdos de desinformação buscam gerar pânico e medo, com sérios riscos de acidentes, que podem resultar em ferimentos ou até a morte de crianças, como visto nos casos da baleia azul e da boneca momo. 

    “As famílias devem evitar cair na armadilha de tomar decisões baseadas no medo e pânico. Por isso, mais do que nunca, é importante que estas devem se guiar por autoridades de referência, chequem informações em mais de uma fonte e exercitem um ceticismo emocional e crítico, para evitar cair na armadilha de tomar decisões baseadas no medo e pânico”, afirma Juliana. 

    Hoje em dia, pais e responsáveis têm acessado muito mais informações relacionadas com cuidados à criança em redes sociais. Nas redes há especialistas como pediatras, psicólogos, educadores parentais que trazem conteúdos relevantes e tornam acessíveis pesquisas e evidências para um público leigo, mas, por outro lado, isso também pode levar à disseminação de informações fora de contexto, sem fontes ou simplificações que podem influenciar muitas decisões sobre os cuidados, como vimos sobre a questão das vacinas para covid em crianças, que deixaram muitos pais inseguros sem necessidade. 

    Desinformação e eleições

    A Safernet tem observado que desde 2018 as eleições têm se tornado um ambiente de forte polarização, inclusive afetando as relações familiares. Todo este clima faz crescer as denúncias de crimes de ódio recebidas pela Safernet nos anos pares, em que há eleições. 

    “Mesmo aquelas que aparentavam ter alguma capacidade crítica, têm sido influenciadas por atores que se aproveitam deste ambiente para polarizar e minar ainda mais o diálogo e valores essenciais para o convívio em sociedade, como os direitos humanos”, afirma Juliana.

    As eleições são um gatilho para a disseminação de desinformação e discurso de ódio. As denúncias recebidas pela SaferNet mostram isso. Em 2022, a Safernet recebeu 74025 denúncias de crimes envolvendo discurso de ódio, 67,7% a mais que as 44131 recebidas no mesmo período do ano passado. Este é o terceiro ano eleitoral consecutivo em que a Safernet detecta um crescimento constante e praticamente uniforme nos crimes de ódio em relação aos anos ímpares, em que não há eleições. “A disseminação de ódio transformou-se em uma poderosa plataforma política para atrair a atenção da audiência, contra ou a favor desse discurso, pois o debate dá visibilidade e notoriedade aos emissores”.

    Educação para a cidadania digital

    “Falta uma política pública efetiva para incluir o tema do uso ético e cidadão da Internet no currículo das escolas. Mas temos avançado com a cooperação em vários estados no sentido de construir essa cultura de capacitar e dar recursos para que as redes públicas de educação estejam mais preparadas para abordar o tema em sala de aula”, afirma Juliana Cunha. 

    Iniciativas para o uso cidadão da internet são a principal estratégia para enfrentar o problema da desinformação. Na Safernet, temos algumas iniciativas neste sentido:

    1. a) em um curso de educação à distância, que oferecemos para secretarias de educação em 15 estados com quase 100 mil inscritos (veja aqui), temos um módulo só para tratar sobre desinformação;

    2. b) o projeto Cidadão Digital, em sua terceira edição, que leva jovens embaixadores treinados pela Safernet para realizar atividades com alunos da rede pública, é uma abordagem de educação entre pares que têm dado muito certo, usando uma linguagem jovem e atividades como educathon;

    3. c) em uma iniciativa com a parceria do governo do Reino Unido desenvolvemos um piloto em três estados (PE, BA e DF) e criamos uma disciplina eletiva de 40 h/a para inclusão no currículo do ensino médio, e a ideia é implementá-la em todo o país.

  • Edital de Seleção - Vaga para Coordenação de Comunicação

    / / / Por admin / 1 ano 1 mês atrás

    A SaferNet, primeira ONG no Brasil a estabelecer uma abordagem multissetorial para proteger os Direitos Humanos no ambiente digital, criou e coordena desde 2005 a Central Nacional de Denúncias de crimes contra Direitos Humanos, o Canal de Ajuda e um conjunto de ações de conscientização para a promoção do uso seguro, responsável e crítico da Internet no Brasil. São 17 anos de atuação na promoção da defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil. 

    Buscamos pessoas proativas, apaixonadas por comunicação, que tenham o desejo de colaborar na criação de estratégias de alto impacto para a construção de uma Internet mais segura no Brasil. 

    Por isso, temos a satisfação de anunciar a oportunidade de integrar a equipe da ONG na vaga de “Coordenação de Comunicação”. A pessoa selecionada terá a oportunidade de trabalhar com a visão macro da comunicação institucional, bem como se engajar em projetos de impacto.

     

    - Cargo: Pessoa Coordenadora de Comunicação

    - Requisito de formação básica: Graduação na área de Comunicação, Relações Públicas, Marketing, ou outras áreas correlatas.

    - Carga horária: 40h/semana, em regime remoto

    - Forma de prestação de serviço: Pessoa Jurídica

    - Remuneração: A combinar (variável de acordo com o currículo)

    - Etapas da seleção: Inscrição, Entrevista, Avaliação Prática, Documentação

    - Prazo para inscrição [PRORROGADO]: 24/03/2023

     

    Atenção: o prazo para envio das convocações para entrevistas foi alterado para 12/04. Pessoas selecionadas para esta fase receberão comunicação por email.

     

    Leia a chamada completa para se inscrever aqui

    Em caso de dúvidas, nos envie um e-mail para o endereço: selecao@safernet.org.br.

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