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Ciberstalking
Ciberstalking
Antes de entrar propriamente no assunto, é preciso esclarecer que existe uma diferença entre olhar o perfil de alguém que te interessa nas redes sociais e ser um ciberstalker. Mas quando isso se torna algo constante e incômodo, vale avaliar o que de fato pode ser uma violação ou não.
A Internet possibilita o acesso a vida das pessoas, que muitas vezes buscam mostrar sua rotina, sua imagem e lugares que frequentam. Mas quando isso se torna algo constante e incômodo, vale avaliar o que de fato pode ser uma violação ou não. Enquanto definições legais de “stalking” variam de uma jurisdição para outra, um conceito que pode ser aqui apresentado é quando alguém importuna e vigia de forma persistente, com o objetivo de incomodar, aterrorizar e alarmar outra pessoa.
Ciberstalking não é considerado crime, para casos em que sua integridade física esteja ameaçada, buscar assessoria jurídica (advogado ou defensor público) e as autoridades competentes pode ajudar para avaliar quais as opções podem mais adequadas para a sua segurança. Estes profissionais são os mais indicados para auxiliar as vítimas sobre como é possível proceder.
A tecnologia tem se tornado uma nova aliada para os/as stalkers acompanharem a rotina das pessoas que costumam vigiar. Atualmente, foram desenvolvidos até sites para que se possa ter acesso a dados de uma pessoa, sendo o Google agora visto como uma forma quase que “amadora” de visualizar essas informações. Esses sites, por exemplo, oferecem serviços em que apenas fornecendo o nome ou outro dado público da pessoa, filtram dados sobre redes sociais, endereço, sites, fóruns e comunidades que a pessoa participa. Preocupante? Mas, será que o/a ciberstalker só fica na observação?
Muitas vezes, a pessoa que está sendo vítima de ciberstalking parece ter dificuldade de inicialmente reconhecer este risco, porém, a partir do momento que estes comportamentos se tornam persistentes e perigosos, é possível identificar o ciclo de violência que começa a ser estabelecido. Em algumas situações, esta violação se inicia de forma sutil, quando o/a stalker começa a postar coisas em sua linha do tempo ou até mesmo em outros sites, sempre buscando estabelecer um vínculo de maior proximidade. Algumas vezes, ele/ela adiciona ou entra em contato com amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho do seu alvo, com o intuito de ter informações sobre tudo o que a pessoa faz.
Os/as stalkers também podem realizar ameaças através de aplicativos de comunicação instantânea, bem como postar suas informações pessoais online, incluindo nome e endereço completo. Em casos de invasão de dispositivos eletrônicos, eles/elas podem ter acesso a contas pessoais, preencher a caixa de entrada dos e-mails com spam ou enviar vírus ou outros programas nocivos aos computadores de suas vítimas.